Shiba San que vem com as mais altas credenciais dos organizadores do festival Lollapalooza Brasil 2018 (saiba mais: Blog Lollapalooza 2018), justamente faz seu debut no maior festival da sua vida neste ao apresentar-se nesta próxima sexta-feira (veja horário do palco Perry Doritos no: https://www.lollapaloozabr.com/lineup-horarios/).
O francês com nome japonês e fera na produção musical e consegue algo muito raro num mercado (cada vez mais) segmentado como a música eletrônica onde produtores e DJs acabam ficando em nichos de estilos.
Shiba San é um dos raros contrapontos agradando dancemaníacos do underground ao mainstream, onde até parceria com Green Velvet, uma das figuras mais icônicas do Techno fez parceria com ele rendendo um EP com belas tracks como “Fearless”, “Chance” e “Rise”.
Os primeiro passos do produtor foram na cena hip-hop francesa em Paris, logo foi seduzido pela house de Chicago e começou as suas produções aos 17 anos depois de comprar o primeiro sintetizador um ano antes.
Mas foi com o single “Okay” (de 2014) que o cara teve os holofotes mundiais nele, tornado-se hit global e permanecendo por 82 dias no número#1 do Beatport , e mais de 6 meses no Top 10 House do mesmo portal.
O inglês Pete Tong foi um dos primeiros entusiastas de Shiba San que logo ganhou mais admiradores com poder nas rádios, Annie Mac e Danny Howard entre eles, o suficiente para colocar o nome de Shiba San no meio DJing disseminando sua música.
Na sequência veio “Burn Like Fire” no melhor esquema granadeiro novamente chacoalhando tudo e sendo tocada a exaustão lhe conferindo o prêmio de “Melhor Underground Track de 2015 – no IDMA – International Dance Music Awards”, realizado anualmente em Miami.
Com o sucesso fundou sua gravadora, a Basement Leak, que o fez expandir horizontes o tirando de Paris e fazendo com que desse algumas voltas ao mundo com sua música.
Numa temporada vivendo nos Estados Unidos, baseado em Miami, ele acabou entrando no circuito dos grandes festivais participando do Coachella, EDC Las Vegas, Movement Detroit, The BPM Festival (México), Stereosonic, Awakenings (Holanda), além de clubs como Output, Ministry of Sound, Sankeys (em Ibiza).
Tempos gloriosos permanecem nos lançamentos dele, a prova são as bombásticas “Up & Down” e “You Know What” e “Drop It”.
Lee Foss e Steve Angelo são alguns dos fãs confessos do francês e não dispensam suas músicas nos sets.
O artista é conhecido dos brasileiros pelos sucessos mencionados acima, e também por tours anteriores.
Agora no Lollapalooza Brasil 2018 é a oportunidade de o ver em ação e fazer parte da história dele com o tal debut num grande festival da vida dele como descreve na conversa que fizemos.
Você lançou vários singles e EPs. Algum plano para um álbum?
Eu sempre fiz m[usicas para club, e acho que fazer um álbum inteiramente de músicas para club não faz muito sentido – as pessoas vão se concentrar em apenas uma ou duas e as outras irão para o lixo]. Um álbum tem que ser uma experiência diferente, explorando diferentes estilos e sons. Com a minha agenda de turnês atualmente, eu simplesmente não tenho tempo para isso. Mas um dia talvez…
Quantos anos você tinha quando comprou o seu primeiro sintetizador?
Eu cresci com um piano na casa, mas eu comprei meu primeiro sintetizador aos 16 anos.
Como é a sua configuração de estúdio? Em que tipo de software de computador / áudio você está trabalhando?
Eu uso um MacBook Pro com o Ableton Live, juntamente com o UAD Apollo 8 e todos os plugins do UAD. Eu amo meu MM26 com os pés descalços. Minha configuração ao vivo é inteiramente no Pioneer Nexus 2.
Quais são os seus sintetizador e hardwares favoritos no estúdio?
Summit Tube EQ, Conversores Lavry, compressor Crane Song, Moog Sub 37, Novation Bass Station 2. Eu poderia continuar para sempre.
Qual é o seu pior cenário no palco?
Definitivamente isto é sério: as vezes, as pessoas (contratantes), não entendem a importância de ter o hardware e o software mais atualizados, porque eu preparo meu conjunto com a atualização mais recente.
Ter uma grande latência definitivamente seria um grande problema.
Qual sua opinião sobre o Brasil após suas passagens por aqui em tours anteriores?
O Brasil é um dos meus países favoritos. Eu amo o povo brasileiro, eles adoram festejar. Algumas das minhas melhores lembranças estão aqui.
Que expectativas você tem para o Lollapalooza? O que seus fãs podem esperar?
Este é meu primeiro grande festival e estou muito empolgado. Eu vou tentar fazer o melhor de sempre e fazer meus fãs felizes.
Como você descreveria o seu estilo musical?
Essa é sempre a questão, e está constantemente mudando e evoluindo. Eu apenas classifico isso simplesmente como House music.
Qual foi o primeiro disco que você comprou?
Um álbum de Miles Davis.
Descreva como você acha que será o baile em 2030?
Acho que os clubs continuarão consistentes como nos últimos anos, então não posso imaginar como seria no futuro.
Qual a sua opinião sobre a cena dance eletrônica na América do Norte?
É incrível. É muito novo – o interesse pela house music é talvez de 10 anos, talvez menos, então a multidão cresce a cada dia.
Quais são seus próximos passos?
Espero passar mais tempo tocando em shows internacionais, especificamente na Ásia e na América do Sul.
Qual seu passatempo favorito fora da música?
Eu gosto de esportes em geral, o tênis é o meu favorito. Eu amo motocicletas também.
Algo mais que você gostaria de dizer para seus fãs aqui no Brasil?
Eu amo vocês e estou com saudades, mal posso esperar para estar com vocês de novo.
Ouça os petardos sonoros da fera:
by Gonçalo Vinha