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“Round 6: O Desafio”: YOHAN expõe manipulação de resultados em reality global da Netflix

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Em janeiro de 2023, começavam as gravações do reality “Round 6: O Desafio”, inspirado no sucesso global de mesmo nome que colocou as séries sul coreanas no radar das produções mundiais. Para YOHAN, era a oportunidade de, não apenas mostrar seu trabalho para todo o mundo, como trazer para o Brasil uma bolada de 4.56 milhões de dólares como prêmio. Mas como tudo o que é bom dura pouco, o brasileiro foi surpreendido com uma série de manipulações de resultados, passando por privações e estando no meio de um verdadeiro escândalo da Netflix.

Em janeiro de 2023, começavam as gravações do reality “Round 6: O Desafio”, inspirado no sucesso global de mesmo nome que colocou as séries sul coreanas no radar das produções mundiais. Para YOHAN, era a oportunidade de, não apenas mostrar seu trabalho para todo o mundo, como trazer para o Brasil uma bolada de 4.56 milhões de dólares como prêmio. Mas como tudo o que é bom dura pouco, o brasileiro foi surpreendido com uma série de manipulações de resultados, passando por privações e estando no meio de um verdadeiro escândalo da Netflix.

Produzido pela produtora ‘Studio Lambert’, em Londres, no Reino Unido, o reality “Round 6: O Desafio” coloca à prova os próprios limites dos participantes. Como todo programa do segmento, era de conhecimento dos competidores uma série de limitações, como o confinamento, além da submissão a uma série de atividades e participações em provas que colocariam em xeque sua continuidade no programa. O que não estavam combinados eram a manipulação e resultados, arbitrariedade e alguns outros pontos que foram sendo descobertos na sequência.

Cerca de 10 meses após a finalização das gravações, YOHAN traz um verdadeiro dossiê que prova, através de uma série de e-mails, as manipulações realizadas por parte da produção dos Estúdios Lambert, desde a emissão das passagens com destino a Londres já com a data do retorno ao Brasil agendadas, além de relatos de outros participantes que, mesmo após serem eliminados do reality, retornaram ao páreo. Além disso, distratos nos bastidores, alimentação insalubre e outras situações foram reveladas nos bastidores do programa.

“Em Janeiro desse ano, recebi um e-mail que finalmente mudaria a minha vida. Fui selecionado para representar o Brasil na gravação da competição “Squid Game: The Challenge”, programa inspirado/derivado da série “Squid Game” ou mais conhecida no Brasil como apenas “Round 6″. A competição na verdade era um reality com cartas marcadas, abuso de poder (contratos abusivos) e zero chances reais de ganharmos qualquer prêmio milionário. Fomos apenas figurantes não pagos”, revela YOHAN.

O medo e as consequências do confinamento levaram alguns participantes do programa a criar um grupo no WhatsApp para revelar algumas atrocidades que ocorreram em meio às gravações. Apelidado de “Squid Game: The Nightmare” (“Round 6: O Pesadelo”), o grupo revela relatos pessoais de alguns participantes que expõem casos de submissão completa e manutenção em ambientes inóspitos. Um desses casos, revelou o tabloide britânico The Sun, foi a manutenção de temperaturas de -9º C a qual os participantes foram expostos por horas em meio às gravações. As denúncias estamparam a capa da edição impressa do jornal atribuindo à produção um título de “inferno” para os competidores.

“A verdade é que na prática, todos os competidores não passaram de meros figurantes que não foram pagos como um artifício de burlar a imigração. Entramos no país como turistas, e não para trabalhar numa produção com visto de trabalho. Assim que chegamos, já possuíamos as passagens de volta, indo contra todo o processo da veracidade de um reality show”, expõe YOHAN.

Além disso, segundo relatado pelo The Sun, por debaixo dos coletes, havia uma série de atributos cenográficos, como bolsas de sangue falso que ajudariam a simbolizar uma eventual eliminação à revelia, sob escolha da produção. Ou seja: mais um sinal de manipulação dos resultados independentemente da ação de um participante, o que expõe ainda mais a gravidade diante do projeto.

