Ressignificar sonoridades e estéticas clássicas do Electro e da Disco oitentista, traduzidas através de elementos contemporâneos e bem desenhados para o dancefloor atual, vem sendo um formato bastante utilizado pelas mãos do produtor gaúcho Mau Maioli.
Com seus últimos lançamentos voltados para as atmosferas do Indie Dance, Maioli consegue imprimir uma estética autêntica e criativa para faixas que cruzam as fronteiras das estéticas atuais, e figuram tonalidades atemporais e altamente dançantes.
Após lançar seu último EP Shine que trouxe duas faixas com uma mensagem especial sobre força e determinação em tempos de pandemia, Mau Maioli agora apresenta o single “Reflex”, um convite à reflexões mais profundas sob esferas sonoras baleáricas.
Convidamos o artista para falar um pouco mais sobre o processo criativo, e emoções envolvidas na construção de sua nova faixa.
Confira:
Olá, Mau! Tudo bem? Você tem se aprofundado nas esferas do Space Disco e Indie Dance, especialmente através dos seus últimos lançamentos. Quais são suas principais referências do estilo?
Olá, tudo sim! Prazer em estar falando com vocês.
Então, essa minha vontade foi despertada em 2017 e de forma lenta e progressiva fui me aprofundando nesse mundo.
Atualmente existem alguns artistas que tenho acompanhado um pouco mais como Benjamin Fröhlich, Coloray, Perel, The Juan Maclean, Prins Thomas, Johannes Albert, Jennifer Cardini, LCD Soundsystem, Soulwax, enfim a lista é gigante…
Seu último EP trouxe uma importante mensagem sobre força e determinação para os tempos difíceis da pandemia. Qual o ponto de reflexão que você aborda através desta nova faixa?
Acho que como um complemento de “Shine”, “Reflex” é uma das faixas que foram criadas em um momento de declínio em relação ao meu psicológico.
Provavelmente não teve uma pessoa que não teve seus dias tristes durante a pandemia e eu tentei aproveitá-los fazendo música.
Essa nova música traduz 2020, um ano de colocar algumas vontades e sonhos de lado por um espaço de tempo, mas que ao mesmo tempo me oportunizou a criar e me inserir em um mundo que eu sempre quis.
Conte-nos um pouco sobre o processo produtivo de Reflex, e os principais elementos que você utilizou para compor a atmosfera da faixa.
A Reflex é uma faixa super simples, mas que eu busquei fazer todas conexões com cada instrumento.
Utilizando uma emulação de uma Fender (guitarra), de um DX7 (synth) e de algumas drum machines, mas principalmente da Linn Drum.
Quais suas prospecções para os próximos meses, tem novidades programadas?
Então, para finalizar o ano eu tenho meu lançamento programado em parceria com a cerveja Beck’s, em um projeto que durou 3 meses onde compartilhei meu processo criativo do início ao fim e que em Dezembro é coroado com a música criada neste desafio.
Além disso, sigo contatando algumas gravadoras que estão no meu radar a muito tempo para confirmar os primeiros lançamentos de 2021 e também, sigo firme nos processos iniciais para o primeiro lançamento da Levels Records, minha gravadora em parceria com a Carol e Felipe, criadores da Levels Sunset.
De um jeito ou outro, seguimos sonhando, criando e trabalhando muito.