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Black Rebel Jack, Acid Jazz, TripHop com mesclas de Techno refinado!

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Abrimos uma séria de trinta entrevistas comemorativas dos 30 anos da DJ Sound com a banda paulista Black Rebel Jack, que é  é um deleite para os aficionados em Acid Jazz e TripHop e sonoridade low-fi, com pegada Rock e os belos vocais de Indira Castillo.

O coquetel sonoro proposto pela banda vai do Blues, Jazz, Soul, Rock, HipHop,até o Techno, num desafio e proposta musical que tem agradado em shows e angariando fãs.

O single “Hard To See” lançado em dezembro em todas as plataformas digitais pelo selo indie Cri Du Chat Disques, com distribuição pela Universal Music, deu o recado na estréia.

Agora eles quebram o jejum do início de 2021 e acabam de lançar uma single “Kissing The Sky” que chegou as plataformas digitais (no último dia 26/03), num mix de Acid Jazz e Rock.

Conversamos com o mentor e frontman Roger Deville (RD) e com Geovanni Leite (GL), que nos mostram um pouco mais do universo que destilam para o mundo.

Falem um pouco do primeiro contato com a música no geral, e o contato com a música eletrônica, o Trip Hop e o soul presente no som de vocês?

RD – Comecei com 4 anos na música tocando violão clássico até passar para guitarra. A música sempre esteve presente em todos os segundos da minha vida, tenho como fundamento musical o Blues, Jazz e o Rock, por sempre buscar sons  “exóticos” foi natural o interesse por música eletrônica desde o começo da Synth Music no rock progressivo e New Wave ate o Techno e Trance.

A influencia do Soul e Funk é natural  de quem ouve Blues e Jazz e o TripHop e AcidJazz são os primos “eletrônicos” mais próximos destes gêneros. Então, transparece naturalmente nas composições das músicas da banda esta influência. O objetivo final do nosso projeto é criar algo novo que inclua todas estas influências e que abra possibilidades de novas experiências sonoras.

GL – Meu primeiro contato com a musica foi aos 9 anos através da igreja, onde foi o lugar em que comecei os meus primeiros aprendizados. Iniciei os estudos para teclado e fui pegando mais amor. Já com o Soul em específico, foi quando tinha cerca  de 14 anos de idade, comprei aleatoriamente um CD do Ray Charles. Ali vi o quão magnífico era e então fui me aprofundando mais no estilo e nas vertentes.

Black Rebel Jack 

De onde veio a idéia de formar a banda?

RD: a banda nasceu da ideia de aproximar um público novo de estilos menos populares como o jazz e o blues.

Inicialmente fazíamos versões de músicas pop para o jazz, soul e blues.

Esta formula foi muito bem recebida por públicos de outros tipos musicais, tanto que em um ano de existência nossas poucas apresentações sempre lotavam as casas e os donos sempre contratavam a banda para retornar para novos shows.

Mesmo públicos que nunca tiveram contato com nenhum dos gêneros como blues, jazz ou triphop acabavam virando fãs. O grande desafio que se tornou algo um tanto dinâmico e natural foi transferir esta sonoridade e identidade para as músicas  autorais. O que foi um tanto prazeroso fazer todo o processo.

Qual é a vossa visão de um produtor musical e DJ num mercado cada vez mais competitivo como o do Brasil, e do exterior?

RD: o produtor musical eletrônico é uma vertente natural do DJ que hoje são os maiores artistas do mercado.

Fazer esta fusão com ritmos orgânicos traz uma dinâmica e sonoridade diferente e inovadora para o mercado. Algo mais humano para o “som de computador”.  A dinâmica musical também é totalmente diferente do popular. Isso traz um interesse imediato para públicos em geral.

Além disso,  nos permite explorar sons diferentes das texturas normais da música orgânica.

GL: Precisamos ser o mais criativos possíveis, no mercado, entra e vira referência apenas aqueles que possuem um diferencial, não aqueles que são “mais do mesmo”. Temos grandes diferenciais em nossa banda e que com certeza agradam muitas pessoas, por conta da flexibilidade de sons e estilos que temos.

Contem para nós sobre os novos singles que vão ser lançados pela Cri Du Chat Disques/Universal Music, qual é a pegada na temática das letras e instrumentação? 

