Hocico veio tocar pela primeira vez no Brasil uns anos atrás e sofreu com o local inadequado e um P.A., que falhava para ira da dupla e decepção de fãs.
Mas em (22/05), pleno domingo de outono num tarde cinzenta e fria no Madame, o Electro-Harsh-EBM ganhou o palco que merecia e um soundsystem poderoso sem falhas no evento Machina (https://www.facebook.com/machinaviva | do incansável Eneas Neto), nas dependências do Madame Club que tornou-se palco de shows antológicos (De/Vision, Covenant, A Split Second, Vomito Negro, Douglas McCarthy (Nitzer Ebb), Clan Of Xymox).
Mesmo com a moeda gringa nas alturas é louvável a gama de shows que tem desembarcado por aqui pelos corajosos promotores.
Seguiram-se músicas do último álbum do Hocico e os hits dos álbuns anteriores.
Na plateia antigos fãs da cena e novas caras que vão oxigenando o ciclo.
A argamassa sonora comeu solta, ganha prêmio quem conseguir entender uma palavra que sai da boca do vocalista com tantos efeitos (talvez isso canse alguns, mas o que importa?!), o visual saído de algum filme da série Hellraiser também deixava o público no clima de “cães bravios” sedentos pelos beats dançantes.
O show de abertura ficou por conta da brasilidade industrial do K-Factor, aperitivo mostrando que temos bons representantes na ala mais alternativa da música eletrônica.
by Gonçalo Vinha
pics by: Luciana Picoli