Tudo começou com a curiosidade pela música eletrônica em casa mesmo, quando passava o programa Cidade Dá de Dance, na Rádio Cidade, em pleno horário de almoço.
Nos anos seguintes, o caminho natural de Rods Franchin foi frequentar os bailinhos de garagem e as matinês clubber da Zona Leste de São Paulo, onde foi criado.
“Em 1994, montamos uma equipe de som, eu e meu amigo Rodox, e começamos a fazer alguns bailinhos de garagem. Depois entrei para a Techno Dance, uma equipe que já fazia os bailes nas escolas da região e, no final de 2001, foi quando eu comecei a me apresentar em clubs”, comenta o DJ e produtor.
Desde então, já foram quase trinta anos de uma carreira dedicada à dance music, com um apreço especial pelos grooves do House e as batidas fortes do Techno.
Hoje morando em Barcelona, Rods Franchin guarda as memórias de uma vivência riquíssima no cenário brasileiro, que o viu inaugurar seu primeiro club, o Subway Club, ainda em 2002, com residentes mensais do porte de Pet Duo, DJ Murphy e Camilo Rocha.
“Os bailes de garagem e das escolas foram a base para adquirir o conhecimento de estilos musicais e adquirir feeling de pista, pois tocávamos para pessoas ecléticas, não era algo segmentado como hoje em dia, mas mesmo assim a dance music era o carro chefe dos bailes e tivemos a oportunidade de levar Marky (na época Marquinhos Marky Mark), Gu (Sound Factory) entre outros.
Isso me deu muita bagagem, que pude utilizar na música eletrônica”, lembra Rods.
Com Vinicius Vandré e Mauricio S., Rods também foi um dos responsáveis pela F.E.V.E.R®, em 2002, rolê que fez edições por toda a Grande São Paulo e foi uma referência por mais de uma década.
Ele também estava ligado na tendência do Psytrance nos anos 2000, e se apresentou ao lado de Andee no projeto de Live Act X Project, voltado ao electro-house, que rodou pelas raves brasileiras.
Em paralelo, Rods Franchin tocava em espaços icônicos, como o A.Lôca, além de cumprir residências no Heat, Club Ice, Pacha São Paulo e se apresentar no D-Edge, Clash, Hot Hot, Level Club (PB), Club Hause (MS), Café Curaçao Guaratuba (PR)…
Seguindo a linha do tempo de um trabalho incansável na música, 2010 foi o ano da primeira turnê internacional de Rods que, de cara, tocou no lendário club português Rock’s Club, no parisiense Le Batofar, um club dentro de um barco ancorado no Rio Sena, e teve também passagens pela Espanha, Polônia, França, Croácia, Irlanda, Londres e Itália.
A fim de expandir seus horizontes, networking e presença no cenário, Rods fez as malas para a Europa no final de 2019 – embora, assim como muitos de nós, teve azar. “Logo em fevereiro já estava tudo fechado por causa da pandemia. Foram 2 anos parado. Assim que tudo foi voltando aos poucos, pude retomar, ou melhor, recomeçar aqui na Espanha.
Com um histórico de agitação cultural que Rods já tinha aqui no Brasil e o certificado da vacina em mãos, não demorou muito para que ele criasse o seu próprio coletivo em Barcelona, o Hot Mess, em parceria com Gabo Oliveira, que está ativo até hoje. Entre os lugares que abriram as portas para este projeto estão clubs bem conhecidos de lá: M7 Club, Slow Club… Além de atuar com o coletivo, Rods se apresenta com frequência em clubs como Macarena, La Terrazza, Sideral Club.
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Mal se recuperou de sua apresentação no icônico Sisyphos, em Berlim, e Rods prepara os últimos detalhes para sua passagem pelo Brasil, com gigs marcadas no D-Edge, Guapísima, Signal, no Bar do Netão, e Clube dos Lenhadores. Ele vem com um catálogo imponente de lançamentos autorais; seus beats viscerais de Techno estiveram em selos como Diligentia, Let’s Techno, Musicoterapia Records e Street Groove.
Alguns de seus lançamentos estamparam os charts do Beatport: “On The Ground” esteve na posição #89 de Techno Peak Time, enquanto seu remix de “Life”, para o Downtown, chegou ao número 66 na categoria Techno Raw/Hypnotic. “A música me toca em todos os sentidos, me faz bem, me traz alegria e a mesma alegria que sinto quero repassar para as pessoas que estão na pista, fazê-las felizes”, completa Rods Franchin.
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