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Externa Club Brasília

Duo experimental brasileiro BRUO lança segundo single, com remix de Gui Boratto

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Lançamento, pela gravadora alemã The Magic Movement, Fajfas precede o álbum em vinil programado para abril de 2023. 

Dia 27 de janeiro, o mundo conhecerá mais uma música do BRUO, parte do álbum homônimo a ser lançado em abril. 

Fajfas, que ganha um remix de um dos maiores produtores do planeta, o brasileiro Gui Boratto, é música experimental downtempo sofisticada, uma viagem elétrica por uma profunda corrente de frequências, levando o ouvinte a um nado meditativo para dentro, através de sons ancestrais, característica máxima do BRUO

A qualidade e a experiência das composições dos artistas Craca e Rodrigo Bragança tem encantado a quem ouve.

Caso do super produtor Gui Boratto, responsável pelo remix que acompanha o lançamento, e os cabeças da gravadora alemã The Magic Movement, que assinaram com o BRUO para lançamento de seu primeiro álbum, em formato digital e vinil. 

Fajfas funde música acústica eletrônica em níveis profundos.

Felipe Bragança é guitarrista de formação e Craca, mestre dos beats eletrônicos, já figura conhecida no meio por seu projeto solo.

A dupla subverte cada elemento da música e renova o cenário da música ambiente com a competência de seu trabalho.

A música evolui (e leva o ouvinte junto), como uma história sem palavras. 

O álbum foi apresentado a Gui Boratto, que se apaixonou prontamente e escolheu Fajfas para seu remix, apresentando uma reinterpretação com a cara do produtor mundialmente conhecido. 

O primeiro single do BRUO, Insekto, lançado dia 23 de dezembro, foi escolhido pela curadoria do site Beatport, o maior do mundo no comércio de música eletrônica, para a playlist “The Best New Electronica”, corroborando a qualidade do trabalho do duo. 

Gui Boratto

Guilherme (Gui) Boratto (São Paulo, 1974) é um arquiteto, compositor, DJ e produtor de música eletrônica brasileiro.

Começou sua carreira em 1993, atuando na área de propaganda.

Entre 1994 e 2004, realizou diversos trabalhos para várias gravadoras no Brasil e no mundo alcançando ao lado da vocalista Patrícia Coelho e Tchorta enorme sucesso com a banda de dance pop Sect.

Desde 2005, passou a se dedicar às suas próprias composições e produções.

Atualmente, ele comanda juntamente com seu irmão Tchorta uma gravadora independente chamada Mega Music.

Gui Boratto possui várias composições licenciadas a algumas das maiores e mais respeitadas gravadoras européias, como Kompakt, K2, Audiomatique, Harthouse, Plastic City, entre outras.

Freqüentemente suas músicas são tocadas e remixadas por famosos DJs do cenário mundial, como Deep Dish, Tiefschwarz, Hernan Cattaneo, etc.

Em 2007, Gui Boratto foi considerado o DJ número 133 do mundo, de acordo com o ranking da revista especializada DJ Mag.

Já, em 2009, ele é o atual 98º mais bem posicionado do ranking, marcando presença pela primeira vez na zona de elite: os 100+ da compilação anual.

O lançamento do álbum Chromophobia lhe rendeu também o prêmio de Álbum do Mês da revista britânica Mixmag em Abril do mesmo ano

Bruo

Mais do que um duo de música eletrônica experimental, o Bruo é um universo compactado que aglutina milhares de quilômetros de estrada musical que nos leva a muitas direções. 

Chamar o álbum homônimo, que será lançado em abril de 2023, de “estreia” parece não fazer muito sentido quando apresentamos o Bruo ( “barulho” em Esperanto).

O projeto criado por Felipe Julian e Rodrigo Bragança está longe de fazer música de iniciantes.

A Bruosfera, pelo que se sente, parece estar por aqui desde o big bang.

Envolvidos em diversos rolês em conjunto desde os tempos da faculdade, os dois músicos criaram separadamente em projetos que vão de música étnica, à MBP  e  a música experimental eletroacústica — como o caso da banda Axial, que se apresentou como grandes festivais como o Tim Festival e tem no currículo grandes apresentações na Europa — passando por viagens audiovisuais, com o projeto Craca.

Ambos também são produtores musicais e de trilhas sonoras, envolvidos no mundo da dança e da poesia. 

Toda esta bagagem levou a dupla, em determinado momento de seus encontros, a estudos experimentais improvisando em estúdio, ainda sem um objetivo definido (conscientemente falando).

Anos depois, já durante a pandemia, as horas de gravação foram revisitadas e passaram por centenas de camadas de edição e processamento, até serem reduzidas a uma espécie de poeira cósmica musical de alto nível, flutuando muito acima de nossas cabeças.

E levando-nos de um ponto a outro do espaço a uma velocidade incalculável para a física, mas lenta e aconchegante para as terminações cerebrais.

Bruo

A música do Bruo foi criada para gerar “prazer em quem está ouvindo”, segundo Julian, ou “contemplação e meditação”, como define Bragança.

O nível de abstração e desconstrução se divide em duas experiências diferentes: ouvindo em casa, Bruo é para se ouvir de olhos fechados, deixando se levar por cada micro pedaço de som (quem um dia foi uma bateria ou uma guitarra) cuidadosamente colocado pelo duo para as estradas sinestésicas que propõem.

Ao vivo, o projeto ganha corpo audiovisual.

A música se une a projeções e videomapping para oferecer, além da miríade de sons que viaja pelo espaço, a de luzes e cores. 

A ideia do que será o show do Bruo foi apresentada no incrível festival Immersphere, que rolou em dezembro de 2021 no planetário de Brasília.

Quando ouvimos uma nova música, automaticamente somos levados a comparações.

Algumas vezes, associamos o que estamos escutando à estética de um estilo.

Em outras, comparamos a alguns artistas contemporâneos ou de gerações anteriores.

O que encanta, no caso do Bruo, é que a música complica a execução deste comportamento.

Um momento (ou um lugar, já que o som é tão espacial) nos remete, por exemplo, a Alva Noto & Sakamoto.

Em poucos segundos, quando ouvimos algo que um dia poderia ser um ritmo, nos traz à memória o som de Mathew Herbert.

E assim seguimos, procurando um poste para se agarrar nesta ventania.

Apesar de referências tão díspares que vão de Clube da Esquina à música étnica, foi em Björk que a dupla encontrou um ponto de conexão. 

No Bruo não se ouve nada (ou muito pouco) do som da diva islandesa.

Mas invocamos seu espírito, em uma espécie de ritual sonoro de vanguarda.

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