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Entrevista : Purple Disco Machine, antes do Lollapalooza Brasil 2023

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Antes do produtor e DJ alemão, famoso pelo seu sucesso “Hypnotized” e tantos remixes de sucesso, desembarcar no Brasil para sua apresentação (no sábado 25/03), na décima edição do festival Lollapalooza (leia clickando), ele contou um pouco mais de como tem sido sua trajetória até chegar aos grandes festivais e como tem sido em tocar neles.

Também nos revelou o que tem ouvido e o que pretende tocar nos próximos anos.

Como produtor musical como que surgiu a ideia de se tornar DJ?

Na verdade comecei a produzir e tocar como DJ meio que ao mesmo tempo, quando eu tinha 15, 16 anos em 95/96.

Na Alemanha nesta época tínhamos uma espécie de revolução Techno com a Love Parade e eu via o festival pela televisão e dizia: Ok, quero ser um DJ e tocar para milhões de pessoas.

Então isso foi o que mais me impulsionou a começar a tocar como DJ, afinal Love parede (Berlim) não era tão longe de onde vivo (Dresden) e sim, isto teve um grande impacto no início da minha carreira então comecei a praticar e guardar meu dinheiro para investir nisso.

Bem, parece que você atingiu essa posição. Qual é o sentimento de estar lá tocando para milhares de pessoas?

Eu realmente curto muito cada show.

Como produtor de música posso dizer que meu som mudou a partir do momento que passei a fazer shows. Desde muitos e muitos anos meu objetivo tem sido produzir o que eu tocaria como DJ.

Sempre pensei assim mesmo quando produzi, remixei música pop, eu penso em produzir o que um DJ tocaria.

Ser DJ ajuda muito em produzir e antes de eu lançar uma música eu texto toca-la em muitos festivais.

Purple Disco Machine

Em todos esses festivais que tem tocado, dando a volta por todo o mundo, teve alguma situação inesperada, algo incomum que você passou?

Sim há muitas situações que se passam que você não espera. Eu tenho tocado em barcos e já aconteceu a energia cair e a festa parar por dez minutos por causa disso.

Há uns quinze anos, eu toquei na Rússia, na Sibéria, com menos 30 graus Celsius e estava congelante de frio.

Mas por outro lado, eu tenho a chance de conhecer esses lugares, viajar e visitar esses lugares.

Países que eu nem imaginaria conhecer como Austrália, sabe tocar lá e pensar que pessoas de todo lado do mundo simplesmente amam música, que gostam de dançar e curtem isso.

Purple Disco Machine em estúdio

Eu sei que seu nome artístico tem muito a ver com os artistas que ama, mas quando você resolveu escolher esse nome pensou que ele poderia ser referência ao seu próprio estilo?

Não, na verdade não. Eu escolhi esse nome em um período da minha vida que na verdade eu tinha desistido dessa coisa de música.

Eu pensei ok, isso não vale a pena, não se paga, então eu tinha começado produzir com esse nome só por diversão. Não imaginava poder tocar mundo afora.

E essa coisa do estilo sabe, eu sempre usei bigode, não precisei de um estilo pra dizer que era dos anos 80, eu sempre fui assim. Eu nunca precisei pensar em ter um estilo, eu só sempre foquei na música.

E ainda Purple Disco Machine é um nome muito legal.

Obrigado, no começo pensei que ninguém de lembraria por ser muito longo, mas hoje todos gostam.

Teria alguém com quem você sonharia tocar um b2b, tocando como DJ?

Tem muitos DJs. No começo eu pensava em tocar com DJs que estivessem na mesma linha de música comigo, tocando mesmo estilo. Eu toquei algumas vezes e foi muito legal, mas hoje penso em tocar com DJs como Diplo, ou DJs que tem o estilo totalmente diferente do meu, porque é muito interessante pensar em combinar sons diferentes, porque aí sai um som totalmente novo.

Purple Disco Machine, DJ Produtor alemão

Em qual formato mais gosta de tocar, disco de vinil  ou pen drive?

Eu gosto de tocar vinis. Mas ao final é mais fácil viajar com pendrives e você também se torna mais flexível com eles. E nós meus sets 90-95% são minhas próprias músicas.

De fato, essa pergunta era um pouco complicada né, é evidente como você gosta tocar vinis, até pela época que começou e pelas influências, mas viajar ao redor do mundo com eles é uma tarefa mais complicada.

Sim, claro, eu ainda toco muito vinil em minhas lives. Na verdade há 15 anos quando comecei eu tocava em meus shows somente vinil depois eu ia com o pen drive ali para se acaso precisasse ter algo a mais em mãos e hoje acabou que me tornei um pouco preguiçoso (risos).

Gostaria de saber que música gostaria de tocar ou remixar que não e-music ou pop. E o que tem escutado ultimamente?

Eu estou sempre de mente aberta, procurando por algo a mais. Ultimamente tenho pensando em música clássica, tenho ouvido e pensado na minha música com instrumentos clássicos.

Isso seria demais ouvir minhas músicas com um som de orquestra. Então isso pode ser algo interessante para mim nos próximos anos.

Mas eu sou muito eclético ouço muito disco, funk, música antiga, mas também novos estilos. Eu fico muito interessado em saber o que os outros músicos estão tocando.

Ouço jazz... depende muito do meu humor. Aliás, a exemplo, na Alemanha durante o inverno eu ouço mais chill out e durante o verão mais disco, pop.

ouça:

especial collab. internacional by Mariela Gregori

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