RD: A Black Rebel Jack criou um público fiel por conta da sua sonoridade diversificada que misturava influências de vários estilos musicais (Blues, Jazz, Soul, Rock, HipHop, Techno) em formato “pop”, o maior desafio é conseguir passar esta fórmula em composições autorais e a alma da banda.

O mix de ritmos que cada músico da banda tem com influência traz uma sonoridade “vintage moderna” que combina composições clássicas com texturas modernas.

Esta fórmula agrada públicos de todos os gêneros trazendo um meio termo entre o antigo e novo que anda em falta no mercado.

As letras abordam essencialmente a liberdade e intensidade mental, física e espiritual numa época escassa de sentimentos e coisas feitas com alma.

GL: Falando nas ideias de letras, grande parte delas partem de um princípio de experiências de vida dos compositores, todas as letras que fizemos até agora tem uma forte influência e transmite momentos de cada um, seja em algo sobre lição de vida, sentimental, etc. Acredito que isso é o que pode tornar as letras fortes e que faça com que as pessoas gostem, pois muitas podem se identificar. Em questão de instrumentação, a ideia parte muito do eixo em que temos, ou seja, o estilo e pegada que a banda tem em comum, como o Soul, Rock, TripHop, etc. Pegamos essas vertentes e então começamos o processo de criação, tentando desenvolver algo novo, contagiante dentro do contexto da música, mas que também seja “pop” para que ‘entre na boca da galera’.

Live – Black Rebel Jack

Como vêem o mercado para o som do Black Rebel Jack? 

RD: Acreditamos que o grande trunfo da banda é exatamente conseguir traduzir esta sonoridade rica para uma fórmula comercial.

Trazer um produto inovador de qualidade com alto potencial de venda é essencial para o sucesso deste projeto.

Uma das maiores vantagens que o som da Black Rebel Jack tem foi exatamente o que atraiu a atenção da Cri Du Chat Disques/Universal Music, ser um som versátil e agradável que pode ser incluído em uma vasta variedade de gêneros principalmente nas plataformas musicais virtuais.

Musicalmente esta é a fórmula do sucesso de muitas bandas conceituadas no mercado.

GL: Vemos com muita expectativa, pois nosso som tem uma junção de vários estilos que todos gostam. Imagino conseguir unir todos esses povos em um só lugar. Black Rebel Jack é uma banda eclética, sempre quando nos perguntam o estilo/referência musical, não conseguimos dar uma resposta certeira, preferimos até deixar com que a pessoa ouça, para que então ela mesma tire as referências, que por curiosidade todas elas sempre passam artistas/bandas de estilos diferentes umas das outras, e isso que nos agrada mais, por termos toda essa bagagem de referências para expandir no mercado.

Como é o processo de composição junto com o Gabriel, produtor de vocês no estúdio?

RD: Eu brinco que este processo é ACDC.

Antes do Covid e Depois do Covid.

Eu já trabalhei com o Gabe em projetos profissionais de publicidade e musicais anteriormente então já temos uma empatia musical natural.

O Gabriel Bueno é um profissional excelente porque ele realmente integra o projeto de corpo e alma.

Isso se traduz na relação tanto musical como social com a banda.

Isso facilitou todo o processo desde a comunicação até a organização das ideias de todos os membros da banda.

Por ser um músico formado, experiente e respeitado no mercado tanto no lado técnico quanto musical, isso se traduz numa segurança enorme tanto para os artistas quanto para as gravadoras.

E para o DC (Depois do Covid) isso foi essencial para manter a produtividade da banda num período tão complicado.

GL: Temos um bom desenvolvimento, os primeiros sons que produzimos até o momento ficaram de uma forma muito bem construída e moldada. Num conjunto, sempre pensamos em deixar o som com cara de “isso não é qualquer música” ou “isso não foi produzido de qualquer maneira”.  O Gabriel sempre pontua coisas construtivas para que nos vejamos o melhor que podemos extrair daquela música em um geral.

Vocês estão trabalhando num formato independente até o momento. O que muda agora na estrutura do Black Rebel Jack, para encarar os lançamentos pela Cri Du Chat DisquesMusic/Universal Music?

RD: Nossa! Muda tudo! Kkkk

A banda inicialmente era um projeto de live para apresentação, com repertório covers de música pop para o jazz, blues e triphop.

Fazer composições autorais que tivessem o mesmo teor sonoro que agradava o público da banda foi o maior desafio.

