Na última quarta feira (06/11), Erykah Badu apresentou-se no Espaço Unimed, em São Paulo, apesar do atraso que gerou algumas reações, a artista entregou uma apresentação impecável, misturando misticismo, musicalidade e presença de palco única.
Conhecida como a “Rainha do Neo-Soul”, Badu encantou com seu carisma hipnotizante e voz singular, navegando com maestria por um repertório que explora as raízes da música negra, passando pelo jazz, R&B e hip-hop, além de toques de experimentalismo e espiritualidade.
O evento, que contou com a abertura da cantora brasileira Luedji Luna, foi bem recebido e celebrou a música de mulheres negras, com a presença de DJs e uma ambientação que realçou a experiência musical para os presentes.
Desde o início, tudo foi pensado para refletir a estética cósmica e etérea de Badu, com luzes baixas, tons psicodélicos e figurinos excêntricos. Badu, com sua presença poderosa e enigmática, criou uma atmosfera intimista, onde o público se sentia transportado para uma dimensão quase ritualística. A setlist incluiu clássicos como “On & On”, “Bag Lady” e “Didn’t Cha Know,” acompanhados por improvisos que fizeram jus à fama de uma artista versátil e imprevisível.
Os músicos foram igualmente notáveis, especialmente nas passagens de jazz e nas fusões com sons mais modernos, proporcionando um espetáculo musicalmente rico e envolvente. Em alguns momentos, os visuais evocavam um universo próprio, que refletia a proposta artística de Badu, equilibrando sua sensibilidade com uma performance tecnicamente impecável.
Em um mercado muitas vezes marcado por apresentações lineares, a performance de Erykah Badu se destacou pela autenticidade e pelo talento de uma artista que continua a desafiar e redefinir os limites do soul.
especial collab redação e pics by Thaise Carvalho