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Roda gigante do Rock in Rio 2024 é destaque na Edição Lisboa

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Com cinco novos temas, a atração é uma das mais procuradas pelo público do evento.

Confira abaixo o bate-papo com a vice-Presidente Executiva do Rock in Rio, Roberta Medina.

Sob o olhar atento do Rio Tejo e da Ponte Vasco da Gama, a Roda Gigante Pisca Pisca do Rock in Rio Lisboa vai oferecer uma vista privilegiada para o público na edição que comemora os 20 anos de história do festival em Portugal. 

O evento será realizado nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho de 2024 e contará com 12 horas de festa diárias, numa nova Cidade do Rock, em uma nova localização – o Parque Tejo-Lisboa.

A organização do Rock in Rio Lisboa reuniu imprensa e formadores de opinião para divulgar novas informações sobre o festival, dentre elas a Roda Gigante Pisca Pisca, que vai ganhar ainda mais protagonismo na nova Cidade do Rock. 

Localizada no ponto mais alto do recinto e com o conceito de ‘roda do tempo’, a roda gigante conta com 24 cabines temáticas: cabine do Palco Mundo, que irá celebrar o palco que contou com inúmeros concertos únicos; a cabine dos artistas, que remeterá a todos os artistas que passaram pelo festival para fazer magia acontecer; a cabine do público, cheia de luz, que irá remarcar o facto de o Rock in Rio ter sido o primeiro festival a iluminar a plateia; a cabine dos Rolling Stones, que irá repescar em muitos a memória de quando Bruce Springsteen pisou o palco em 2014 para atuar com a banda de Mick Jagger, com Bill Clinton na plateia; e a cabine da Amy Winehouse, que irá homenagear uma das maiores artistas de sempre. Vale ressaltar que todas as cabines da roda gigante Pisca Pisca têm ar condicionado integrado, e duas são acessíveis a portadores de deficiência ou mobilidade reduzida.

DJ Sound conversou com a Vice-Presidente Executiva do Rock in Rio, Roberta Medina, sobre as expectativas para essa edição comemorativa do evento. Confira abaixo a entrevista completa:

DJ SOUND: Roberta, obrigada pela entrevista. Gostaríamos que explicasse para os nossos leitores um pouquinho sobre o significado dessa edição comemorativa de 20 anos.

RM: O Rock in Rio no Brasil tem um peso histórico muito grande, tem uma geração que viveu o Rock in Rio como uma bandeira pós ditadura. É uma relação muito histórica porque tem o pai que foi na primeira edição e começou a levar o filho pra ver aquele tal de Rock in Rio que marcou tanto a vida dele. Quando a gente vem pra Lisboa – o Rock in Rio já existia há 19 anos no Brasil e tinha havido três edições – mas essa relação com a marca que a gente estava acostumado a trabalhar, que tinha uma paixão enorme, de repente não tinha paixão nenhuma aqui. Tinha expectativa! Então foi um construir do zero essa relação aqui em Portugal, com a credibilidade de quem sabe fazer. Então hoje é gratificante ouvir histórias dos jovens adultos, entre 22 e 25 anos, que não sabem o que é Portugal sem a referência do Rock in Rio. Começa a trazer um gostinho completamente diferente, começa a ter uma história, uma relação com país e já ser parte daqui. Então isso é muito, muito, gostoso mesmo!

DJ SOUND: Durante a coletiva de imprensa, você comentou que o Rock in Rio teve um início que foi pesado para a sua família. Em que momento o Rock in Rio conquistou a Roberta Medina?

RM: O Rock in Rio me conquistou quando o Roberto decidiu fazer a terceira edição. Ele fez um vídeo que a gente chama dentro de casa de ‘vídeo de Deus’, que relatava como a gente enquanto sociedade faz coisas desastrosas, mas ao mesmo tempo que quando a gente consegue se unir a gente faz coisas muito bonitas, e a música entra como esse elo de linguagem universal, onde a gente se conecta. E ali ele decidiu então que o Rock in Rio ia dar voz a causas sociais e ser uma plataforma pra divulgar outras conversas. Foi aí que fez sentido pra mim. E na verdade pra Roberta é isso que continua fazendo sentido até hoje. Eu adoro produção de eventos, mas se fosse pra fazer show por show não é a minha praia. Mas ter a oportunidade de trabalhar com uma marca que alcança tantas pessoas há tantas gerações e poder, tentar pelo menos, usar essa marca para o bem. Eu verdadeiramente acredito que o mundo é cor de rosa e a gente está com a lente errada, e não o contrário. Então claro que é desafiador, mas quando eu vejo a cidade do rock funcionando e aqui em Portugal são cerca de 300 e tantas empresas reunidas, eu penso ‘tem algo aqui que a gente sabe fazer junto e bem feito’. E acho uma coisa muito bonita quando você vê o evento acontecer e ninguém está discutindo religião, gênero, raça, política – porque a gente já passou momentos quentes no Brasil. O que eu tenho visto e prestado atenção é que ali é um espaço de liberdade e segurança, onde as coisas estão bem feitas, onde a gente cuida das pessoas pelo bem e eu acho que a gente desarma, que a gente então é livre e é o que a gente é. Por isso então que eu acredito que a música promove essa conexão e tem uma capacidade de união muito grande. Eu lembro de ouvir meu pai falando ‘a música tem uma linguagem universal’. Não entendia muito bem até eu ir morar fora, com 19 anos, estava morando em Los Angeles fui num show do U2. Eu fui com os amigos, mas comprei o ingresso depois e fiquei num lugar sozinha durante o show e, obviamente, conhecia muitas músicas do U2. E Los Angeles é muito misto culturalmente, então tinha gringo de tudo era jeito ali do meu lado, claramente não era homogêneo, e todo mundo estava cantando aquela mesma canção, entendendo profundamente ou não. Naquele momento eu entendi o que meu pai estava dizendo que é a tal da linguagem universal. E é verdade, a gente se conecta de um jeito muito especial.

DJ SOUND: este ano o evento deixa o Parque Bela Vista e será realizado num novo espaço. Como estão as expectativas para essa edição histórica?

RM: Acho que esse evento de 2024 vai ter dois pontos altos: a mudança de espaço, que vai trazer uma experiência melhor e vai extrapolar muito a qualidade da experiência pro público, então acho que vai ser uma grande surpresa do que vai acontecer ali, de como as pessoas vão se sentir bem naquele espaço; e o segundo ponte é esse espírito que a gente está criando de ter muita alegria. Essa simplicidade da alegria, daquilo que nos toca emocionalmente, e ainda estar perto do Rio Tejo, com aquela energia maravilhosa, acho que vai dar toque meio mágico.

DJ SOUND: Você pode deixar um convite para os leitores da DJ Sound?

RM: Claro! Acima de tudo o nosso convite é vem ser feliz, vem curtir com os seus amigos, com a família, com quem quiser, mas é isso: é vir recarregar as energias pra gente poder voltar pro nosso dia a dia com mais gás pra fazer o país e o mundo ser um lugar melhor pra todo mundo o mais rápido possível.

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