A música eletrônica “made in Brazil”, vai tendo seus registros aos poucos em livros, e documentários, mostrando que a dita cena daqui não é tão nova assim.
Há pioneirismo desde os anos 60 por aqui, num belo tapa na cara num artigo de grande jornal de circulação nacional que em 1997 publicou uma matéria dizendo que a cena de música eletrônica começou naquele ano, causando furor, discussões acaloradas em fóruns de sites (como do finado RRAURL), e constrangimento para alguns artistas pioneiros (desde os anos 80), que foram arrolados no rótulo “Techno 1997”.
Afinal nada tinha começado em 1997, além de uma real continuação de um estilo que já engatinhava e dava pulos com olhares de jornalistas mais antenados (!), por aqui, especialmente em São Paulo, com tentáculos no Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, só para citar algumas cidades antes do grande “boom” da cena, e atualmente tendo Alok com os holofotes nele que deram ainda mais visibilidade para o segmento.
É na base da pedrada na cara que o documentário inédito “Eletronica:Mentes”, que terá premiére online neste próximo domingo 5 de julho, pode ser um deleite para os fãs que desejam saber mais deste gênero musical, que desbancou e se entrelaçou no Pop e Rock da última década, com os reais pioneiros do segmento no Brasil, “esquecidos” pelo jornalista e alguns da turma do “Techno 1997”.
O documentário é dirigido pelas feras, conhecedores e entusiastas: Dácio Pinheiro (https://www.facebook.com/daciopinheiro), Denis Giacobelis (https://www.facebook.com/denis.giacobelis), e Paulo Beto (https://www.facebook.com/beto.paulo | mente por trás de codinomes artísticos como Silverblood e Anvil FX | ).
Um dos destaques é a gravadora Cri Du Chat Disques, ou CDC para os íntimos, (https://www.facebook.com/criduchatdisques/ | www.instagram.com/criduchatdisques), pioneira do segmento de música eletrônica no Brasil, fundada em 1988, e que completa 32 anos de existência no próximo dia 14 de julho; que aparece por volta dos 60 minutos do documentário (com duração de 80 min.). Artistas como o produtor musical Apollo 9 (https://www.facebook.com/profile.php?id=100009469170193), que começou na Cri Du Chat Disques (depois seguiu ara MTV, trabalhou com Dudu Marote e produziu discos de Planet Hemp, Otto, Arnaldo Antunes e o último do Ira!, Tropkillaz, só para citar alguns); foi o responsável pela produção dos primeiros lançamentos do selo seminal que atravessaram o Atlântico chegando ao Velho Mundo e até Estados Unidos e Japão.
Da Cri Du Chat ainda aparecem artistas como LORE (https://www.facebook.com/LOREOfficialpage/ | www.instagram.com/loreofficialpage), Individual Industry (https://www.facebook.com/IndividualIndustry/, atualmente da Wave Records (https://www.facebook.com/waverecords/), o jornalista e DJ Enéas Neto (https://www.facebook.com/eneas.neto), o zine Absolute Control (criado pelo designer e DJ Spavieri (https://www.facebook.com/djspavieri/, atualmente no clã de artistas da D-Agency (https://www.facebook.com/dagency.art/, cria de Renato Ratier mentor do D-EDGE), todos ainda em atividades intensas no mercado.
“… A música eletrônica no Brasil começou muito antes desse mainstream ao qual chegou o segmento no mundo.
Nós pensávamos sempre na possibilidade da música eletrônica chegar a cada vez mais pessoas, mas jamais pensamos nesse movimento global atual…
É maravilhos ver os desdobramentos de uma cena musical evoluindo junto com as possibilidades da tecnologia em avanço”, diz o paulista Moritz Schoennerman (https://www.facebook.com/moritz.schoenermann | www.instagram.com/volvuncionofficial), atual diretor, e fundador da Cri Du Chat Disques, e que aparece no documentário com um de seus projetos musicais, o Individual Industry.
Na trilha sonora da película estão músicas de vários artistas que aparecem no documentário, como “Gool (Z Number 8” |
do Habitants lançado no primeiro álbum homônimo pela CDC em 1994.
No mais há depoimentos, imagens de manipulações de sintetizadores construídos na década de 70 (como Moogs), takes de apresentações ao vivo, além do brasileiro Arthur Joly (https://www.facebook.com/arthur.joly.3), dono da Reco Synth (https://www.facebook.com/RecoSynth/), fábrica de sintetizadores com timbragem analógica 100% nacional e tudo desenvolvido pelo dono.
Vale a pena ver esses loucos e suas máquinas maravilhosas fazendo música, mas atenção o documentário tem premiére única online neste próximo domingo as 16h, com uma programação extra que começa as 15h, (assista pela link: http://br.in-edit.org/), veja demais infos no serviço abaixo.
Serviço:
Premiere do documentário Eletrônica:Mentes na Internet
Domingo 05 de julho de 2020 _ 16h
Este domingo dia 5 de julho – a partir das 15h do Brasil – vai rolar a premier na Uma sessão completa que inclui a apresentação do filme além de uma conversa com os diretores e outros artistas e produtores envolvidos com a cena eletrônica brasileira.
No final da sessão teremos um show especial para a ocasião.
O projeto é uma iniciativa para criar novos ambientes de encontro e experiência de manifestações audiovisuais ao vivo a distância, uma realização que envolve a parceria com o festival In-Edit, do AVXLab Tecnologia e apoio da distribuidora Elo.
Título: ELETRONICA:MENTES (80 min.)
Direção: Dácio Pinheiro, Denis Giacobelis e Paulo Beto
País: Brasil / Ano: 2020
Idioma: Português (legendado em inglês)
Classificação Livre
PROGRAMAÇÃO OFICIAL no domingo 05/07:
15h00 – Abertura:
_ Conversa com Dácio Pinheiro e Denis Giacobelis (co-diretores) e Marcelo Aliche (Diretor Artístico In-Edit).
16h00 – Premiere do filme na internet
_ Exibição do filme completo em alta qualidade de som e imagem.
17h30 – Conversa com música:
_ Papo com José Augusto Mannis, Dino Vicente, Edgard Scandurra, Helena Salenko, Arthur Joly, Marco Blasquez, Bibiana Graeff, Malka Julieta. Condução musicada por Paulo Beto (co-diretor do filme).
18h30 – Live Performances:
_ Amanda Chang
_Høstil.
Para assistir o filme e participar do evento ao vivo.
http://br.in-edit.org/
Outros links para transmissões ao vivo das conversas:
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O trailer:
ELETRONICA:MENTES – Trailer from Dácio Pinheiro on Vimeo.
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by Gonçalo Vinha