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Felipe Rima reúne Fagner e Bráulio Bessa em novo projeto

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Em novo projeto, o rapper, escritor, palestrante e empresário cearense reúne as participações especiais do músico Fagner e do poeta Bráulio Bessa
Em seu EP visual, “Zareia”, artista entrega também uma música-resposta ao Matuê.

Dedicado em honrar as periferias brasileiras, incluindo a sua própria comunidade em Fortaleza, Felipe Rima  –  com quase duas décadas de legado no Hip-Hop – divulga o EP visual “Zareia” em todas as plataformas digitais.

Neste projeto, composto por 4 canções autobiográficas, o rapper, escritor, palestrante e empresário cearense percorre seu itinerário de superação e convida o público a sonhar com outras realidades possíveis.

Abrindo os caminhos, a faixa-título “Zareia” mostra onde tudo começou.

A favela da Zareia, localizada no bairro Papicu, em Fortaleza (CE), foi onde o artista – que precisou trabalhar ainda criança para auxiliar a mãe – cresceu.

Muito cedo, viu irmão e tios presos.

Seu pai, Ribamar, era viciado em crack e um dos maiores traficantes da capital cearense.

Em dado momento, Felipe teve que segurar uma arma dada pelo genitor “para ter que virar homem”.

E desistiu, inclusive, da ideia de ser jogador de futebol, mas ali, como um dos milhares de espaços de vulnerabilidade do Brasil, também é lugar de potência.

Quando tinha 14 anos, por meio do projeto social Enxame, Rima sentiu o poder da palavra.

Com a poesia de Carlos Drummond de Andrade, mais precisamente com os versos “No meio do caminho tinha uma pedra”, teve a primeira reflexão sobre os rumos que sua vida estava tomando.

“A pedra” seria, portanto, o crack e tudo o que advinha com a droga ilícita.

Começou, então, a escrever e, logo mais, descobriu o Hip-Hop.

Não parou mais.

A arte tinha, para o então jovem, a capacidade de desvelar o olhar para o azul do céu, o movimento das árvores e dos pássaros — em meio a tantas intempéries.

poeta Bráulio Bessa

Ao fim desse som, Bráulio Bessa anuncia:

“Seja rapper ou cordelista, o poeta é rimador/ Rima a sua própria história/ Seu sorriso, sua dor”.

Logo em seguida, “Quanto vale um sonho?” reafirma as lutas e instiga: “Levanta, vai lá/ O sorriso é seu/ Faz o corre, vai lá/ Porque o corre é seu”.

“É Açúcar – Matuêrrou” é uma espécie de “pausa técnica”.

Nesta, uma indagação sobre as letras de Matuê, rapper cearense que obteve a melhor estreia no Spotify Brasil em 2020.

Segundo Felipe, a exaltação do crime nas composições do novato o inquietou.

No álbum “Máquina do Tempo” (2020), Matuê diz em um dos versos de “É Sal”:

“Olha o caminhar do elemento/ É o passo bem lento, vai fechando o tempo/ Canhão, faca na cintura/ Disposição pra tombar duas viatura”.

Em contraponto, Rima responde:

“Mentindo nessa rima, tu tomba a cultura/ Quer um conselho, irmão?/ Não é sublime/ Fazer pose de artista e imitar o crime/ Esse jogo custa a vida/ E lágrimas de mãe/ Não é status pra artista/ Estourar champanhe”.

Na mesma canção, o músico volta à Zareia com seu pai para distribuir livros à comunidade.

Armas muito mais potentes, capazes de gerar uma revolução — explica a cantora e produtora Gabriela Savi, presente na faixa.

Fechando o trabalho, a história de realização daquele menino que tornou-se referência em múltiplas vertentes artísticas.

Com a carreira já consolidada, o protagonista canta com sua comunidade na música “Na Minha Zaria”.

Com participação de Salmos Rafael e DJ William (Baile de Favela), apresenta a “sua quebrada”, o lugar que sempre retorna: a Zareia.

Gravado no Red Bull Station, em São Paulo, EP conta com Rafael Tudesco assinando a direção e produção em parceria com Mr. Break e Salmos Rafael.

Na arte, Zé Vitor.

Já na produção executiva, Kelly Malheiros.

Milena Gomes, Lucca Lyne, Ytalo Pereira e Brisa são os bailarinos envolvidos nas versões audiovisuais do registro.

Indo além da música e cinema, a ação contempla também literatura:

“Quanto vale um Sonho” (2021), lançado pela editora Agir, desvenda como o ato de sonhar pode ser válvula de transformações de realidades.

Com prefácio do cantor e compositor cearense Fagner, a obra está disponível nas versões impressa e digital.

A realização de todo esse movimento é da Sonhares Company – Espaço de Inspiração e Transformação.

por Nildo Gueto

“Precisamos criar cenários que possibilitem a visita da felicidade aos olhos da juventude.

Esse é mais um passo nessa minha jornada.

É meu novo trabalho de arte para inspirar o mundo e propor debates para a evolução e a revolução”, ressalta Felipe Rima.

Ouça e assista aqui: https://www.youtube.com/playlist?list=PLlugNkB7-8iPt6AIxCdKyL5OvTLsVqZEB

SOBRE FELIPE RIMA

Rapper, escritor, palestrante e empresário, Felipe Rima, 33, nasceu em Fortaleza, no Ceará.

Cria da comunidade da Zareia, encontrou-se nas artes para resistir e tornar sonhos possíveis.

Em 2011, vendeu mais de 10 mil cópias, de porta em porta, do CD “Entre o batuque do coração e a poesia da vitória”.

Felipe ganhou prêmio pela MTV América Latina e teve música em trilha sonora do documentário “Viralistas”. Viajante do Brasil e até do mundo, o artista leva consigo a missão de inspirar jovens.

Felipe também é idealizador da Sonhares Company – Espaço de Inspiração e Transformação e da produtora Batuque do Coração.

Rima visitou mais de 100 cidades cearenses, 15 estados no Brasil e dois países, munido de uma pergunta:

“Quanto vale um sonho?”.

A questão é, inclusive, o tema de sua palestra.

Nesse embalo, a Red Bull tornou-se sua parceira.

Felipe Rima

No Red Bull Station, maior estúdio de música da América Latina, Felipe gravou um disco completo.

Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, debutou no streaming com o EP “Enquanto o mundo volta”.

Junto com o lançamento, o EP “Zareia” faz parte da divulgação do disco completo gravado com a Red Bull — que está por vir.

pics by Nildo Gueto

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