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DJSOUND entrevistou o trio Rooftime com exclusividade no Camarote Salvador na Bahia

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Conferimos a apresentação do Trio diretamente de Salvador, mas antes disso eles deram uma palavrinha com exclusividade para DJ Sound.. falamos sobre processo criativo, sonhos e até inteligência artificial..

Confere aí a entrevista:

DJSOUND: Bom, primeiro queria agradecer, falar com a gente. É um prazer falar com vocês. A primeira pergunta que eu vou fazer é: Qual é a sensação de vocês estarem em um carnaval, que é axé, música brasileira em um palco eletrônico aqui, onde vocês estão representando o Brasil nessa mistura? Qual é a sensação pra vocês, primeira vez… Eu queria ouvir um pouco desse friozinho na barriga? 

Rooftime: É muito doido isso. É a primeira vez nossa aqui em Salvador e é muito doido ver esse movimento do eletrônico tomando conta assim né… Antes era só axé, sertanejo, samba, pagode. Então pra gente é um prazer gigante estar aqui participando desse line com o Alok, como os maiores artistas da música eletrônica. É muito foda, muito foda mesmo!

DJSOUND: Acho que aqui vai ser um divisor de águas na carreira de vocês provavelmente. E aí, quando vocês miram a lua lá, qual é o lugar que vocês querem tocar, qual é o festival que vocês falam assim: “se a gente chegar aqui é porque a gente fez o negócio bem feito?” 

Rooftime: Ah cara, tipo… Eu particularmente ja to bem feliz que a gente foi confirmado no Lollapalooza. Já é assim um negócio que a gente sonhava em tocar, mas, eu acho assim, o que a gente sempre pensou desde o começo do Roof Time mesmo, fechar o olho a gente enxerga aquele estádio, nosso show, uma coisa mais nossa né. Um show mais autoral, num estádio, 30, 40 mil pessoas. Esse é o sonho.. 

DJSOUND: Pensando um pouco em como é que vocês criam, como é que é o processo de criação em um trio? Porque cada um tem o seu momento de criatividade. Como é que vocês juntam isso? Vocês se reúnem? Vocês vão pro bar? Fala um pouco para a gente..

Rooftime: Então, a gente sempre tenta deixar o ambiente o mais livre possível para que cada um consiga se expressar de uma forma mais leve, mais natural. Então, não tem uma ordem, não tem… Ah, vamos fazer isso primeiro, vai vir vocal primeiro, vai vir bateria, não! Cada um tem o seu próprio, vamos falar, a sua própria arma. Um é o violão, o outro é o vocal, piano, outro é a produção… Então a gente deixa bem livre para deixar a inspiração fluir do jeito que ela vier, entendeu? É bem natural. Pra nunca deixar de ser uma brincadeira, de ser algo divertido, gostoso de fazer, sabe? Não precisa ter regra…

DJSOUND: Essa questão da inteligência artificial, tudo isso vindo, como vocês veem isso na música? E aí teve até uma polêmica há pouco tempo que o David Guetta colocou a voz do Eminem, que não era o Eminen. E aí assim, como é que vocês veem isso, esse futuro da música com essa questão toda de inteligência artificial? 

Rooftime: Eu acho bem loucura isso aí. Outro dia a gente estava conversando sobre isso. Mas no fundo, no fundo, a gente crê que nada vai substituir a alma, assim sabe, do ser humano? A gente sente que quanto mais orgânico, mas a verdade é mais clara, sabe? Vem mais a tona, então, não sei… Não é muito a minha praia. Eu acho que a inteligência artificial querendo ou não alguém programou, alguém colocou o banco de dados ali, então tipo é… sabe, então o suco ali da criatividade sempre vai vir da gente, da nossa cabeça. É diferente

DJSOUND: Para a gente terminar, fala um artista aí que vocês estão ouvindo no Spotify de vocês? 

Rooftime: Ultimamente a gente acompanhou bastante o movimento do Fred Again fez, né, no cenário eletrônico, dentro do cenário eletrônico. Acho que fora quem que a gente pode puxar assim? A gente gosta de ouvir bastante Charlie Puth, The Weeknd, são artistas mais internacionais e referências pra gente.

especial collab by Guilherme de Paola

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