O GROOVE URUGUAIO TEM KEY
“Escutamos Sven Vath dizer que foi sua melhor festa na Suramérica em 15 anos!”
Um pequeno e charmoso país tem roubado o coração da indústria underground.
Um país reconhecido pelo futebol, o doce de leite e glamorosas praias que tem abrangido as lembranças de uma lenda viva como é Sven Vath.
E isso não é por acaso. Uruguai sabe celebrar em grande!
As terras charruas tem se tornado o berço de grandes eventos como Cocoon, Resistance e Elrow, além de receber alguns dos artistas mais importantes da cena como Solomun, Luciano, Adam Beyer, Marco Carola,The Martinez Brothers e Loco Dice.
Não foi amor a primeira vista.
Em um país dominado pelo Rock e “cachengue”( Reggaeton e Cumbia – música característica do Rio de la Plata-), a Música Eletrônica foi ganhando seu lugar com pequenos passos.
O prejuízo se converteu em uma conexão única e afetuosa que não deixa de atrair jovens e adultos de diversas gerações.
A cada evento que se passa, fica comprovado que a relação entre ambos está longe de acabar.
O nosso pequeno vizinho conquistou por completo a cena.
Seja pelo seu apaixonado público ou pelo profissional dos seus produtores.
E é ali, com a missão de levar o Uruguai ao topo é onde aparece uma produtora que tem feito um árduo trabalho ao quebrar barreiras dentro da sociedade uruguaia: Key Producciones.
DJ Sound teve a oportunidade de realizar uma entrevista em exclusividade com Juan Pablo Bèduchaud (J) e Agustin Clark(A) – de esquerda à direita, abraçados a Adam Beyer – no click de abertura deste post .
O que é Key Produções?
J- É uma produtora de entretenimento principalmente de música eletrônica.
Nosso foco está em contar com artistas reconhecidos mundialmente e ter a representação de festas importantes.
A- Trabalhamos para que experiência do cliente seja satisfatória num 100% no referente ao show.
Queremos fazer eventos de qualidade.
Como nasce Key?
– J: Key Produções nasce no 2006, no mítico clube do Milenio.
Começou como um clube todos os finais de semana e , a partir de 2010, nos tornamos uma produtora para eventos pontuais.
De ali em diante fomos crescendo ano após ano.
Como se definem?
– A: Nosso foco é vender uma experiência.
E isso vai além da música.
Tentamos ser uma produtora que ofereça uma experiência sonora e visual onde o público possa ser protagonista da festa e que esteja expectante do que vai acontecer.
E aqui que entram os efeitos e eventos que vão acontecendo ao longo da noite para surpreender.
Uruguai tem se consolidado como um dos principais destinos dentro da esfera underground. Como se explica este fenômeno?
A: Acreditamos que é normal que tudo o que aconteça na Europa se desenvolva lentamente em América do Sul.
Esta evolução se deu naturalmente, principalmente no Uruguai , até um fato pontual em maio de 2017: a chegada de Sven (Väth) a Uruguai junto a Cocoon.
Foi um boom na cena mais de 5000 pessoas.
Foi um evento irrepetível até a chegada pela primeira vez de Carl Cox (Resistance Uruguay, 2018).
Sem dúvida que a chegada de Sven mudou a mentalidade uruguaia na sua mirada a indústria eletrônica, possibilitando que marcas e outro tipo de entes abriram-nos suas portas.
A partir desse dia, a evolução aconteceu rapidamente.
Hoje e em dia a cena está muito forte, existe muita oferta.
Qual evento marcou um antes e um depois na sua produtora?
– J: A chegada de Sven.
Não somente para a produtora mas também para artistas importantes que começaram a olhar á Uruguai como local para vir e tocar.
Trazer um headliner como ele abriu as portas para que vieram todo os artistas que tem vindo nos últimos anos.
– A: O show em si mesmo foi um sucesso.
Sven pessoalmente se preocupou em transmitir essa mensagem na Europa.
Inclusive, nós estivemos 10 dias depois do show na Europa e os managers e artistas já sabiam do evento por que Sven tinha contado.
Foi incrível!
Como se organizam os calendários?
– J: Realizamos eventos, aproximadamente, uma vez ao mês.
Tentamos não fazer mais do que isso para não desgastar o público, a não ser que surja alguma oportunidade com algum artista que nos interesse.
Queremos sempre trazer artistas do momento, que estejam soando na Europa.
– A: Entre as datas mais más especiais estão a Key Conference (24 de Agosto).
É um clássico .
É o primeiro evento feito por Key.
É um evento esperado pelo nosso público durante todo o ano e onde sempre acontecem coisas muito boas.
A última foi incrível !
Mais de quatro mil pessoas , uma energia especial, a posta em cena…
Outro clássico de Key é Cocoon.
Há muitos anos vem sendo realizado e é um evento que sempre é incrível.
Seja Ilario (Alicante), Svën ou algum residente de Cocoon…
São datas muito esperadas pelo nosso público.
Que artista promissor uruguaio o brasileiro deve olhar com carinho?
– A: Gabriel Gil é um artista jovem que está em pleno crescimento.
Tem produzido muito e tocado junto com Adam (Beyer), com Carl (Cox) e Plex.
É um artista jovem, que vem crescendo e estamos incluindo em nossos line ups.
Que artistas sao residentes da Key?
A: Entre os nacionais Dj Detected, Gabriel Gil na parte de techno…
Também destacamos a Alejo, Sebastian Rodriguez, Marco Hecht, Javier Misa, Muten.
Tentamos variar os artistas nacionais tendo em consideração aos artistas internacionais que se apresentarão posteriormente.
Quando falamos da esfera internacional, sem dúvida os nossos referentes são Sven Vath e Illario Alicante…
Depois temos artistas que vem uma vez ao ano e são considerados grandes amigos da casa.
E temos vários!
Que feedback tem guardado com carinho dos artistas importantes?
– J: De Sven Vath ouvimos dizer que foi sua melhor festa em América do Sul nos últimos 15 anos!
– A: Para nós foi impressionante.
Logramos ter um trato pessoal e cálido com os artistas.
Acreditamos que seja diferente com outras partes do mundo…
Temos conseguido gerar laços pessoais muito bons que fazem que o relacionamento seja bom e queiram voltar.
Salvando as distancias, quando veio Solomun terminamos jogando tênis com ele, o que foi uma experiência diferente onde ele dize a nós que foi o melhor que lhe aconteceu no tour.
Segundo ele, foi a única vez que pode se desconectar do tour por que conseguiu se desconectar um pouco da cena.
Ontem, por exemplo, veio Sidney (Charles), fizemos um churrasco e jogamos pool.
Tentamos sempre de fazer atividades que os tirem do lugar de estrelato, de avião, de cabina e da festa para ter um contato pessoal e cálido.
E o que eles dizem de Uruguai?
J: Eles adoram! Como eles dançam, pulam, a energia do público.
Amam o Uruguai!
Quais são os lugares que vocês recomendam aos artistas que vem?
J: Nós recomendamos todo Uruguai! (risada)
A: Tomamos em consideração o perfil do artista pero sempre recomendamos Punta del Este o Rocha.
Tento sempre de recomendar o Cabo Polonio o la Pedrera por que é uma experiência única e diferente ao que estão acostumado .
Porem sabemos que alguns artistas não vão Cabo Polonio.
especial colab by Bruno Guerra
Sven Vath aproveitando férias no Uruguai!
Próximo evento da Key Produções: