Durante o Tomorrowland, a equipe da DJ SOUND fez uma entrevista exclusiva com Armin van Buuren. Perguntamos sobre o sucesso do B2B com David Guetta e um papo aberto sobre carreira.
O rei do Trance, que tem mais de 26 anos atuando como DJ em 2022 falou sobre o que o motiva a continuar fazendo o que faz, também nos disse que é melhor ter uma base de mil fãs fiéis do que ter um milhão de fãs esporádicos e de como está animado para o retorno ao Brasil em setembro.
A entrevista na íntegra abaixo ou no link:
DJSOUND: Você fez o B2B com David Guetta, isso foi impressionante. As pessoas no Brasil amaram. Fale pra gente como você se sentiu?
Armin: Eu me senti muito bem, David é um grande amigo meu.
Nós nos conhecemos por muitos e muito anos, acho que mais de 10 anos.
Ele é um amigo.
David me perguntou se eu gostaria de fazer B2B (back 2 back) com ele, e ele não faz muitos B2B, apenas é claro com Morteen ArtBat eu acho que uma vez.
Ele quis fazer um comigo agora no verão.
Apenas uma vez, o tornando bem especial.
A verdade é que a gente não se preparou, nós fizemos apenas alguns mashups, ele me enviou as versões a capella.
DJSOUND: Sua carreira já tem mais de 26 anos, o que faz você acordar todo o dia e continuar fazendo isso por tanto tempo? O que vem na sua mente nas manhãs que te faz pensar.. Eu vou continuar fazendo isso porque eu sou incrível?
ARMIN: Eu não me faço essa pergunta.
Eu vou dia após dia, e sempre um dia de cada vez.
Eu apenas penso, bom, hoje eu vou trabalhar nessa música, com esse artista, todo dia quando eu vou pro estúdio eu vou com ideias, trabalho com novos artistas, feliz por trabalhar com as pessoas na Armada, meu programa na rádio.
Não é como: eu quero ter sucesso, eu quero ganhar muito dinheiro, eu quero um novo hit.
Eu quero apenas me divertir.
DJSOUND: Quando você vê um artista como Cat Dealers começando a fazer sucesso, em um país com o Brasil que ama música eletrônica. O que daria de conselho para um artista que está começando e gostaria que um artista com experiência de 20 anos falasse para você quando você estava começando?
ARMIN: O mundo está muito diferente hoje do que quando eu comecei como DJ.
Quando eu comecei eu sonhava em ser DJ na Holanda.
Especialmente caras como eu que não viajava para outros países, a dance music cresceu e virou um fenômeno global.
Acho que a coisa mais importante é ter uma boa base de fãs.
Tem um artigo muito interessante na internet que chama “1000 fans” que diz que é melhor ter uma base de 1000 fãs que te apoiam, compram ingressos para o seus shows, compra seus produtos, apreciem sua música do que ter 1 milhão de fãs que vão às vezes ao seus shows, eles até gostam da sua música mas não são grandes fãs.
Eu acho que o mais importante é investir nos seus fãs verdadeiros.
Essa é a razão por que eu faço shows solos, tenho um programa de rádio e produtos para vender.
Porque é importante conectar com seus fãs.
Tento ouvi-los mas não tanto, porque você sempre precisa seguir seu coração e instinto.
Os meus fãs significam tudo para mim e são super importantes.
Eu estou muito feliz de poder voltar ao Brasil porque sinto muita falta de tocar lá, eu acho que a última vez que eu toquei lá foi em 2019, era pra eu ter tocado no Lolla em 2020, mas foi cancelado por conta do COVID.
Então eu estou voltando em setembro e estou super animado para isso e estou contando os minutos para ver o público brasileiro novamente.
especial collab by Guilherme de Paola e Cauê Rodrigues