O Forró Red Light, dupla de DJs e produtores musicais, formada por Eugênio e Ramiro, vem conquistando espaço no cenário musical brasileiro com seu mix de ritmos eletrônicos e outros oriundos da gama de ritmos existentes no Brasil.
O resultado é consistente e tomou de assalto a programação do Turá Festival
neste domingo (03/07), (leia mais: https://www.djsound.com.br/events/tura-anuncia-10-djs-para-a-primeira-edicao-do-festival-2/), nova cria da T4F, que acontece no Parque Ibirapuera em São Paulo, apresentando um lineup somente com nomes brasileiros entre DJs e nomes de outrar vertentes da música “made in Brazil”.
Dividimos os integrantes do Forró Red Light em duas entrevistas, nesta é o Eugênio que nos fala.
1.Fale um pouco do primeiro contato com a música no geral?
O início foi na época de ouro das bandas de Brasília dos anos 90, ainda com a forte efervescência do Rock Brasília q estourou por todo Brasil nos anos 80, mas já na cena eclética característica da cidade.
2.De onde veio a ideia de focar na produção musical?
Necessidade pura…
3.Qual a sua visão de um produtor musical num mercado cada vez mais competitivo como o do Brasil?
É importante tá sempre atento, buscando fazer a leitura do tempo atual pra melhor comunicar nesse caldeirão efervescente do mundo da música e suas mutações constantes. Aí depois é aquele lance de sentar e meter as caras, buscando ser verdadeiro no que produz, e a originalidade que traz o diferencial.
4.Explica esse mix de sons que você fazem?
Isso é fruto desse diálogo das raízes culturais dos nossos antepassados, com o mundo desde os primeiros viajantes e imigrantes. Sendo cunhada e forjada nesses primeiros encontros, e posteriormente chegando à base do movimento indigenista de Rondon, a antropologia de humanistas como Darcy Ribeiro, ao Modernismo de Mário e Oswald de Andrade, ao Cinema Novo de Glauber Rocha, ao Tropicalismo de tantos, e a mente desses visionários que pensaram a criação dessa Brasília Cosmopolita.
5.Fale de onde veio a inspiração sonora e conceitual de vocês?
Acho que de toda essa odisséia de fundação da nossa nação tropical-continental miscigenada. E de ver toda essa riqueza de possibilidades e da necessidade de consolidação e recriação de nossas histórias para dentro de um tempo futuro.
6.Como é o seu processo de composição?
Aí depende da lua…
7.Qual foi seu maior desafio nas suas produções até agora?
Cada instante tem seu desafio e seu sabor de vitória.
8.Qual o set-up atual do seu estúdio?
A gente monta o set up conforme o trabalho, ou dança conforme a música se preferir. Aí tem os computadores, controlspad, percussões, instrumentos como baixo, guitarra, ukulele, violão, instrumentos artesanais, reciclados, indígenas, de cultura popular e aí vai…
9.Qual a decisão mais importante na vida para dedicarem-se a música de forma profissional?
Como qualquer trabalhador têm que vencer as barreiras de uma sociedade que não vai lhe abrir as portas antes de você já ter arrombado ela. E nessas horas crer nas suas convicções, estando atento para as mudanças e adequações necessárias na rota, são peças chaves. E enquanto a intuição apontar o caminho, a persistência e seguir em frente, será diversas vezes a única decisão que lhe restará a ser tomada, pra alcançar o Forróbodó Perfect.
10.A partir de que momento passou a planejar sua carreira? Recorreu a algum profissional para lhe orientar?
Vamo naquela entre a rebeldia inspiradora punksamba Deixa a vida me levar e Bolando vários planos pra poder contra atacar . Sempre traficando informações…
11.Descobrindo os meandros da profissão o que lhes motivou, qual foi seu maior desafio de você até aqui individualmente?
Viver de música
12. Depois de tocarem em festas, qual é a sensação de estarem num grande festival como o Turá? Prepararam algo diferente para vossa apresentação?
A gente já vinha rodando um circuito de Festivais a um tempo. O que se intensificou nessa reabertura após o lockdown. E têm sido bem legal ver a reação do público em meio a tantas apresentações de grandes artistas que temos divido o palco. E é sempre legal ver pessoas que já seguem o trabalho em meio a gente que tá lá se surpreendendo diante de um som que nem imaginavam existir. Nessa apresentação vai rolar as novidades do nosso álbum Nó Central que lançamos a pouco e vêm embalando as pistas por aí.
13.Qual é o lado mais bacana dessa profissão e o lado por vezes mais desagradável?
Ver o sorriso das pessoas, música ganhando o mundo não tem preço. E os percalços são os percalços… Fazem parte do valor da conquista, e vamo falar de coisa boa que atrai coisa boa rsrsrs!
14.O projeto esta preparado para shows?
Embarca na nave!
15.Quais são os planos atuais?
Estamos retomando o ritmo de shows na estrada, e preparando as novas produções que iremos lançar
16.Aonde quer estar nos próximos cinco anos?
Circulando.
17.Na sua visão quais são seus maiores diferenciais para o mercado de música?
Aí a gente deixa o público dizer, afinal uma pista de faz pela troca de sensações e energia!
18.Qual foi seu primeiro disco que você comprou?
Lembro do Cavalo de Pau do Alceu Valença, rodando na vitrola Phillips de botão moderníssima do meu pai na época, e que depois botou pra girar os discos do Peter Tosh e Led Zeppelin do meu irmão e posteriormente toda a preciosa coleção de meus vinis.
19.Qual foi a primeira música que te impactou de fato?
Asa Branca? Talvez…
20.Tem algum hobby fora música? Se sim, qual?
Por aqui o povo é de mato, trilha e cachoeira
21.Um sonho já realizado na música?
Por tanto…. Só agradeço!
22.Um sonho a ser realizado na música?
Ter saúde e brilho nos olhos pra seguir a estrada enxergando o brilho nos olhos e sentindo bater os corações
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by Gonçalo Vinha