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Externa Club Brasília

Em comemoração ao Dia Internacional do DJ, artistas compartilham suas rotinas e histórias

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Tropkillaz, Pontifexx, Pirate Snake e Dre Guazzelli relatam os acontecimentos na rotina de um DJ.

No dia 09 de março, foi comemorado o Dia Internacional do DJ.

E, ao contrário do que muitos acreditam, tornar-se DJ não acontece de um dia para o outro.

É uma profissão que exige muita pesquisa, conhecimento sobre as técnicas de mixagem, além de um feeling preciso sobre a pista de dança.

É um misto de dedicação, trabalho e talento que culminam numa trajetória que cria memórias em diferentes estados e até mesmo países.

Tropkillaz

A história do Tropkillaz é marcada por diversas aventuras, mas uma das mais marcantes foi em uma das primeiras tours do duo pela Rússia:

“Estávamos em Chelyabinsk, cidade que dizem ter caído um meteoro em 2014, mas que também dizem ter sido um míssil…

No dia seguinte do show fomos para o aeroporto pegar nosso voo para Dinamarca com escala em Moscow, para tocar em um festival.

Por problemas técnicos o voo foi cancelado, então nos encaminhamos para uma fila da companhia aérea para entender os procedimentos e ninguém, absolutamente nenhuma pessoa no aeroporto falava inglês.

De repente, na fila, começou uma pancadaria generalizada, jogando coisas no guichê, xingamentos e tudo mais, a coisa ficou russa de verdada, sem nenhum tipo de tradução, ficamos ilhados e perdemos o show na Dinamarca, além do perrengue também tivemos um grande prejuízo…”, Zegon.

Pontifexx, DJ e produtor em destaque na cena eletrônica, foi o artista mais jovem a integrar o line-up do Lollapalooza Brasil 2019 e lançou recentemente a faixa “Feelings” pela STMPD RCRDS, gravadora de Martin Garrix, eleito três vezes o melhor DJ do mundo.

Ele costuma se apresentar no mesmo palco que grandes artistas internacionais e explica que aprendeu a ter uma boa leitura de pista com o astro Laidback Luke.

“Ele fala uma coisa que eu concordo até hoje: é preciso ter vários caminhos pra seguir.

É melhor você pecar pelo excesso de preocupação sobre os estilos de música e gêneros musicais, do que sentir a pior sensação que um DJ pode sentir, que é quando ele sabe o caminho que a pista as vezes precisa, mas ele não tem isso em mãos”.

Ele conta que é necessário se preparar para o show, saber o que o público está curtindo e ter vários gêneros guardados para escolher um caminho a seguir.

“É sempre bom testar.

Eu costumo fazer isso com uma sequência de músicas que eu tenho e aí vou conseguindo ter uma noção do sentimento da pista”, revela.

Ser DJ abre inúmeras possibilidades para momentos de “apuros” que depois transformam-se em boas histórias.

Com uma carreira de quase 20 anos, o DJ e produtor Raul Mendes, que hoje assina com o seu projeto “Pirate Snake”, tem muita experiência e bagagem na cena eletrônica, passando por momentos de glória, como também situações tensas, como aconteceu em 2016, no Tomorrowland Brasil:

“No segundo ano de Tomorrowland, eu tinha preparado o maior visual para minha apresentação. Tinha até camisa personalizada e tudo.

Só que tudo era preto, com detalhes, etc.

Minha camisa era de um material sintético tipo couro que parecida uma borracha e minha apresentação era de dia, devia estar uns 40 graus e eu derretia no artist village.

Minha cabeça entrou em loop pensando se iria dar conta de tocar daquela forma.

Estava passando mal de tanto calor.

‘Vou, não vou, vou, não’. Faltando uns 30 minutos, decidi que não iria dar conta.

Pronto. Maior correia do meu pessoal no artist village pra me arrumar roupa.

No final das contas, toquei com uma bermuda velha e uma camisa branca bem simples que consegui na lojinha do festival.

Se observar no meu aftermovie, estou com um puta tênis cano longo preto de couro cheio de ‘nove horas’ subindo no palco (que era da roupa original), mas o resto parecendo que estava em casa de boa”, brinca.

Pirate Snake

Dre Guazzelli, DJ e produtor que recentemente organizou dois blocos de música eletrônica no carnaval de rua de São Paulo, e que comanda a festa Sábado Dre Tarde na capital paulista, considera que as pessoas que sonham em tocar, fazer música ou trabalhar com festa e toda a área do entretenimento, devem buscar referências:

“Não somente no lado externo, como no lado interno. E através disso, tudo que vir ou for visto do lado externo, será uma referência para depois buscar sua personalidade e distinção no que for feito, porque um artista ou uma festa, só dura se tem espírito, e a base sólida.

Isso vem através da criatividade. As pessoas e o ser humano gostam disso”, relata.

Ele também pondera:

“O negócio é sonhar, realizar, pesquisar, entender tudo o que está sendo feito e através disso criar algo novo, e não simplesmente copiar algo ou alguém, porque no fim das contas é só frustração.”

Dre Guazzelli

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