1 – Ao vivo ou gravado? Depende do objetivo
A vantagem dos conteúdos previamente gravados é a possibilidade de trabalhar melhor a edição, fazer a captação em melhor qualidade, e claro, excluir aqueles errinho indesejados.
Vídeos previamente gravados e editados são mais “seguros”, porque tem uma maior garantia de qualidade.
Mas, para muita gente, esse formato perde o calor do momento.
Uma solução para minimizar o distanciamento com público, é o palestrante estabelecer uma comunicação em tempo real pelo chat, por exemplo.
A transmissão ao vivo oferece mais riscos, e o jogo de cintura dos apresentadores e convidados tem que ser maior, mas se o foco é interação, esse é o melhor caminho.
No nosso caso, a interação e a participação da nossa comunidade durante a Masterclass foi uma premissa. Por isso, sempre que pudermos fazer ao vivo, essa vai ser nossa escolha. Mesmo aceitando os riscos, a autenticidade vale a ousadia.
2 – Nenhuma plataforma é perfeita
Já diria Chorão: “cada escolha, uma renúncia“. É verdade, você vai ter que abrir mão de alguma coisa!
Qualidade, interação ou visualização do público?
Para a Masterclass, escolhemos o Zoom, plataforma que já conhecemos e ficamos íntimes ao longo do último ano.
Como é uma plataforma para reuniões (e não para transmissão de eventos), perdemos em qualidade nos vídeos e também em algumas funções técnicas. Mas, para a gente, foi muito importante manter nossa comunidade no mesmo canal que já usávamos em nossas lives.
Além disso, interagir com pessoas com as câmeras abertas, poder ver o nome das pessoas e a reação delas ao vivo com nossos comentários, ampliou o senso de comunidade que buscamos em nossos encontros.
3- Esteja preparado para problemas técnicos (eles vão acontecer)
Internet dedicada, gerador, manual para convidados, teste prévios… nós tivemos todos esses cuidados, e mesmo assim, nossa transmissão caiu em um dos encontros, um dos convidados não conseguiu entrar, outro não conseguiu se escutar…evento ao vivo, né, gente?
O que acontece se um convidado cair?
O que acontece se o evento cair?
O que acontece se rolar um atraso?
Tenha planos A, B e C.
Mesmo que tudo pareça estar ocorrendo bem, os problemas podem (e vão) acontecer, o que nos leva para o próximo item.
4- Tenha um roteiro, mas saiba improvisar
É importante pensar em como fazer para minimizar todos os possíveis problemas que venham a acontecer. Por isso, é ESSENCIAL estruturar um roteiro.
Alinhe o roteiro com a equipe técnica, e faça (pelo menos) dois ensaios gerais (se puder, com seus convidados também). Isso fará com que o conteúdo tenha mais fluidez e melhor continuidade.
Como já falamos, problemas acontecem! Então se prepare para rebolar caso algum convidado caia no meio da transmissão ou qualquer outra coisa fora do roteiro aconteça. Vai ter que improvisar!
5 – Seja estratégico nos momentos de break
Criamos conteúdos especiais para passar durante os intervalos. Alguns vídeos mais longos, que poderiam ficar cansativos no meio das aulas, ficaram pro momento de break.
Assim, criamos um conteúdo complementar e surpresa, que engajou o público até no intervalo. Teve gente disse que o conteúdo estava tão bom, que nem dava tempo de ir ao banheiro!
Esse também era o período que ajustávamos o que fosse preciso com a equipe técnica. Crie momentos de respiro!
6 – A audiência é o melhor termômetro
No caso dos eventos ao vivo, como foi o nosso, é fundamental interagir em tempo real para descobrir os conteúdos que mais geram engajamento.
O que a galera escreve no chat é também um rica fonte de pesquisa contínua para buscar melhorias.
Se o evento é gravado, é legal acessar dados como: aulas que tiveram mais clicks, taxa de retenção, onde as pessoas pararam de assistir etc.
Em ambos os formatos, produzir uma pesquisa de satisfação no final é essencial para entender o que funcionou melhor e o que deve ser revisto.
Nossa Masterclass fechou com uma avaliação de 4.8 em 5.0. Nada mal, hein?
7 – Organize os aprendizados
Fez a pesquisa de satisfação? Buscou comentários feitos nas redes sociais? Feedbacks na sala do chat? Reúna todas essas informações em um documento!
Com esse arquivo, vai ser mais fácil identificar erros e acertos e construir uma curva de crescimento e qualidade nas suas transmissões.
Nós analisávamos depois de cada noite o que precisávamos corrigir para o dia seguinte. E no dia de encerramento da Materclass, ainda no calor da emoção, organizamos todos esse aprendizados em um único doc (que já é o briefing para a próxima).
8 – É uma nova realidade para todo mundo
Não existe uma solução perfeita. Mesmo quem já tem experiência com eventos digitais, ainda está entendendo e se adaptando a essa nossa nova realidade.
A verdade é que ninguém esperava uma aceleração tão grande desse mercado. Assim, tudo é na base da experimentação, tentativa e erro.
As regras são novas e as ferramentas mudaram, temos que aceitar que muito do que estamos fazendo agora é uma jornada de aprendizado.
O erro é uma consequência direta de quem inova. Não se cobre demais.
É melhor feito que perfeito.
especial by REPORT do ØCLB Masterclass
