“Deve ser horrível não gostar de mim e ter que ouvir falar de mim”, é com esse refrão que KING Saints prova que ela é o momento. Após compor 11 de 13 faixas do novo álbum da Iza, “AFRODHIT” e se jogar em “Karma” ao lado de CLEO, a artista revela “PASSA ESSA GRANA”.
Produzida por uma equipe de renome, incluindo Du Brown, Los Brasileiros, conhecidos por trabalhos com Jão, Anitta, Vitão, entre outros artistas, e DMX, a música é muito mais do que uma simples canção: é um grito debochado para a valorização dos artistas em todos os lugares.
Resultado de uma sessão de composição em conjunto com Afrodite BXD, Lary e LOH onde as artistas puderam expressar seus sentimentos, a faixa busca destacar o árduo trabalho dos profissionais que estão por trás das músicas, especialmente os ligados à música urbana, desafiando a marginalização e preconceitos que muitas vezes enfrentam.
“Queremos que seja reconhecido que nosso trabalho é genuíno, não apenas um hobby, e demanda um comprometimento total, dedicando anos e horas para aprimorar nossa arte.
Ser um artista vai além do palco ou da câmera; é um entendimento abrangente e constante da carreira.
Infelizmente, isso muitas vezes passa despercebido pelo público em geral”, explica KING Saints.
Negra, bissexual e nascida em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, KING tem vivência que dá e sobra para falar sobre pontos que devem ser levados em consideração.
Trazendo seu ponto de vista e impulsionando a força vocal e atitude, “PASSA ESSA GRANA” incorpora uma ampla gama de influências musicais, fundindo elementos do pop, rap, raga e afro-beats.
Nem sempre aquele que faz é quem recebe o reconhecimento.
Dessa forma, contrapondo os preceitos da meritocracia, a cantora põe à prova que o sucesso vem para aquele que faz por onde tê-lo. “Falar sobre esse tema evidenciando que o esforço nem sempre se traduz em recompensa proporcional é muito importante.
Para artistas, especialmente aqueles das periferias e comunidades negras, o retorno financeiro muitas vezes não reflete o empenho dedicado, devido à marginalização e falta de valorização.
Assim, a música enfatiza que, na prática, a relação entre esforço e recompensa é complexa e nem sempre justa. É uma chamada para o reconhecimento do trabalho árduo e a valorização justa dos artistas”, acrescenta.
Para completar a mensagem, o clipe de “PASSA ESSA GRANA” abusa dos elementos da cultura pop, incorporando um toque pessoal.
No vídeo, KING traz uma pegada cômica e investe no deboche encenando uma cientista louca, levando a discussão pela igualdade ao extremo para exemplificar alguns casos cotidianos.
“O clipe vem ilustrando muito a mensagem da música, então eu estou em uma espécie de cientista, como se fosse um laboratório da KING, um espaço bem freaky, onde eu estou copiando dinheiro, estou lavando dinheiro, estou cobrando pessoas, estou sendo filmada e estou surtando ali naquele cenário, onde passa essa energia meio Robin Hood, de pegar o dinheiro de um lugar e investir o dinheiro em outro lugar, sabe? Então o clipe vem trazendo esse ar, contando essa história de maneira bem irônica, divertida, que eu acho que é a linguagem visual que eu gosto muito de abordar, mas trazendo aí um pouquinho dessas críticas, sempre de maneira mais descontraída”, finaliza.
Este é o ano de KING Saint.
A cantora, que vem despontando na cena musical nacional e trazendo os holofotes para si, traz um olhar pessoal para seu trabalho. Investindo no senso crítico, letras ácidas e uma personalidade forte, a carioca prova o “quê” de seu trabalho.
O crescimento na carreira solo vem atrelado ao trabalho como compositora.
Além de seu reconhecimento no segmento, KING canta com Iza na parceria “Boombasstic”, do novo álbum “AFRODHIT”, do qual colaborou na composição de 11 das 13 faixas. Além disso, ao lado de Cleo, acaba de revelar o single “Karma”, que ganhará videoclipe em breve.
Sobre KING:
King Saints, artista de Duque de Caxias, iniciou sua jornada no carnaval e na dança, mas logo descobriu seu verdadeiro chamado no canto. Participou de eventos e festivais renomados, colaborando como compositora para artistas como Negra Li, Elza Soares e Luísa Sonza. Seu talento rendeu uma indicação ao Grammy Latino.
Durante a pandemia, lançou o EP visual “Travessia” e a música “Sadomasoquismo” para a trilha sonora do filme “Me Tira da Mira”. Atualmente, promete surpreender com uma nova fase na carreira sob a gestão da Ternário Music e Head Media.
Como uma artista bissexual, King encontrou na comunidade LGBTQIAP+ um acolhimento que a impulsionou a iniciar sua carreira musical.
Ela se apresentou em diversas boates pela cidade do Rio e até mesmo em Cabo Frio, além de ter sido convidada a participar da Parada do Orgulho LGBTQIAP+ de Duque de Caxias e Copacabana por três anos consecutivos.
Desde então, sua música foi destaque em trilhas sonoras de novelas, incluindo uma na Rede Globo, além de uma novela infantil no SBT. Em 2019, King foi convidada pelo rapper Marcelo Dughettu para se apresentar na primeira edição do Palco Favela do Rock in Rio.
Ao longo de sua carreira, King teve a oportunidade de colaborar na composição de diversos artistas renomados como Negra Li, Elza Soares e Thiaguinho, para o filme “Me Tira da Mira”. Seu talento também rendeu uma indicação de Melhor Álbum Pop no Grammy Latino, por sua participação no álbum “Doce 22” de Luísa Sonza. Outras colaborações incluem Renan da Penha, Psirico, Ferrugem e Karol Conká.