O produtor musical, DJ e empresário (ele é dono de uma escola de DJs em Sorocaba), Naccarati dispensa maiores apresentações sendo personagem das antigas na cena de Dance Music brasileira e manteve forte presença na nossa revista impressa da qual tornou-se assinante.
Após uma dezena de lançamentos musicais autorais por diversos selos do Brasil e do mundo, Naccarati despede-se de 2018 após lançar o seu primeiro single “All Over You”
ouça no Spotify:
pelo selo DJ Sound Music (www.instagram.com/djsound_music || https://www.facebook.com/djsoundmusicrecords), na major Warner Music (lar de nomes graúdos como Alok, Clean Bandit, David Guetta, Gorillaz, Hardwell, Robin Schulz, Pet Shop Boys, Vintage Culture, entre tantos outros, e da poderosa Spinnin Records holandesa comprada pela Warner em 2017, leia mais: Spinnin Rec Warner Music), com o vocal poderoso da cantora Jéssica Jolia (www.instagram.com/jessicajolia).
Pegamos Naccarati para uma conversa num rewind de sua carreira até o momento atual onde ele destila um pouco do que já conquistou e espera daqui para frente na sua carreira.
Fale um pouco do seu primeiro contato com a música no geral, e o contato com a música eletrônica?
Eu era muito pequeno.
Meu pai foi baterista, então pedi pra ele me ensinar a tocar usando almofadas como a bateria. Rss
Assim foi meu primeiro contato com a música.
Mais pra frente, aos 14 anos, conheci a Dance Music, e o interesse em ser DJ veio pouco tempo depois.
Onde aprendeu a sua técnica DJing? E como foi seu aprendizado na cultura clubbing vivenciada fora do Brasil?
No inicio foi na marra mesmo, treinava até em Discmans.
Depois que comprei meu primeiro equipamento, me aperfeiçoei vendo uma fita cassete do Iraí Campos.
Naquela época, a única forma de se interar com a cultura clubbing internacional era através de revistas.
Eu comprava revistas importadas e comecei a assinar a DJ Sound no final dos anos 90.
Qual sua visão de um produtor musical e DJ num mercado cada vez mais competitivo como o do Brasil?
Antigamente muitos dos DJs de sucesso não eram produtores, eram profissões bem distintas, pois o DJ precisava ter uma técnica e um feeling de pista muito apurados.
Com o passar dos anos, com as novas tecnologias, a figura do DJ e do produtor passaram a andar juntas.
Com o mercado cada vez mais competitivo, ser somente um bom DJ já não é mais suficiente para ter sucesso.
É preciso um conjunto de DJ, produtor musical, mídias sociais fortes, equipe de profissionais especializados, enfim, o pacote completo.
Qual o set-up atual do seu estúdio?
Mac Pro, par de monitores Roland, placa de som Apogee e UAD.
Qual a decisão mais importante na sua vida para dedicar-se a música de forma profissional?
Com certeza foi me mudar de Sorocaba para São Paulo para estar mais perto dos grandes artistas e clubs.
Tirar a imagem de “DJ do Interior” rss
A partir de que momento passou a planejar sua carreira? Recorreu a algum profissional para lhe orientar?
Desde que entrei na minha primeira agência já comecei a planejar minha carreira, mas nunca com profissionais da área, sempre procurei ter dicas dos artistas mais experientes e bem sucedidos.
Descobrindo os meandros da profissão o que lhe motivou, qual foi sei maior desafio até aqui?
Quando decidi ser DJ e produtor como profissão, o maior desafio foi convencer meus pais e meus avós de que isso era de fato uma profissão e eu poderia viver disso.
Hoje eles entendem, tudo que conquistei foi graças à música, mas no inicio não foi fácil de eles aceitarem.
E o seu maior mind set no segmento até o momento, qual foi?
Acho que foi a viagem a Londres em 2000. Até então, vivia com um pensamento limitado com relação às musicas, técnicas, clubs.
Essa viagem me abriu a mente, além de voltar com um set totalmente diferente, o que me abriu muitas portas no Brasil.
Quais são os seus planos atuais?
Hoje além de DJ e produtor, tenho uma label de festas, criadas com o Viktor Mora e Teylor Soares, a SunSessions.
Pretendemos expandir cada vez mais essa label, temos grandes projetos pela frente.
Aonde quer estar nos próximos cinco anos?
Estados Unidos! Rs
Qual sua análise sobre o mercado atual de música eletrônica?
Hoje o mercado está completamente diferente do que já foi a alguns anos.
Por mais que eu tenha saudades dos outros tempos, é preciso deixar o saudosismo de lado e entender que todo mercado muda.
O que era importante antigamente passou a ser secundário, e vice- versa.
Quais os seus maiores diferenciais para o mercado de música eletrônica na sua visão?
Acredito que seja a bagagem adquirida ao longo de todos esses anos.
Pra cena chegar nesse ponto, muitos artistas precisavam ralar no passado pra fazer a cena chegar cada vez mais longe.
A cultura eletrônica nunca foi a principal no Brasil, só de ter o nome escrito no flyer já era uma evolução! Rss
Hoje os DJs são verdadeiros pop stars.
Qual foi seu primeiro disco?
Just Luis “American Pie”
Qual foi a primeira música que te impactou de fato?
Underworld “Born Slippy”.
Quando comprei o disco não conseguia parar de ouvir em casa, pois ela remetia a muitas sensações, difícil explicar.
Tem algum hobby fora música?
Acompanhar futebol, diariamente. Rs
Um sonho já realizado na vida?
Tocar no mainstage do Tomorrowland Brasil.
Naquele momento você percebe que todos os esforços valeram a pena!
Um sonho a ser realizado?
Não tenho nada em mente no momento.
Agradeço a Deus por tudo que conquistei através da música.
Uma frase que resuma sua pessoa e lifestyle?
Faça o bem que você colherá o bem.
Links oficiais:
Facebook: www.facebook.com/DjNaccarati
Instagram: @Naccarati
Tweeter: @DjNaccarati
Youtube: DjNaccarati
Soundcloud: www.soundcloud.com/DjNaccarati
by Gonçalo Vinha