Vez ou outra surgem termos para definir uma vertente musical, isso não significa que a vertente seja algo realmente novo e inovador.
O ponto aqui é o tal do “G House”, um dos termos (mais patéticos), surgidos nos últimos tempos (outro termo esquartejante e indecente é o “Electro Dirty Brazilian Bass”, é o pior de todos não passando de um o Deep Psy House disfarçado, mas isso é uma outra conversa).
O termo surgiu pelos idos de 2012, tendo na frente nomes como Amnie Edge & Dance (a dupla francesa que trocou farpas com o brasileiro Alok num dos momentos mais “nonsense” de 2015 na internet, e viva aos fenômenos da internet “made in Brazil”, estamos bem coff! coff! coff!), outros nome DJ Deeon, DJ Slugo, H2, Duke Dumont (que balançou o festival Lollapalooza no Brasil e Chile no último mês de março).
Esse tal de “G House”, quer dizer Gangsta House (então levante as mãos na pista e deixe-se ser assaltado!), que de novo não tem absolutamente nada, apenas ganhou um nome dos mais sem vergonhas.
O G House (que medinho!), de agora nada mais é do que o som Garage House feito nos anos 80 em Chicago nos Estados Unidos, que flertava Hip Hop, Deep House, e um dos seus nomes de maior sucesso foi e é Armand Van Helden, aquele do hit chiclete “Funk Phenomena”.
Os BPMs do tal G House (que medinho parte #2!), tem os BPMs na ordem dos 100 a 130, e nada difere do Garage House e das crias de Armand Van Helden (aquele que também formou a dupla de sucesso meteórico, Duke Sauce) e seus antecessores.
Nomes da atualidade como o alemão Kolombo (esse vive um sucesso de rei no Brasil não visto em outras partes do mundo, mas diverte e agrada, e isso importa nos eventos), pode subir no altar “fãs in Brazil”, ao lado de A-ha, Information Society, Men At Work; que são “anomalias” de mercado que só aconteceram no Brasil e nada mais.
Chatice germânica bebida como a melhor cerveja, mas no final é cevada.
Então não se deixe enganar pelo “G House” e outros nomes que na verdade remetem a um ciclo musical revisto (e nada mais!), o que vale é a diversão, minha dica é que ao invés de ouvir os genéricos ouça os clássicos (tão atuais!) como Armand Van Helden e outros.
O tal do “G House” é mais uma invenção de jornalistas e pessoas querendo justificar uma identidade sonora reciclada, mas para que importam tantos nomes para denominar sonoridades?
Lembro da inquisição no Brasil de (jornalistas, DJs e produtores musicais), para emplacar o “plic-ploc-pluc” do Minimal que existia,também desde os anos 80, mas nos anos 2000 ganharam rostos como Richie Hawtin e a orda alemã fantasiada de preto fazendo os fãs dark-góticos ruminarem pelos cantos: “Pegaram nosso visual , tiraram as guitarras, as letras e meteram os synths na frente fazendo ping-pong (plic-ploc-pluc), de sons”.
Quem esta na linha de frente do “G House” no Brasil são em sua maioria DJs que tocavam PsyTrance (que ficaram órfãos de uma cena que foi a maior do mundo e porta de entrada para muitos brasileiros na música eletrônica – ponto positivíssimo nesse aspecto), e outros que pegam carona na onda para justificar um estilo de tocar “modinha”.
Agora falar que é a última moda da “Zouropa” e dos “States” e levantando a bandeira “educativa” para a cena, não cola mais faz tempo.
Pesquise, evolua, divirta-se!
Reviva três clássicos de Armand Van Helden:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=iRpJNJgNSzw[/youtube]
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=yNSpLqmY6K0[/youtube]
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=rd05-1Wzji4[/youtube]
by Lucas Mazzon