Os encontros abordarão temas como produção cultural, arte e habitação, visando promover a construção coletiva do equipamento cultural do Governo do Estado de São Paulo.
Antes de sua abertura oficial, prevista para o 2º semestre de 2022, o Museu das Favelas realiza mais uma série de palestras e bate-papos onlines.
Sob o predicado “Ser Favela”, a iniciativa promove uma importante troca de saberes que buscam levar ao ambiente museológico as práticas e experiências de comunidades periféricas ao redor do Brasil, reforçando o ideal de construção coletiva que é proposta pela instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
As conversas – que partirão de temas como produção, arte e habitação – acontecem no dia 23/09, sexta-feira, e 05 e 19/10, quartas-feiras, sempre às 15h, com transmissão gratuita no canal do YouTube do equipamento.
Será a continuação do “Ser Favela”, ocorrido anteriormente entre junho e setembro.
No dia 23, Ezio Rosa (criador do coletivo Bixa Nagô), Negra Jaque (rapper, compositora e coordenadora do Galpão Casa de Hip Hop) e Fabin Santin (cantor, compositor e participante do coletivo Tijolin.prod), mediados pela coordenadora do núcleo educativo do Museu das Favelas, gestora cultural e especialista em história afro-brasileira Vanessa Marinho, discutirão a festa não só como lazer, mas também como formadora de identidade cultural das favelas brasileiras.
Os encontros virtuais fazem parte das ações da instituição estadual que se prepara para, oficialmente, abrir suas portas ao público. Todas as transmissões possuem interpretação em libras, com o coletivo Libras na Quebrada.
Para Carla Zulu, Coordenadora de Relações Institucionais e porta-voz do Museu das Favelas, “este é um momento muito importante para todos nós, que estamos buscando construir um museu de forma colaborativa.
O ciclo de encontros Ser Favela nasce como uma grande bússola, um grande norteador para o que o museu discutirá efetivamente.
A premissa é: dar luz a quem tem algo a dizer, a quem está fazendo.
Todo esse trabalho é um processo de escuta, reflexão e autocrítica, um processo necessário para toda instituição – ainda mais quando estamos construindo uma novidade, uma inovação para o conceito de museu e nada poderia ser diferente disso, tratando-se de um assunto tão pertinente a todos nós. Favela é caminho.
Então, com grande expectativa na abertura, digo que agora vamos também contar um pouco da história das favelas, a partir da nossa visão, profissionais e fornecedores periféricos, e, lógico, tendo a periferia como um público prioritário, sendo todes muito bem vindos”.
SOBRE O MUSEU DAS FAVELAS
O Museu das Favelas é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Desde janeiro de 2022, a gestão é realizada pelo IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão, organização social de cultura.
A instituição fica localizada no Palácio dos Campos Elíseos, edifício tombado na região central da cidade de São Paulo.
O museu está em processo de construção coletiva, e para isso, propõe uma série de ações em busca de aproximação, diálogo e reflexão com diferentes interlocutores do país.
Busca ser um espaço que nasce ecoando vozes, lutas e memórias das favelas, constituídas através do canto, da pesquisa, da fala, da festa e do jogo, buscando se constituir como um local de acolhimento e experiências.
AQUI ESTÃO AS FOTOS DE APOIO PARA A IMPRENSA 🙂
Serviço:
SER FAVELA – Troca de Saberes para a Construção do Museu das Favelas
23/09, sexta, 05 e 19/10, quartas-feiras
Horário: 15h
Onde: no YouTube do Museu das Favelas
Acompanhe em: https://www.youtube.com/MuseudasFavelas
Tradução em Libras
Classificação Indicativa: 10 anos
Saiba mais: Instagram | Facebook
PROGRAMAÇÃO DETALHADA
_encontro 7 (23/09)
Ser festa na favela
Convidados: Ezio Rosa, Negra Jaque e Fabin Santin
Mediação: Vanessa Marinho
A favela respira arte, música, cores, movimento, sonoridades e coletividades.
Os bailes funk, as rodas de samba, as rodas de break e tantas outras manifestações marcam as identidades culturais nas favelas pelo Brasil; por isso, em mais este encontro do Ser Favela conversaremos sobre a importância da festa e os sentidos do celebrar não só para o lazer, mas também para a construção de identificações coletivas, para a movimentação da cadeia criativa da cultura e para o impacto social destes encontros nos seus territórios.
_encontro 8 (05/10)
Ser morador de favela
A arquitetura é a marca estética que forma o imaginário da sociedade sobre as favelas.
Porém, em meio a ausência de estruturas mínimas que já é posta, ainda existem camadas profundas que envolvem a experiência de viver nesses territórios, que envolvem materialidades, moradias, habitação e tudo que se desdobra nessa forma, involuntariamente, comunitária de viver.
_encontro 9 (19/10)
Ser poesia na favela
Já tem um tempo em que a produção literária periférica tem ocupado seus devidos espaços e vem se legitimando permanentemente em garantir que as vozes, expressões e especialmente, a poesia que vem das favelas, sejam ouvidas, lidas e devidamente conservadas em publicações, bibliotecas e acervos.
Nesse encontro, vamos celebrar a potência do movimento dos saraus, zines, slams e todas as formas que são criação e suporte para que artistas, escritores e poetas periféricos, possam expressar através de seus escritos, as nuances da realidade vivida na favela