Giorgio Moroder, entrevistamos o cara que convoca todos para o baile em SP Giorgio Moroder, 77 anos, transparece energia seja na sua forma de falar e mesmo no pique das suas apresentações ao redor do globo.
A menos de 24 horas de se apresentar pela segunda vez no Brasil (saiba tudo: https://www.djsound.com.br/events/o-melhor-da-disco-music-com-o-criador-da-dance-music-giorgio-moroder/), ele esta empolgadíssimo e excitado para reencontrar os brasileiros convocando todos para o grande baile (veja o vídeo exclusivo para a DJ Sound no: https://www.facebook.com/dj.sound.mag | www.youtube.com/https://www.youtube.com/user/djsoundmag).
…“A Dance Music atual é algo inacreditável, muito melhor que a Disco Music, onde fui ridicularizado por outros artistas e jornalistas da época. Segui meu caminho e aqui estou”…, esta frase de Giorgio Moroder sinaliza o século XXI que o abraçou com louvor.
O cara foi “redescoberto” pelo mundo graças à dupla francesa Daft Punk que o colocou com honrarias para narrar sua própria história no aclamado e premiado álbum “Randon Access Memories” (de 2013), na música “Giorgio by Moroder”.
O Daft Punk é fã confesso das orgias sintetizadas de Giogio Moroder, e nem mesmo imaginavam que sua colaboração com ele pudesse dar uma reviravolta das boas em sua carreira.
A House Music deve muito a influencia disco, algo que aflorou em 1997 com a onde house francesa (o “French Touch”) de artistas como Cassius, Motorbass, o próprio Daft Punk e até o som visceral do Justice, varias figurinhas do Electro de Detroit a Berlin.
Depois do álbum com o Daft Punk chegou a idéia de rodar o mundo com DJ set passando por clubs e festivais (em mais de 280 apresentações), como as realizadas no ADE Amsterdam Dance Event e Sonar Barcelona, isso inspirou Giorgio Moroder a voltar para o estúdio e produzir um novo álbum “Deja Vu” (lançado mundialmente pela Sony Music), numa orgia Pop eletrônica com convidados diversos e o resultado agradou, como numa releitura do hit dance “DNA” de Tom´s Diner na voz de Britney Spears.
Nada mal para o “tiozinho” que embalou muitos ao som de suas criações como o lançamento da diva disco Donna Summer (onde assustou o mundo com suas orquestrações sintetizadas com no mínimo 7 minutos algo impensável na época (dominada pelo formato canção) – onde o Kraftwerk brincava a vontade), e até (a cafona romântica) “Take My Breath Away” do grupo Berlin, que foi tema da película de cinema Top Gun dos anos 80 com o galã Tom Cuise, aliás, um case maravilhoso, muito do sucesso do filme se deve ao single produzido por Moroder que faturou um Grammy por trilha sonora.
Fora colaborações com os alemães do DAF e até mesmo a icônica “Electric Together Dreams” hit na voz de Philip Oakey, cérebro e voz, do The Human League.
O fato é que os sintetizadores do belo estúdio de Giorgio Moroder dispararam torpedos (e outros nem tanto), para todos os lados, talvez isso tenha lhe dado uma visão extra de que não seria obrigação produzir sempre algo para a pista pelo glorioso passado e sua caminhada nos dá oportunidade de reencontrá-lo agora, onde a premissa é diversão (e das boas!).
Para os desavisados (e chatonildos e haters de plantão!) não esperem mixagens mirabolantes, pois não existem, mas o DJ set Moroder contagia com elegância juvenil a pista com bootlegs e remixes de várias de suas criações, que ele chega a fazer para tocar poucas vezes, transformando cada apresentação numa caixinha de surpresas que não se repete.
Com mais de cinco décadas de carreira, muitos prêmios e uma parruda conta-bancária Moroder chega para fazer o “baile dos bailes” na capital paulista, a nossa repórter Mariela Gregori pegou ele de jeito antes do desembarque no Brasil.
Você sempre foi um produtor de estúdio, quando surgiu a ideia de fazer DJ sets?
Essa ideia de trabalhar como DJ surgiu quando o Elton John me convidou para tocar em Cannes.
O Daft Punk apresentou seu trabalho para uma nova geração de ouvintes com seu novo álbum e um novo tour. Qual o significado para você diante do sucesso de “Random Acess Memories”?
Eu estou muito feliz que o Daft Punk me convidou para trabalhar com eles, foi um período muito interessante quando gravamos em Paris e eu estou muito feliz que o álbum se tornou número#1 e recomeçou minha carreira.
Comente sobre seu último album “Deja Vu”. Como é o processo para selecionar convidados (como Kylie Minogue, Britney Spears)?
A seleção de cantoras para cantar em meu álbum foi muito difícil porque tivemos muitas interessadas em trabalhar comigo, mas eu tive uma ótima experiência com Kylie Minogue, Britney Spears, e Charlie XCX.
Algo inusitado aconteceu já aconteceu durante suas turnês?
Muitas coisas interessantes aconteceram durante minhas turnês, especialmente quando estive na Austrália com Kylie Minogue e nos divertimos muito ao fazer cinco noites em Perth, Adelaide, Melbourne, Sidney e Brisbane quando eram apenas duas, e o sucesso fez meu manager ampliar a tour com ingressos esgotados.
Como você se define depois de tantos anos no mercado da música?
Eu estou muito feliz em estar no mercado da música e muito feliz em estar no mundo DJ é um novo jeito de fazer muita e estou curtindo muito às gigs.
Qual sua expectativa para sua segunda apresentação em São Paulo? Você lembra-se da sua primeira apresentação por lá?
Eu me lembro da minha primeira apresentação em São Paulo muito bem e eu estou muito feliz em voltar e a tocar de novo neste sábado. Eu tenho certeza que será uma noite de sucesso e espero ver você lá.
Revisitamos os hits de carreira de Giorgio Moroder em vídeos:
Giogio Moroder DJ Set em Viena – Suiça, emocionante!
by Editoria Gonçalo Vinha
Entrevista by Mariela Gregori