Com conceito espiritual e ao mesmo tempo crítico, a coleção NO WAR apresenta nesta sexta um crossover entre a dance music e o mundo da moda
Quem segue a DJ e empresária Eli Iwasa nas redes sociais já deve ter percebido seu estilo e fotogenia. Talentosa e multifacetada, a verdade é que a paulistana, além do amor pelo techno e por conduzir seus clubs Caos e Club 88 em Campinas, possui profunda relação com o mundo da moda, tendo assinado trilha para desfiles de estilistas como Lorenzo Merlino e posado como modelo para ensaios de moda — o mais recente, inclusive, foi para a marca Chaouiche, divulgado pela revista curitibana Top View.
O novo episódio entre Eli Iwasa e a moda acontece neste mês para um importante estilista brasileiro, Diego Fávaro, conhecido por assinar as roupas da cantora Pabllo Vittar.
Eli preparou a trilha da coleção NO WAR e, para tal, aventurou-se em relacionar a música com os conceitos do desfile, que envolvem questões espirituais e de saúde do mundo, especialmente sobre a chamada “Data Limite”, profetizada por Chico Xavier no ano de 1971.
O alerta de Xavier dizia que os seres celestiais estipularam um prazo de 50 anos a partir da chegada do homem à Lua, isto é, até 20 de julho deste ano, para que a humanidade se empenhasse em conviver com respeito e harmonia (sem uma Terceira Guerra Mundial, por exemplo) para assim evitar conflitos fatais entre nações e uma porção inédita de desastres naturais dos quais sairiam poucos sobreviventes, e dar lugar a grandes avanços na medicina e tecnologia.
“Criamos a coleção com contrapontos entre o bruto da guerra e a leveza da cura”, conta Diego.
Sobre seu trabalho com a Eli Iwasa, o fashion designer comenta que “a trilha partiu através de uma pesquisa inicial da Eli sobre sons que representariam este momento universal.
Elaboramos a base da trilha, um som contínuo que lembra sons binaurais, que têm o poder de curar partes do corpo. Para conseguirmos fechar a ideia com excelência, ela ainda adicionou sons antigos de lançamento de foguetes, sondas espaciais e coisas relacionadas, e fechou a música respeitando a identidade da marca”, conta Diego sobre o processo criativo com Eli Iwasa.
Marcado para esta sexta-feira, 5, na Casa dos Criadores, em São Paulo, este desfile não é a primeira convivência íntima de Diego Fávaro com a música.
“A música me sensibiliza muito e me inspira. Sempre começo uma coleção ouvindo coisas que me deixam feliz ou que me despertam algum sentimento que me faz cavucar e transformar em roupa”.
Já sobre o intercâmbio entre seu projeto de moda e a música eletrônica realizado com a Eli, completa:
“O trabalho com ela foi muito bacana e pudemos discutir sobre o que cada um imaginava, então é algo feito com carinho e com a personalidade tanto dela quanto da marca”.
Eli, que passa por um 2019 intenso em sua carreira, com turnês nacionais e internacionais e shows confirmados nos maiores festivais da América do Sul, como o Rock in Rio e o Baum Festival de Bogotá, lembra a parceria como algo irrecusável.
“Quando o Diego me convidou para compor a trilha, aceitei na hora por admirar o trabalho dele e por já ter um relacionamento antigo com a moda. Preparei uma trilha mais experimental, com música do Autechre… estou animada para ver o resultado!”