Aproveitando as comemorações dos 33 anos da DJ Sound neste mês de novembro, abrimos uma série de 33 entrevistas com o trio Make U Sweat, dando um panorama de sua carreira e projeções futuras 

1. Fale um pouco do primeiro contato com a música no geral.

Começamos nossas jornadas na música de maneira independente. O Pedro tinha experiência em cinema e publicidade, o Guga trabalhava em uma agência de eventos, e o Dudu estava envolvido com entretenimento noturno. O Dudu e o Guga estudaram na mesma escola e se conheceram primeiro. Inicialmente, pensávamos em formar uma dupla, mas a oportunidade de criar um trio surgiu durante uma festa de aniversário do Pedro em 2012, logo após o Reveillon. O Pedro estava tocando e nós, o Guga e o Dudu, estávamos lá, meio “azucrinando”, foi ali que tivemos a ideia de formar um trio.

2. De onde veio a ideia de focar na produção musical?

A ideia de focar na produção musical surgiu naturalmente à medida que nossa paixão pela música eletrônica cresceu e os nossos caminhos profissionais nos levaram à ela. À medida que mergulhávamos mais fundo na cena, percebemos que queríamos criar nossa própria música para compartilhar com o público e contribuir para a cena eletrônica brasileira.

3. Qual a sua visão como compositor e produtor musical após tantos anos e hits no Brasil?

Nossa visão como compositores e produtores musicais é que o mercado busca cada vez mais por inovação e versatilidade. A música eletrônica é esse lugar de mistura de ritmos e segmentos que o público procura cada vez mais. Conseguimos trazer elementos de todos os ritmos para o nosso trabalho e isso é valioso demais pra gente. 

4. Como foi lançar seu primeiro single?

Foi uma experiência emocionante, um marco em nossa carreira, pois representou a realização de um sonho nosso. Ver nossa música sendo compartilhada com o público e recebendo uma resposta positiva foi incrível.

5. Fale sobre suas inspirações musicais, de onde elas vêm?

Nossas inspirações musicais vêm de diversos lugares. Somos influenciados pela cultura musical brasileira, bem como por artistas e DJs internacionais que admiramos. Essa mistura de influências contribui para a diversidade sonora de nossas produções, inclusive, os remixes que fizemos de artistas como Cazuza e a parceria com Lulu Santos são exemplos disso.

6. Como é o seu processo de composição?

Nosso processo criativo é realmente diversificado, e abordamos cada música de forma única. Não seguimos um padrão preestabelecido, pois a inspiração pode nos levar a diferentes direções. Além disso, nossa colaboração com outros artistas é fundamental em nosso processo. Muitas vezes, enviamos faixas para nossos parceiros e colaboradores, e essa troca de ideias e influências adiciona camadas especiais às nossas produções. Dessa forma, mantemos um processo de criação flexível e aberto a novas perspectivas.

7. Qual foi seu maior desafio nas suas produções até agora?

Acho que não existe um caso específico, mas um dos maiores desafios em nossas produções tem sido encontrar o equilíbrio entre respeitar a essência das músicas originais que remixamos e inserir nossa identidade artística. Queremos preservar a essência dos clássicos, ao mesmo tempo em que adicionamos uma energia nova e dançante. Temos conseguido isso por enquanto. 

8. Você além de cantar toca instrumentos. Quais são?

Eu (Pedro) toco guitarra e teclado. 

9. Qual a decisão mais importante na sua vida para dedicar-se a música de forma profissional?

A decisão mais importante foi escolher seguir nossa paixão pela música e dedicar-nos a ela de forma profissional. Deixar de lado outras carreiras e abraçar a música como nossa vocação foi um passo crucial em nossas vidas.

10. A partir de que momento passou a planejar sua carreira?

Começamos a planejar nossa carreira de forma mais estruturada assim que percebemos que a música era o nosso caminho enquanto trio. Foi importante estabelecer metas, criar estratégias e trabalhar duro para alcançá-las.

11. Descobrindo os meandros da profissão o que lhe motivou, qual foi seu maior desafio de você até aqui individualmente?

A maior motivação foi a paixão pela música e a conexão que ela proporciona com o público, com a pista. Individualmente, cada um de nós enfrentou desafios pessoais ao longo da carreira, mas a determinação e o apoio mútuo nos ajudaram a superá-los.

12. Qual foi o maior mindset no segmento até o momento para você?

O maior mindset foi entender que a música é uma jornada constante de aprendizado e evolução. Estar aberto a novas ideias e tendências é essencial para permanecer relevante na indústria.

13. Depois de tanto tempo na estrada, você deve ter muitas histórias engraçadas e até casos não tão legais. Contem para nós um de cada desses momentos?

Temos muitas histórias engraçadas de turnês e apresentações, desde situações inusitadas nos bastidores até interações hilárias com o público. Por outro lado, também enfrentamos desafios, como contratempos técnicos em momentos cruciais. No entanto, esses momentos difíceis nos ensinaram a ser resilientes e a lidar com imprevistos de maneira eficaz.

14. Qual é o lado mais bacana dessa profissão e o lado por vezes mais desagradável?*

O lado mais bacana da profissão é a oportunidade de criar música e compartilhá-la com o público, vendo as pessoas se divertirem e se emocionarem na pista de dança. O lado desagradável pode envolver longas horas de viagem, cansaço, essas coisas. 

15. Como é seu trabalho de estúdio para produzir?

Nosso trabalho de estúdio envolve muita colaboração e experimentação. Passamos horas refinando os detalhes, ajustando arranjos, mixagens e adicionando.

16. Quais são os planos atuais?

Nossos planos atuais incluem continuar a criar novas músicas e apresentações que conectem o público com a música eletrônica. Teremos novidades muito em breve. 

17. Aonde quer estar nos próximos cinco anos?

Nos próximos cinco anos, queremos continuar a crescer como artistas e a levar nossa música para públicos cada vez maiores, tanto no Brasil quanto internacionalmente. Também esperamos continuar inovando e explorando novas sonoridades.

18. Na sua visão, quais são seus maiores diferenciais para o mercado de música?

Acreditamos que nosso maior diferencial é a nossa habilidade de criar músicas que unem gerações através dos remixes e nossa dedicação em proporcionar experiências memoráveis em nossas apresentações ao vivo. Todo set do Make U Sweat é realmente único. 

19. Qual foi seu primeiro disco que você comprou?

Guga: Meu primeiro disco foi do ACE OF BASE. Mas o que eu realmente gostava era de gravar fitas com as coisas que gostava no rádio.

Pedro: O primeiro Disco que eu lembro de ter ganhado foi “Appetite For Destruction”, do Guns N Roses, sou o casula la em casa e era influenciado pelos meu irmaos.

Já meu pai colocava muito Beatles, Rolling Stones, Bb King e Elvis para escutarmos, sempre fui influenciado pelo Rock N Roll.

Um disco que marcou muito bom foi o segundo do Foo Fighters, já na adolescência.

Dudu: Sou do tempo que meu primeiro Disco, na verdade, eram fitas (risos) e nessa época era muito fã de música Sertaneja, das Clássicas e não menos importante as Modas de Viola como (Tião Carreiro e Pardinho). Quando vieram os CDs fui muito impactado pelos das coletâneas das Rádios que incluíam clássicos da Dance Music, Euro Dance e Clássicos dos Anos 90.

20. Qual foi a primeira música que te impactou de fato?*

Guga: Faz muito tempo, mas eu adorava “Run To Me” do Double You.

Pedro: Muito difícil citar apenas uma.

Dentro da música eletrônica:

Underworld – Born Slippy

Lovebirds – In The Shadows 

Pachanga Boys – Time

The Chemical Brothers – Golden Path

London Grammar – Hey Now (Sasha Remix)

Hercules & Love Affair – Blind (Franck Knucles Remix)

Dudu: Acho que não me lembro especificamente de uma, mas sim de várias dentro do universo do Sertanejo. 

21. Tem algum hobby fora música? Se sim, qual?

Dudu: De modo geral, gostamos muito de farra, receber os amigos e curtir uma praia. Eu pratico Squash, jogo Polo à Cavalo e participo de torneios da modalidade também, além de ser fascinado por fazer churrasco e cozinhar de um modo geral.

Pedro: Sou noia das raquetes: Squash, Padel e Tennis.

22. Um sonho já realizado na música?

Acho que tocar no Rock In Rio de 2019 foi um momento bem marcante, inesquecível. 

23. Um sonho a ser realizado na música?

Ainda temos muitos sonhos a realizar, mas sem dúvidas queremos continuar a crescer como artistas e levar nossa música para novos horizontes, conquistando um público ainda maior e expandindo nossas fronteiras musicais.