A startup antifraude Beatdapp continua a ser manchete com seus dados sobre quantas transmissões de música podem ser ilegítimas — mais recentemente em uma matéria da Sky News sugerindo que criminosos podem estar ganhando até US$ 3 bilhões por ano com fraudes de streaming.

Agora, a empresa anunciou sua mais recente parceria com um serviço de música que tenta resolver isso.

O DSP Beatport, focado em música eletrônica, vai usar a tecnologia de detecção de fraudes do Beatdapp.

“Lançamos produtos de streaming sob as marcas Beatport e Beatsource em 2019 e, apesar de elas não serem historicamente alvo de fraudes de streaming, atividades suspeitas têm aumentado nos últimos meses”, disse a diretora de receita da Beatport, Helen Sartory.

“Embora nossas taxas de fraude ainda sejam metade da média do setor, contamos com dados precisos de streaming não apenas para preservar uma compensação justa para artistas e gravadoras, mas também para recomendações de faixas e análises.”

O coCEO da Beatdapp, Andrew Batey, conversou exclusivamente com a Music Ally sobre o acordo e seu potencial impacto para ambas as empresas.

“De modo geral, sempre que você mostra a alguém números de streaming (ou números em geral), há um incentivo para manipulá-los. Mesmo sem os números do Beatport serem públicos, encontramos fraude em seu serviço de streaming emergente”, disse ele.

“Era cerca de metade da média da indústria, mas ainda assim era bem louco considerando que está apenas começando e eles têm um grupo muito seleto de usuários. Isso destaca que nenhuma plataforma é imune.”

“À medida que o Beatport está se expandindo e buscando tornar seus números mais públicos, eles queriam combater a fraude de frente. Eles não querem nada disso em seu serviço de streaming e querem garantir que todos os streams sejam autênticos e que os artistas sejam pagos de forma precisa e correta.”

As duas empresas fizeram um piloto e depois assinaram um acordo de tempo integral. Batey disse que o acordo fará com que o Beatdapp analise milhares de pontos de dados para mapear os fluxos do Beatport e identificar aqueles que podem ser manipulados artificialmente.

“Temos literalmente centenas de modelos de aprendizado de máquina para identificar todos os tipos de esquemas potenciais de fraude de streaming, dos quais há uma quantidade cada vez maior e massiva globalmente”, disse ele.

As ambições da Beatdapp estão crescendo à medida que ela trabalha com mais clientes para lidar com isso, ganhando visibilidade sobre os padrões no processo.

“Estamos a caminho de ser o censo, não uma amostra, de todo o streaming deste ano. Provavelmente analisaremos a maioria, se não todos, os streamings do mundo e quase 80 trilhões de eventos de usuários associados a esses streams”, disse ele.

“O Beatport é um ótimo exemplo de como é nossa parceria ideal com um DSP. Eles reconhecem que são uma plataforma em crescimento, mas querem resolver o problema de cara. Eles não querem fraude e querem que cada artista se sinta respeitado e pago corretamente. Eles também querem que todos saibam que estão combatendo a fraude de streaming de frente.”

Batey acrescentou que nos próximos meses “espero que muitos outros serviços de streaming – alguns grandes e de capital aberto – anunciem acordos com o Beatdapp”.

fonte by Music Ally / DJ Life