Porém um desafio que prazerosamente conseguimos conquistar.

Saber o potencial criativo de trabalhar profissionalmente criando algo novo para uma gravadora como a Universal Music é infinitamente motivador.

GL: A diferença é que agora teremos todo um suporte para conseguirmos alcançar a massa do público. Essa parceria agora irá alavancar as coisas muito mais rápido, sem dúvidas podemos ter grandes expectativas que teremos nossa meta atingida.

Qual a decisão mais importante na vida de vocês para dedicarem-se a música de forma profissional?

RD: Eu sempre fui muito intenso em tudo que me envolvo, então se não fosse para fazer algo incrível era melhor manter como hobby. Mas trabalhar com músicos de talentos únicos com certeza foi o maior motivador.

GL: Simplesmente sair da zona de conforto e arriscar em algo incerto, porém, termos força por saber que isso é o que amamos e queremos para toda nossa vida

A partir de que momento passaram a planejar sua carreira? Recorreram a algum profissional para lhe orientar?

RD: Eu costumo dizer que ficamos profissionais sem querer (risos), nosso projeto era muito despretensioso nesta área, sempre fizemos por amor a música e como desculpa para beber e juntar amigos. Estes amigos chamaram outros amigos, que chamaram outros….

Ah sim! tipo quando você resolve ir para liga profissional você não quer fazer feio então naturalmente buscar “ajuda profissional” era essencial.
No caso esta ajuda veio da melhor forma, nosso queridíssimo Gonçalo Vinha, um profissional respeitado e dedicado que veio como profissional mas acabou se transformando em uma grande amizade. Além dele ser um grande profissional, ele é uma pessoa incrível de se trabalhar e estar junto.

 

GL: A banda no início era algo para apenas algo para poder fazer alguns shows na noite, se divertir e trocar ideias. Em um piscar de ilhós, percebemos que estávamos tomando um rumo totalmente diferente, ao qual já estávamos engajados para o profissionalismo. As coisas simplesmente aconteceram, não chegamos a sentar, planejar e debater o que queríamos, quando menos percebemos, já estávamos todos no mesmo barco rumo à algo que não imaginávamos, é a diferença é que todos estávamos unidos nesse pensamento, isso que nos torna mais seguros.

Descobrindo os meandros da profissão o que lhes motivou, qual foi seu maior desafio de vocês até aqui como Black Rebel Jack e individualmente?

RD: Tirando escolher o nome da banda que é pior que parir um abacaxi?!? (risos)
Acho que transcrever a sonoridade da banda cover anterior para composições autorais. Manter o mesmo teor sonoro e das letras sempre será um desafio, porém um desafio muito prazeroso. Individualmente atingir um nível maior como músico e acompanhar meus companheiros musicais que são incríveis.

GL: Nosso maior incentivo somos nós mesmos. Somos muito unidos, e sempre ajudamos uns aos outros, quando alguém está para baixo por conta de um motivo “X”, seja pessoal, profissional, estamos sempre ali para ajudar, estender a mão. Isso é o que nos dá força, saber que não somos apenas uma banda ou profissionais da música reunidos, mas sim uma família. Nosso maior desafio tem sido encarar a realidade, ver o caminho que estamos tomando e mergulhar de cabeça, precisamos ter pulso firme, pois sabemos que não é um caminho fácil, mas temos a convicção de que é esse o trajeto.

descontração Black Rebel Jack

Qual foi o maior maior mindset no segmento até o momento para vocês?

RD: Cara nem sei o que é isso!! (risos)  mas se for o que estou pensando… com certeza o mercado audiofonográfico em si. A abertura e facilidade de atingir públicos maiores e mais específicos foi um breakthru.

GL: Visar o ponto onde queremos chegar e não olhar para as pedras no caminhos que temos, mas sempre manter o foco do objetivo

14.Depois de tanto tempo na estrada vocês devem ter muitas histórias engraçadas e até casos não tão legais. Contem para nós um de cada desses momentos? 

GL: Um fato desagradável e engraçado  ao mesmo tempo, foi quando eu pensei em sair da banda uma certa vez e largar a música. Depois de um momento me arrependi amargamente disso, pelo fato de ver que estava errado ao fazer isso, mas principalmente pelo tanto que ouvi da Indira me xingando e praticamente querendo me estrangular (ainda bem que no calor do momento de tudo isso foi por mensagem, não pessoalmente)

RD: Tentar acalmar a Indi neste mesmo momento, algo quase impossível (risos)

Qual é o lado mais bacana dessa profissão e o lado por vezes mais desagradável?

