Até hoje o racismo limita as possibilidades do negro no Brasil.
Apesar disso, Projota soube vencer as adversidades e construir uma carreira de sucesso com mais de 20 anos.
Começou nas batalhas de rima e conquistou o país com suas letras, anos depois, mas sempre manteve o tom político da sua arte.
Desde janeiro sem lançar música, o rapper retorna para botar para fora toda sua indignação contra a opressão racial no lançamento do single “CORRA!”, que acaba de ser disponilizado em todas as plataformas digitais.
Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/CorraProjotaPR .
A canção ainda é acompanhada pelo videoclipe oficial, que é apresentado no canal do YouTube do artista.
Assista agora:
Na música, Projota abusa de flows refinados e da lírica que o consagrou, mas dessa vez no drill, provando que sabe ser atual sem perder sua essência.
Em tom de revolta, ele exige mais para os seus: “Querem que eu fique calado, preto não pode falar / Querem que eu seja um bom gado, pra ser fácil de domar / “Povo brasileiro é tão guerreiro ele sempre aprende a superar” / A gente não quer mais superação / A gente quer champagne com caviar”.
Nesse sentido, não só as letras, mas o clipe da faixa também é repleto de referências: desde a coroa de Notorious Big e Jean Michel Basquiat, o trono que remete aos antepassados reais de Projota e, claro, o filme homônimo “Corra!”, sucesso do diretor Jordan Peele, que abordou de forma contemporânea a angústia que o povo negro passa. Inclusive, o clipe está repleto de manchetes que escancaram tais absurdos e inspiraram o rapper a escrever.
Projota comenta sobre seu novo lançamento: “Compus essa música após muito tempo de reflexão e em meio a um profundo rancor que guardei por conta de cada momento em que o racismo se fez presente em minha vida.
Nos meus últimos trabalhos eu estava lidando com problemas internos como a depressão – e isso se refletia nas letras que falavam muito sobre os meus problemas -, mas agora me sinto apto novamente para falar sobre os nossos.
Essa música é um grito de liberdade, é pra deixar claro que não somos descendentes de escravos, mas de reis e rainhas, além de religiosos, pensadores, poetas, músicos, médicos, engenheiros etc. “CORRA!” é pra tacar fogo na casa grande”.