O argentino Hernan Cattaneo recebeu alcunha de maestro na forma como conduz as pistas de dança pelo mundo afora.
Ele é um dos artistas mais queridos pelo público brasileiro e um dos poucos internacionais que vem ao nosso país há mais de uma década regularmente.
Quando seu nome figura em algum line up por aqui é digno de se apontar os holofotes, pois virá um set daqueles dos bons, onde o corpo chacoalha num suor fervoroso.
Quem o viu em ação no festival Tomorrowland de 2016 em São Paulo teve a alma lavada pelo tal suor e sorrisos de contemplação.
Cattaneo tem vínculos fora das pistas com os clubbers daqui do Brasil, ele é padrinho de casamento de um dos maiores empresários da música eletrônica do Brasil.
A sonoridade do artista vem acompanhando a de outros nomes como Sasha e John Digweed que destilam sons progressivos, tech e melódicos; e ainda tidos como maestros do Progressive House.
Ele divide o tempo dos tours com a função de dono de selo, o Sudabeat (leia: HERNAN CATTANEO), que começou tímido e foi galgando posições importantes nos charts com suporte de DJs pelo mundo.
Hernan Cattaneo desembarca em Curitiba (dia 08/abril), onde é um dos headliners e dos mais aguardos no Warung Day Festival (saiba mais: Warung Day Festival).
Conversamos com o “maestro” que revelou um pouco mais sobre a sua gravadora, um álbum quase completo e mais algumas coisinhas.
Links oficiais:
www.sudbeat.com
https://www.facebook.com/hernancattaneo
Você está tocando no Brasil há muitos anos. Como está seu relacionamento com o país e com o povo brasileiro?
Hernan Cattaneo: Estou indo para o Brasil há muitos anos
Primeiro a São Paulo, e especialmente na última década muito para o sul.
Sempre me senti muito bem-vindo e a atmosfera em cada show foi ótima.
Os brasileiros são pessoas de festa mundialmente famosas e é ótimo estar lá duas ou três vezes por ano.
Warung é um dos meus clubes favoritos do mundo e tenho alguns momentos memoráveis tocando lá.
Você tem planos para um álbum solo?
Hernan Cattaneo: Acabei de lançar meu novo álbum “Balance” pelo meu selo Sudbeat e inclui cinco músicas que fizemos com o Soundexile.
Então eu poderia dizer que é metade de um álbum 🙂
Sim, vou fazer um em algum momento, mas no momento eu aprecio muito mais viajar e tocar ao redor do mundo do que me trancar em um estúdio por longas semanas.
Fale sobre o início do Sudbeat e o que você espera dele como uma marca no futuro.
Hernan Cattaneo: Começamos devagar há sete anos com um lançamento de Danny Howells e desde então estávamos colocando uma grande variedade de artistas que produzem os sons groovy melódicos que gostamos.
Nos últimos dois anos temos crescido muito passando o 100 º lançamento, e também fazer nossos showcases em todo o mundo tem ajudado muito para espalhar a marca, especialmente em grandes eventos como ADE, Off Sonar ou WMC.
Mas também Buenos Aires, Londres, Tel Aviv, Budapeste, Atenas e muitos mais por vir.
Qual foi o primeiro disco que comprou na vida?
Hernan Cattaneo: Um de Chic e um de Giorgio Morder.
Minhas duas irmãs mais velhas me apresentaram ao Rock Progressivo e música eletrônica quando eu era uma criança muito pequena e que foi o que deu forma ao meu gosto para sempre.
Qual sua música favorita de todos os tempos?
Hernan Cattaneo: Pergunta impossível…
Meu gosto é muito grande, dependendo do dia, poderia ser algo de Pink Floyd, ou Michael Jackson, ou Depeche Mode, Frankie Knuckles, muitos para mencionar.
Eu amo demasiado Vinicius de Moraes.
Descreva o que você imagina para ser como em clubbing no ano de 2030 …
Hernan Cattaneo: As pessoas têm dançado desde o início dos tempos, de modo que não vai mudar muito, mas, claro, a tecnologia vai trazer com certeza algumas surpresas, por isso espero uma experiência maior e multi sensorial nos clubs.
Um sonho?
Hernan Cattaneo: Uma vez que você tem filhos, você só pode desejar para a saúde e felicidade para eles.
by Gonçalo Vinha