RD: Bacana? Acredito que além de ter a oportunidade de trabalhar com profissionais incríveis, é saber que além de ter uma banda temos um grande família. A alma da banda está intrínseca em tudo que criamos e produzimos.

Ruim…. Ter que gravar mil vezes a mesma track (risos) apesar de que até isso é um processo divertido apesar de tenso.

GL:
O ponto mais legal disso tudo é vermos que estamos evoluindo fazendo aquilo que amamos, isso não tem preço, é gratificante ao extremo. O ponto negativo é aquele mais do mesmo de toda banda/músico que está começando, que é fazer com que as pessoas entendam que isso não é um hobbie, mas sim algo sério é que merece o mérito de ser algo profissional.

Quais são os planos atuais?

RD: Ter a honra de gravar 12 tracks incríveis para a Universal Music International em tempos de Covid, tentar criar algo realmente novo em termos de dinâmica e sonoridade. e claro… Conquistar o mundo!! (risos)

GL: Inicialmente é trabalhar com os pés no chão, fazer com que o som da banda se torne algo visível ao público e conseguir trazer fãs para nós, para que daí então nosso som se propague por uma extensão maior cada vez mais.

Onde querem estar nos próximos cinco anos?

RD: Bebendo na piscina de um hotel 6 estrelas em Bali?? Brincadeira…

Acredito que estar contratado por uma grande gravadora e fazer tour mundiais, tocar nos festivais que realmente farão história nas próximas décadas.

GL: Acho que seria muito egocentrismo de nossa parte dizer que “tal prazo” estaremos em “tal lugar”, temos que manter a essência que temos desde o início, onde não visualizamos nada disso que estamos vivendo hoje. Acho que isso faz com que as conquistas se tornem mais inesperadas e prazerosas. Mas é inevitável dizer que visamos algo grande.

Na vossa visão quais são os maiores diferenciais do Black Rebel Jack para o mercado?

RD: Diferencial? Fazer algo realmente diferente e inovador. O Gé (tecladista) fala algo muito legal quanto a isso… Se você fizer o que faz sucesso hoje, você já está ultrapassado. O lance é fazer algo que realmente será novo lá na frente. Ter o bom gosto de assumir tantas influencias musicais e criar algo de qualidade é o grande Santo Graal do negocio todo.

GL: Indira Castillo, é sem duvidas a nossa maior referência de potência na banda. Ela é uma vocalista ímpar, ao qual a presença dela causa impacto, quando solta a voz então, é algo que não tem explicações.

Qual foi seu primeiro disco que você comprou?

RD: Brothers in Arms – Dire Straits / Substance – New Order

GL: Nada ironicamente falando, foi um disco do R.R. Soares, “Grandes Louvores Vol. 6”

Qual foi a primeira música que te impactou de fato?

RD: All along the Watchtower – Jimi Hendrix. Ainda lembro da minha primeira aula de guitarra com 6 anos pedindo para o meu professor me ensinar a tocar igual a ele.

GL: Ray Charles – A Song For You

Tem algum hobby fora música?

RD: Tudo que faço de certa forma acaba virando trabalho, até os hobbies. se contar como hobby acho que seria mulher e Netflix!! (risos)

GL: Simplesmente estar vivendo e conseguindo me sustentar através dela, isso já é uma conquista única.

Um sonho já realizado na música?

RD: Tocar com músicos incríveis e gravar algo autoral para uma major gravadora. Recentemente ter gravado para uma coletânea de uma das bandas que me influenciaram na música.

GL: Simplesmente estar vivendo e conseguindo me sustentar através dela, isso já é uma conquista única

Um sonho a ser realizado na música?

RD: Ganhar um álbum de Platina, e ser headliner em um grande festival.

GL: Nenhum planejado, quero simplesmente deixar com que a música me mostre aquilo que ela tem preparado para minha pessoa

Ouça o novo single “Kissing The Sky” em todas as plataformas através do link:

https://umusicbrazil.lnk.to/KissingTheSky/

Black Rebel Jack link oficial do Instagram:

Instagram: www.instagram.com/blackrebeljack

by Gonçalo Vinha

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