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BRUO lança Krateroj, com remix do chileno Bosquemar

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Lançamento, pela gravadora alemã The Magic Movement, Krateroj precede o álbum em vinil programado para abril de 2023.

Em plena sexta-feira de carnaval, o mundo recebeu mais uma música do BRUO, parte do álbum homônimo a ser lançado em abril.

Krateroj, que ganha um remix do consagrado produtor chileno Bosquemar, é música experimental downtempo sofisticada em mais uma exploração sonora guiada pela dupla, , característica máxima do BRUO.

O remixer convidado pela gravadora alemã The Magic Movement para acompanhar este single é, desta vez, Bosquemar, maestro do downtempo sulamericano e integrante do casting do selo.

Rodrigo Bragança é guitarrista de formação e Craca, mestre dos beats eletrônicos, já figura conhecida no meio por seu projeto solo. A dupla subverte, no BRUO, cada elemento da música e renova o cenário da música ambiente com a competência de seu trabalho.

A música evolui (e leva o ouvinte junto), como uma história sem palavras.

O primeiro single do BRUO, Insekto, lançado dia 23 de dezembro, foi escolhido pela curadoria do site Beatport, o maior do mundo no comércio de música eletrônica, para a playlist “The Best New Electronica”, corroborando a qualidade do trabalho do duo.

Bruo

Mais do que um duo de música eletrônica experimental, o Bruo é um universo compactado que aglutina milhares de quilômetros de estrada musical que nos leva a muitas direções.

Chamar o álbum homônimo, que será lançado em abril de 2023, de “estreia” parece não fazer muito sentido quando apresentamos o Bruo ( “barulho” em Esperanto).

O projeto criado por Felipe Julian e Rodrigo Bragança está longe de fazer música de iniciantes.

A Bruosfera, pelo que se sente, parece estar por aqui desde o big bang.

Envolvidos em diversos rolês em conjunto desde os tempos da faculdade, os dois músicos criaram separadamente em projetos que vão de música étnica, à MBP e a música experimental eletroacústica — como o caso da banda Axial, que se apresentou como grandes festivais como o Tim Festival e tem no currículo grandes apresentações na Europa — passando por viagens audiovisuais, com o projeto Craca. Ambos também são produtores musicais e de trilhas sonoras, envolvidos no mundo da dança e da poesia.

Toda esta bagagem levou a dupla, em determinado momento de seus encontros, a estudos experimentais improvisando em estúdio, ainda sem um objetivo definido (conscientemente falando).

Anos depois, já durante a pandemia, as horas de gravação foram revisitadas e passaram por centenas de camadas de edição e processamento, até serem reduzidas a uma espécie de poeira cósmica musical de alto nível, flutuando muito acima de nossas cabeças.

E levando-nos de um ponto a outro do espaço a uma velocidade incalculável para a física, mas lenta e aconchegante para as terminações cerebrais.

A música do Bruo foi criada para gerar “prazer em quem está ouvindo”, segundo Julian, ou “contemplação e meditação”, como define Bragança.

O nível de abstração e desconstrução se divide em duas experiências diferentes: ouvindo em casa, Bruo é para se ouvir de olhos fechados, deixando se levar por cada micro pedaço de som (quem um dia foi uma bateria ou uma guitarra) cuidadosamente colocado pelo duo para as estradas sinestésicas que propõem.

Ao vivo, o projeto ganha corpo audiovisual.

A música se une a projeções e videomapping para oferecer, além da miríade de sons que viaja pelo espaço, a de luzes e cores.

A ideia do que será o show do Bruo foi apresentada no incrível festival Immersphere, que rolou em dezembro de 2021 no planetário de Brasília.

Quando ouvimos uma nova música, automaticamente somos levados a comparações. Algumas vezes, associamos o que estamos escutando à estética de um estilo.

Em outras, comparamos a alguns artistas contemporâneos ou de gerações anteriores.

O que encanta, no caso do Bruo, é que a música complica a execução deste comportamento.

Um momento (ou um lugar, já que o som é tão espacial) nos remete, por exemplo, a Alva Noto & Sakamoto.

Em poucos segundos, quando ouvimos algo que um dia poderia ser um ritmo, nos traz à memória o som de Mathew Herbert.

E assim seguimos, procurando um poste para se agarrar nesta ventania.

Apesar de referências tão díspares que vão de Clube da Esquina à música étnica, foi em Björk que a dupla encontrou um ponto de conexão.

No Bruo não se ouve nada (ou muito pouco) do som da diva islandesa.

Mas invocamos seu espírito, em uma espécie de ritual sonoro de vanguarda.

Serviço:

BRUO – lançamento do single Fajfas

tracklist:

Original

Gui Boratto Remix

Data de lançamento: 27.01

Gravadora: The Magic Movement (Alemanha)

ouça:

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