Com versões criadas especialmente para o show, a artista relembra um dos mais importantes álbuns da música brasileira, “Fatal – Gal a todo vapor”, de 1971
A cantora e compositora Assucena abre sua agenda de shows de 2023 com a apresentação de “Rio e também posso chorar – Um tributo à Gal Costa”, no Blue Note São Paulo, no dia 24 de janeiro, véspera do aniversário da capital paulista.
A artista, que estreou sua carreira solo há um ano com este show, celebra as cinco décadas de lançamento do icônico álbum Fatal – Gal A Todo Vapor, com releituras e versões criadas especialmente para o espetáculo.
Inspirada tanto pela poesia e beleza das canções que compõem o álbum quanto pela postura política que Gal, Jards Macalé e Waly Salomão imprimem em “Fatal”, Assucena apresenta ao público um show emocionante e provocativo.
“Este projeto nasce da composição de um canto e de um corpo livre de uma mulher-trans em tempos de ataque à dignidade humana e à democracia.
É uma releitura na qual imprimo meus traços e minhas pesquisas sonoras também”, revela.
Assucena lançou em 2022 os primeiros singles da nova fase de sua carreira: a canção autoral inédita “Parti do Alto”; uma releitura-homenagem de “Ela”, gravada por Elis Regina há 50 anos; e, ainda, “Menino Pele Cor de Jambo”, primeiro single do álbum autoral que será lançado em breve.
Enquanto se prepara para a produção deste trabalho que marca um momento especial em sua trajetória artística, já que será seu primeiro álbum solo, ela conta que seguirá reverenciando a memória da artista que mais influenciou sua formação.
“Perdemos um cristal divino e profano que atravessou os gêneros da canção brasileira.
Tenho o compromisso de zelar por esse monumento da cultura que é Gal Costa. Sem dúvida, uma das cantoras mais importantes de nossa história”, afirma.
Fatal – Gal A Todo Vapor foi um dos primeiros discos duplos da discografia brasileira.
Gravado ao vivo no Teatro Tereza Raquel (Rio de Janeiro), sob recursos limitados de captação, apresenta tropeços e microfonias como um retrato acurado de uma rebeldia magistral.
Não à toa, é tido como um dos marcos musicais da contracultura brasileira durante o regime militar.
“Quando eu me encontrei com essa obra, eu me reencontrei como cantora e como artista.
Meu coração vagabundo finalmente achou morada numa expressão sincera e arrojada de uma de nossas maiores intérpretes. ‘Gal sempre me trata com choques elétricos…‘, como bem disse Tom Zé.
Ali, naquele ‘Vapor Barato’ eu pude aprender a ser visceral e ser delicada; pude ser guitarra e violão sincopado; pude ser a ‘Falsa Baiana’ de Geraldo Pereira, embora seja verdadeiramente uma baianíssima de um sertão que ainda espera ser mar”, celebra Assucena.
“Homenageio Gal e Fatal por eu ter feito de mim, uma mulher que medita a respeito de minha época, de meu corpo, de minha voz e que deseja cantar um Brasil com o propósito da memória, da formação da consciência e do reencontro com suas raízes, mas também de sua contemporaneidade”, conta a artista.
Acompanham Assucena no palco do Blue Note os músicos Rafael Acerbi (direção musical, guitarra e violão); Bianca Predieri (bateria e programação) e Beatriz Lima (baixo).
SOBRE ASSUCENA
A cantora, compositora e intérprete ficou conhecida pelo trabalho desenvolvido durante seis anos com a banda “As Baías”, projeto com o qual foi indicada duas vezes ao Grammy Latino (2019 e 2020) e conquistou duas categorias no 29º Prêmio da Música Brasileira. Em 2022, Assucena lançou os primeiros singles da carreira solo: a canção autoral inédita “Parti do Alto” e uma releitura-homenagem de “Ela”, gravada por Elis Regina há 50 anos. Lançou, ainda, “Menino Pele Cor de Jambo”, primeiro single do álbum previsto para 2023. Seus primeiros trabalhos desta nova fase têm sido muito bem recebidos pelo público e pela crítica especializada. A artista tem em sua bagagem projetos ao lado de importantes referências da música brasileira como Elza Soares, Alcione, Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Ney Matogrosso; além de colaborações com artistas da nova geração, como Emicida, Linn da Quebrada, Pitty, Liniker, Filipe Catto, Xênia França, Luedji Luna, Maria Gadu, Tulipa Ruiz e Fabiana Cozza. Nascida e crescida no sertão da Bahia, Assucena constrói sua identidade artística a partir das influências da música baiana – em especial o Tropicalismo -, assim como das mais variadas vertentes da música popular brasileira, em composições e interpretações que dialogam com ritmos diversos como o samba, o rock e a música pop contemporânea.***
Serviço:
ASSUCENA em “Rio e também posso chorar – Um tributo à Gal Costa”
BLUE NOTE SÃO PAULO
Data: 24 de janeiro de 2023
Ingressos: https://www.eventim.com.br/artist/assucena/
Endereço: Avenida Paulista 2073 – 2º Andar – Consolação – São Paulo/SP
Horário: 20h e 22h30| Abertura da casa: 19h
Classificação etária: menores de 18 anos somente acompanhados dos pais ou tutores legais, conforme Lei 8.069/90 e Portaria 502 de 2021 do Ministério da Justiça e Segurança Pública