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Festival Coala comemora 10 anos com programação diversificada

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O Coala Festival, um dos principais festivais de música brasileira, comemorou sua 10ª edição neste final de semana, de 6 a 8 de setembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Durante os três dias de evento, o festival reuniu uma programação diversificada que celebrou as diversas vertentes da música nacional, promovendo encontros entre artistas consagrados e nomes da nova geração.

Na sexta-feira (6), o Festival Coala começou com apresentações que enfatizaram a rica tradição da música popular brasileira. Silvia Machete abriu o evento, seguida pelos harmoniosos vocais do grupo Boca Livre. Um dos momentos mais aguardados do dia foi a apresentação de Lenine e Marcos Suzano, que reviveram o icônico álbum “Olho de Peixe”. Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes subiram ao palco juntos, trazendo um repertório que mesclou suas trajetórias distintas, e o trio paulistano O Terno encerrou a noite com um show de despedida, marcando o último concerto do grupo.

Adriana Calcanhoto e Arnaldo Antunes

O sábado (7) contou com uma programação marcada para encontros musicais únicos e uma diversidade de estilos. A cantora Bebé deu início ao segundo dia de festival, seguida de Tulipa Ruiz, que trouxe Criolo como convidado especial. O veterano João Bosco emocionou o público com suas canções, enquanto o trio formado por Sandra Sá, Hyldon e Tássia Reis explorou influências do soul, funk e rap. Os Paralamas do Sucesso animaram a plateia com seus clássicos, e Lulu Santos, com seu repertório consagrado, encerraram o dia em grande estilo.

O último dia de festival, no domingo (8), celebrou a mistura de ritmos e a potência da música contemporânea brasileira. A dupla Mariana Aydar e Mestrinho abriu uma programação, seguida pela jovem Joyce Alane, que trouxe uma perspectiva moderna e original para temas de amor e relacionamentos. Xande de Pilares, em seu projeto “Xande canta Caetano”, apresentou sua releituras de Caetano Veloso em ritmos de samba e pagode.

O encontro inédito entre Timbalada e Afrocidade no palco principal foi um dos momentos mais energéticos do festival. Timbalada, veterana da cena musical baiana, trouxe seus sucessos marcantes, enquanto Afrocidade adicionou o suingue e a consciência social de suas letras, representando a nova geração da música afro-baiana. Juntos, transformaram o Memorial da América Latina em um verdadeiro carnaval fora de época.

O rapper Yago Oproprio também foi destaque com sua performance, apresentando rimas que abordam questões urbanas e sociais. Ele aqueceu o público para o show mais aguardado do dia, o Planet Hemp. A banda, conhecida por suas letras politizadas e críticas sociais, encerrou o festival com um show que revisitou seus maiores sucessos e reafirmou seu papel de resistência na música brasileira.

O Festival Coala de 2024 não apenas celebrou uma década de existência, mas também reafirmou sua importância no cenário cultural brasileiro. Ao longo de três dias, o evento promoveu um encontro de gerações, estilos e ritmos, refletindo a pluralidade da música brasileira. Com um público fiel e diversificado, o festival consolidou seu lugar como uma das principais plataformas para a celebração de nossa música, de suas raízes às suas mais novas vertentes.

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