A influentíssima Feist, vencedora de grandes prêmios de prestígio na cultura pop, retorna com “Multitudes”, disponível em 14 de abril (via Polydor France), seu sexto álbum solo, o primeiro desde “Pleasure”, de 2017.
Três faixas do álbum foram lançadas hoje: “In Lightning”, “Love Who We Are Meant To” e “Hide Out in The Open”.
Para marcar o lançamento, Feist fará um miniconcerto transmitido ao vivo pela Mandolin hoje, 14 de fevereiro, Valentine’s Day, às 19h GMT (16h de Brasília).
“Multitudes” foi produzido por Feist com seus colaboradores de longa data Robbie Lackritz (The Weather Station, Bahamas, Robbie Robertson) e Mocky (Jamie Lidell, Vulfpeck, Kelela). Blake Mills (Bob Dylan, Fiona Apple, Perfume Genius) e Joseph Lorge entraram para fazer a mixagem, tendo Mills como co-produtor nas etapas finais.
“In Lightning” abre o álbum com sua gloriosa colisão de percussão ruidosa, violão explosivo e cordas brilhantes (cortesia do arranjador Miguel Atwood-Ferguson).
Feist interrompe o burburinho incessante do mundo moderno para impactar o ouvinte com a ousadia eletrizante de olhar diretamente nos olhos para encontrar algo infinitamente mais elementar e pessoal do que aquilo que o espelho mostra: “And in lighting flashes flash to show our natural age/And the lightning lights me up to be as God as I say”) (“E nos raios de luz, luzes piscam para mostrar nossa idade natural/ E o relâmpago me ilumina para ser tão Deus como eu digo”).
Mais suave na entrega, mas não menos poderosa é “Love Who We Are Meant To” e seu sentimento atemporal.
As notas em cascata do solo de violão de cordas de nylon contrastam com as exuberantes ondulações da orquestra, canalizando a grande angular de um standard de jazz por um delicado pântano com a revelação pesada que Feist traz: “We will struggle with the truth/That sometimes we don’t get to/Love who we are meant to” (“Lutaremos com a verdade/ De que às vezes não chegamos/ A amar quem devíamos amar”).
Em “Hiding Out In The Open”, os hipnóticos vocais em camadas de Feist giram em círculos para trazer sabedoria incandescente: “Love is not a thing you try to do/ It wants to be the thing compelling you/ To be you”) (“O amor não é uma coisa que você tenta praticar/ Ele quer ser a coisa que te leva a ser você”).
Tudo com a cadência simples de uma canção para se cantar junto, perto da fogueira de um acampamento.
“Multitudes” tomou forma logo após o nascimento da filha de Feist e da morte súbita de seu pai, uma convergência de eventos capaz de mudar a vida de qualquer um — e que deixou a cantora/compositora canadense “sem nada mais de ‘performativo’ em mim”.
À medida que eliminava de suas composições qualquer tendência a esconder verdades indesejadas, Feist lentamente foi em direção a um lote de canções criadas a partir de um realismo cru e poderoso, mas carregada de uma beleza de outro mundo.
Em grande parte escritas e trabalhadas durante um show experimental comunitário (também chamado Multitudes), entre 2021 e 2022, as canções do novo álbum se desenvolveram em paralelo e foram profundamente influenciadas por essa experiência pouco convencional.
A produção, desenvolvida por Feist com o lendário designer Rob Sinclair (de trabalhos com Peter Gabriel, Tame Impala e também “American Utopia”, de David Byrne), foi formulada para reunir as pessoas à medida que elas saíam do isolamento no lockdown, proporcionando conexão entre artistas, arte e comunidade.
Para a gravação, Feist voltou à sua colaboração de 2011 com Lackritz e Mocky, que fizeram com ela seu terceiro álbum, “Metals”, em um celeiro convertido no Big Sur.
Desta vez, Lackritz e o engenheiro Michael Harris (Haim, Lana Del Rey, Vampire Weekend) construíram um estúdio no norte da Califórnia ao lado da Redwood Forest.
Lá, Feist foi acompanhada pelos multi-instrumentistas Gabe Noel (Kendrick Lamar, Harry Styles, Kamasi Washington), Shahzad Ismaily (Laurie Anderson, Lou Reed, Tom Waits) e o time de músicos com quem excursionou Multitudes — Todd Dahlhoff (sopros, sintetizadores, baixo) e Amir Yaghmai (cordas, violões) — além de uma participação especial do colaborador de longa data Chilly Gonzales.
Ao longo de suas 12 canções, “Multitudes” afirma a capacidade de Leslie Feist de construir mundos sonoros elaborados, seguindo seu singular estilo de composição musical até sua expressão mais poética.
Nascida na Nova Escócia, mas criada principalmente em Calgary, no Canadá, na adolescência ela explorou sua musicalidade idiossincrática tocando em uma banda punk local.
Mais tarde fez sua estréia com o álbum “Monarch (Lay Your Jewelled Head Down)”, de 1999 (um lançamento independente vendido principalmente em banquinhas de merchandise, durante os shows).
Junto com o coletivo de rock indie Broken Social Scene, Feist estourou no álbum seguinte, “Let It Die” (Álbum Alternativo do Ano, no Juno Awards 2004).
Lançado em 2007, “The Reminder”, ganhou aclamação internacional e chegou às listas de melhores do ano em veículos como Pitchfork, NPR, “Spin” e “Rolling Stone”, além de ganhar quatro indicações ao Prêmio Grammy.
Com certificado em ouro em vendas, o álbum apresentou o icônico single “1234”, sucesso na parada Hot 100 da Billboard que abriu o caminho para aparições nos programas “Saturday Night Live” e “Sesame Street”.
Em 2011, Feist voltou com “Metals” (vencedor do prêmio Polaris Music) e considerado melhor álbum do ano pelo crítico de música popular Jon Pareles, do jornal “New York Times”. Com o AV Club saudando “Pleasure”, de 2017, como seu “trabalho mais ousado até hoje”, e a NPR elogiando o álbum como “destruidor em sua honestidade”, Feist estreou em 2019 o podcast Pleasure Studies — premiado como Podcast do Ano pela Apple Podcasts — e logo começou a desenvolver o show ao vivo Multitudes, uma colaboração ampliadora de fronteiras concebida por Feist e Robbie Lackritz, desenvolvida com o artista/realizador Colby Richardson, a artista Heather Goodchild e a produtora artística Mary Hickson.
+ LIVESTREAMING DE UM MINICONCERTO AO VIVO VIA MANDOLIN
‘MULTITUDES’ SERÁ LANÇADO EM 14 DE ABRIL EM LP, CD & FORMATOS DIGITAIS.
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