A 7ª edição do WME Awards powered by Billboard Brasil, prêmio totalmente dedicado às mulheres do universo musical, acontecerá no dia 14 de dezembro, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Apresentado pela cantora Preta Gil, o evento, que neste ano homenageará Dona Onete, importante voz da música brasileira, premiará 17 artistas nacionais e será transmitido ao vivo pela internet. Entre as indicadas estão: IZA, Ludmilla e Luísa Sonza.
Nascida no ano de 1939, em Cachoeira do Arari (PA), Dona Onete é uma compositora, cantora, professora, poetisa e militante sindicalista considerada a “Diva do carimbó chamegado” – estilo de música e dança indígena, com influência da cultura negra, oriundo do Pará. Apesar de seu caminho na música ser trilhado há mais de duas décadas, Dona Onete, que tem uma história de vida e carreira marcada por abrir portas para as mulheres, só lançou o seu primeiro álbum solo, “Feitiço Caboclo” (2013), aos 62 anos. O disco foi um marco cultural em seu estado e influenciou artistas da nova geração como Gabi Amarantos e Aíla.
O propósito do WME de evidenciar o trabalho de mulheres e prestigiar a obra criada por elas é um aspecto que se estende para além do prêmio em si. Isso porque, a identidade visual do prêmio foi assinada pelo Estúdio Colletivo – escritório independente de design parceiro do WME desde o início do evento – cuja equipe é composta, em sua maioria, por mulheres.
Representar toda a potência da artista homenageada, da Amazônia e do Carimbó foi, certamente, o maior desafio do Colletivo neste projeto. “A nossa principal peça gráfica para esse evento foi feita à mão, depois de uma extensa pesquisa sobre a artista, suas raízes e sobre o seu gênero musical. Também trouxemos uma representação da Amazônia para além do senso comum sobre como a região costuma ser representada. Inclusive, o material foi aprovado por outras artistas do Carimbó, o que demonstra todo o nosso cuidado com este trabalho”, explica Vanessa Queiroz, sócia-fundadora do Colletivo.
“A cada ano, o WME Awards fica mais diverso, principalmente em relação ao gênero musical e à regionalidade. Com seis edições de sucesso, hoje é a principal proposta de fomento de mulheres no mundo da música, tendo sido a primeira premiação totalmente dedicada a elas no Brasil. Nosso objetivo sempre foi simples, mas, ao mesmo tempo, grandioso: destacar a participação e promover a inclusão de mulheres no mercado da música”, conclui Monique Dardenne, idealizadora do Prêmio WME Awards.
Sobre o Colletivo
Há 20 anos no mercado, o Colletivo está entre os principais estúdios de design e comunicação do país, sendo referência na integração entre pesquisa, estratégia, tecnologia e design junto a marcas brasileiras, globais e startups, em projetos multifacetados. Evidenciando a brasilidade, a irreverência e a experimentação em seus trabalhos nacionais e internacionais, a empresa conta com grandes nomes no portfólio, como Gold&Ko, Bohemia, Cerveja Colorado, Cerveja Original e Lojas Torra, além de Nike, Pepsi, Netflix e Spotify.
Sobre o WME
O Women’s Music Event (WME) é uma plataforma de música, negócios e tecnologia, criada para aumentar o protagonismo da mulher na indústria da música. Idealizada por Claudia Assef e Monique Dardenne em 2016, estreou em março de 2017 com a WME Conference, em São Paulo, atraindo mais de mil pessoas em painéis de debate, workshops, shows e festas. Desde então, já realizou sete edições, com mais de 280 horas de conteúdos digitais e mais de dezenas de shows, painéis e workshops ao vivo, impactando um público de cerca de 10 milhões de pessoas em sua história, além de gerar, a cada ano, cerca de 300 empregos diretos e indiretos. Além da conferência, acontece anualmente o WME Awards, premiação desmembrada em três frentes: categoria voto popular, categoria voto técnico e homenageadas pelo conjunto de sua obra.
A plataforma WME ainda se desdobra em um aplicativo de profissionais voltado para aumentar a empregabilidade das mulheres que trabalham com a música no Brasil, o selo Igual, que chancela iniciativas da música que tenham pelo menos 50% de mulheres, pessoas trans ou não-binaries em seus line-ups ou equipes, e ainda a consultoria Manas a Mais, que visa trabalhar junto de eventos e festivais para torná-los mais diversos e equânimes.