Dos 456 competidores, mais de uma centena não passaram sequer da primeira rodada, resultado de alguns dos casos expostos pelo tabloide. Gravado em um ambiente remoto, no interior do Reino Unido, o programa funcionava numa verdadeira fortaleza. O Cardington Studios fica localizado nos arredores da cidade de Bedford, em uma antiga base da Força Aérea Britânica.

“A gente não podia ter contato com as mídias sociais e com os celulares, o que é de praxe em gravações de reality. No contrato, também estava prevista a desclassificação uma vez que os participantes relatassem algo à imprensa, o que fez com que muitos dos competidores tivessem medo de serem processados pela produtora. Eu sei que estou correndo riscos, mas isso mexeu muito comigo e com a minha cabeça, estou mal até hoje”, acrescenta o artista.

Em meio a convites profissionais, YOHAN, que havia acabado de lançar o álbum “Arrasany 3.0”, que conta com participações de nomes como Gretchen, entre outros, precisou abrir mão dos trabalhos como cantor para investir na possibilidade de enfim ficar milionário. Possibilidade esta que, ao desembarcar nos bastidores do programa, viu cada vez mais ir por água abaixo.

“Eu escolhi correr o risco sabendo que podia ou não levar para casa o dinheiro, mas em nenhum momento desconfiei que haveria manipulação nos resultados. Tudo dependeria do meu desempenho. Nos meses que antecederam as gravações, eu mudei toda a minha vida, minha rotina, investindo em treinos e uma alimentação regrada, para chegar ao reality o mais preparado possível. Imagina o meu sentimento naquele momento quando vi que tudo estava canetado e que eu não teria chance alguma de alcançar o pódio”, desabafa YOHAN.

Com a eliminação sumária, YOHAN assume que entrou num verdadeiro colapso psicológico. Após investir tempo, determinação e dinheiro, o artista se viu em meio a um dilema. “Eu saí da minha casa para estar à disposição da produção por um mês em Londres, como estabelecia o contrato. Assim que cheguei, já recebi minha passagem de volta para o Brasil, sem mesmo as gravações terem iniciado. Como isso pode acontecer?”, contesta o brasileiro.

Após a finalização das gravações e com o surgimento do descontentamento de outros participantes que expunham uma série de manipulações no grupo de WhatsApp, YOHAN viu que não estava sozinho. “Eu surtei, não sabia o que fazer. Fiz a produtora mudar meu voo, porque eu não tinha condições de retornar ao Brasil. Era o meu sonho, eles não cumpriram a parte deles do contrato. Me senti usado, como se fosse uma peça do quebra-cabeças, um figurante que não estava recebendo nada para estar ali”, acrescenta.

“Fui para a Europa para ficar um mês, então fiquei um mês tentando me recuperar desse trauma. No meu caso, foram apenas sequelas emocionais, mas muitos outros participantes ficaram feridos nas gravações, isso é inaceitável. Estávamos todos colocando nossos corpos e saúde em xeque sem ao menos termos sido minimamente considerados a levar o prêmio para casa. Além disso, havia atletas profissionais na competição, o que vai contra as regras e o próprio contrato”, denuncia.

Esta é a primeira vez que YOHAN fala sobre o assunto. Em meio ao lamentável ocorrido, o cantor retorna à música com uma faixa inspirada nos acontecimentos nos bastidores de “Round 6: O Desafio”. ‘Round 6’ é o primeiro single da minha nova era após quase um ano desde que recebi aquele tal e-mail. ‘Round 6’ narra os jogos de uma competição mentirosa mas ao mesmo tempo faz analogia ao jogo do amor. Ou no meu caso, os jogos de um relacionamento tóxico que vivi mas que reagi a tempo e me tornei vencedor”, explica.

Sobre YOHAN

Bisneto de japonês, YOHAN morou no Japão por mais de quinze anos onde foi de guia turístico a modelo. Seus dois primeiros álbuns “#PopLife” e “Arrasany” tiveram grandes sucessos levando o artista para grandes apresentações como a Parada LGBTQIA+ de SP, onde cantou para mais de 100 mil pessoas. Agora, o cantor está lançando seu mais novo projeto “Arrasany 3.0” que promete muitas surpresas e parcerias bombásticas.

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