Música + Estilo + Comportamento

publicidade

Externa Club Brasília

Fabrício Peçanha, o estúdio virou seu bunker!

compartilhe

Fabricio Peçanha dispensa maiores apresentações, um dos pioneiros da cena de música eletrônica no sul do Brasil acumula mais de duas décadas a serviços das pistas de dança no Brasil e exterior.

Contaminado pelo vírus da música eletrônica ainda no final dos anos 80, partiu para a carreira DJ solo, além de integrar o projeto de live act Life Is A Loop (https://www.facebook.com/LifeisaLoop/), que fez retorno recente, e deixamos para falar disso em outro momento.

Com mais de duzentas (!) músicas autorais lançadas batemos um papo com Fabrício Peçanha (https://www.facebook.com/fabricio.pecanha), sobre o seu estúdio convertido a bunker onde passa boa parte do tempo quando não esta no comando das pistas de dança.

O artista esta transbordando bons momentos no estúdio e tem músicas tocadas por feras internacionais como Claude von Stroke só para citar.

Vamos ao papo com esse cool guy que abre um sorriso enorme ao falar de música.

Fabricio Peçanha

 Suas músicas começaram a se destacar e a ganhar suporte de nomes internacionais, ao que se deve isso?

Isso se deve a experiência e muito estudo sobre produção musical.

Reparamos que você tem passado muito tempo no estúdio nos últimos anos, a partir de que momento você planejou dedicar mais tempo ao estúdio?

Eu comecei a me envolver com produção nos anos 90…

Em 2001 eu lancei meu primeiro vinil, com a música “Cordel” e de lá pra cá não parei mais. Mas há uns 7 anos eu intensifiquei mais minhas produções e nesse período já lancei mais de 200 musicas.

O que é necessário para um artista ter uma boa mixagem? E para a masterização?

Acredito q o principal é estudo mesmo, mixagem e masterização precisam de dedicação e técnica, matemática, física e engenharia de som, além de um ouvido bem apurado.

Fabricio Peçanha

Qual foi a maior dificuldade no início de carreira nos anos 2000 em termos de tecnologia disponível?

O acesso à tecnologia naquela época era muito difícil, em termos de produto e conhecimento também, já que a internet não estava a todo vapor como hoje.

Então era difícil conseguir os equipamentos certos e as informações que precisávamos.

Como conseguia as informações de como programar e trabalhar com sintetizadores numa era sem internet como quando começou?

Era muito difícil, tinha q procurar pessoas que já sabiam algo ou buscar informações fora do país, que foi o que fiz.

Como esta  composto o seu setup de equipamentos hoje no estúdio para mixagem? E masterização?

Eu uso uma placa Apollo 16 da UAD, ela tem uma qualidade ótima e plugins incríveis para mix e master, além disso, uso um channel strip da UA analógico e um mixdream da SPL, um summing mixer que dá uma diferença incrível no som.

Além desses, dependendo da musica uso o programa OZONE e plug-ins variados dependendo da música.

Mas gosto muito de mandar masterizar minhas músicas com outras pessoas, por elas terem uma visão diferente da minha e isso ajuda muitas vezes no resultado final.

Tem algum instrumento favorito que você usa em muitas das suas músicas?

Sim, meu Eurorack modular, hoje é meu instrumento favorito no estúdio.

Você acreditava de alguma maneira que a música eletrônica chegaria à popularidade de hoje?

Sempre soube que a musica eletrônica seria a trilha da nova geração, acreditei nisso e vi isso acontecendo na frente dos meus olhos.

Life Is A Loop, com Fabricio Peçanha, Rodrigo Paciornik e Leozinho

Muitos na música eletrônica optam por serem DJs, mas você escolheu criar as suas próprias músicas também De onde partiu essa escolha?

Partiu de quando eu me engajei na música de verdade, queria aprender mais e me aprofundar no assunto, ai a produção foi um caminho natural para isso.

Eu tocava música de outros artistas e queria entender como eles faziam essas obras primas, ai fui cada vez mais fundo pra entender isso.

Qual é a parte mais desgastante e a mais prazerosa da carreira como produtor musical?

A desgastante é porque vicia mesmo, você não quer fazer mais nada além de ficar no estúdio, acaba a vida social, rs. A prazerosa é você ver outros artistas tocando sua música e a galera curtindo ela, é a sua obra pronta até, alegrando as pessoas, é muito bom.

Qual é o seu hobby?

Hoje em dia meu hobby é ficar em cima do meu Eurorack modular, é uma espécie de vídeo game para mim. Fico estudando novas possibilidades e testando sons, é uma verdadeira cachaça!

Alguma obstinação?

Quero continuar agregando para cena da música, produzindo, viajando pelo mundo, me apresentando em shows, ajudando outros artistas e pessoas ligadas ao meio.

Fabricio Peçanha

Algum sonho que gostaria de realizar na música?

Já realizei vários, existem lugares que gostaria de tocar ainda, como Japão por exemplo.

O que almeja agora e para o futuro da sua carreira?

Quero continuar produzindo, tocando e agregando de alguma maneira pro crescimento da cena eletrônica underground…

Abri a pouco uma empresa FPmusicstore.com uma espécie de loja com serviços e soluções pra músicos, artistas, produtores e pessoas ligadas à arte.

Qual musica lembra sua infância?

São várias, como Kraftwerk, When In Rome, Kon Kan, Depeche Mode, A-ha, OMD e por ai vai.

Qual foi seu primeiro disco comprado?

Foi um do Michael Jackson, “Thriller”.

by Gonçalo Vinha

 

publicidade