Os clubs brasileiros vem permeando as posições do famoso ranking dos melhores clubs do mundo da revista inglesa DJ Mag.
No recém divulgado ranking de 2016 o club catarinense Green Valley perdeu a majestade do primeiro lugar no ranking e agora ocupa a segunda posição, o grande vencedor foi o club Space de Ibiza que por acaso encerra sua história nesta temporada 2016, o club será demolido e vai se transformar no espaço chamado Ushuaia Night (se você ainda não foi para Ibiza vá e não perca esta temporada que promete ser histórica).
Os demais clubs brasileiros performaram bem e subiram de posições, mais seis clubs brasileiros apareceram na lista, incluindo algumas supresas como Matahari (na 37ª. posição, subindo seis posições em relação a 2015) e o El Fortin (na 40ª. posição, subindo sete degraus).
O El Fortin foi muito discriminado, pelos clubs concorrentes de Santa Catarina, pelo seu público e acabou se tornando importante polo de diversão e com sucesso, muitos agora comparam a direção e sonoridade artística do El Fortin ao que vem sendo feito no club Green Valley (o que tem desagradado vários frequentadores que deixaram o club de lado e foram para outros clubs como o Warung (com um público mais lindo e antenado do que nunca), e até mesmo migraram para outros estilos musicais como Funk N Rio e Sertanejo numa realidade de mercado).
Os veteranos na premiação como Sirena (#9º), Anzu (#18º. ) recém reformado, Warung (#21º) e D-Edge (#56º), subiram de posições, respectivamente: uma, também uma, cinco, uma.
Para o mercado brasileiro é orgulho termos esses clubs como cartões de visitas de nossa cena, também é hora de muita reflexão e mais ginástica dos donos desses clubs e promoters que estão num momento onde há muitos questionamentos de direção artística, apenas Warung e D-Edge mantém sua veia condutora original, os demais vem norteando-se e aventurando-se por outros caminhos digamos mais ecléticos, alguns com perdas de identidade e passado glorioso como o Green Valley.
Nestes últimos cinco anos o mercado de música eletrônica se expandiu em algumas de suas engrenagens no Brasil, mas em outras encolheu absurdamente; DJs debandaram de estilo, carreiras de anos foram a pino, tudo pode (e deve) ser um ciclo natural.
Mas isto é um negócio e todos querem permanecer o mais tempo possível no jogo.
Lamenta-se de toda forma um dos piores momentos da sonoridade ouvida nos clubs e eventos de música eletrônica como nunca antes.
Para refletir?!!!
Ou apenas para deixar as coisas caminharem conforme as vontades (ou deformidades) de quem comanda os clubs?
A resposta é difícil e abre vários caminhos, assim como público que escolhe qual lugar frequentar e o que ouvir.
Veja a lista completa do ranking dos melhores clubs do mundo no link: https://djmag.com/top100clubs?year=2016
by Lucas Mazzon