Ele voltou. Ainda o mesmo, mas, mais imprevisível do que nunca. Vinte anos depois de “Boulevard” (que vendeu 1 milhão de álbuns), quinze anos depois do álbum multi-platina e premiado “Tourist” (2,8 milhões de cópias vendidas em todo o mundo) e uma turnê mundial abrangendo vários continentes, Ludovic Navarre, ou melhor St Germain, está de volta ao estúdio novamente para “Tourist 20th Anniversary Travel Versions“.
Um mestre respeitado e indiscutível da música eletrônica nas últimas duas décadas, pioneiro do “French Touch” e criador de deep house inteligente, sensual e original, St Germain sempre foi conhecido por sua habilidade fantástica de misturar sutilmente máquinas e instrumentos, raízes autênticas e influências modernas.
Sua música é uma mistura complexa, refletindo seu amor pelo blues, jazz e música negra de todos os tipos, com loops eletrônicos hipnóticos e samples vocais harmoniosamente entrelaçados.
Quem pode esquecer seu renomado “Alabama Blues” ou “Rose Rouge”, o single de sucesso tocado em todo o mundo, mesmo durante os shows dos Rolling Stones! E agora, de acordo com St Germain, depois do acid jazz, do nu jazz e do deep house, é hora de abrir caminho para o Afro Deep House.
Este novo álbum leva os ouvintes em uma jornada única, começando com o single, “Real Blues”, uma faixa ardente movida a percussão combinada com os vocais da lenda do blues texano, Lightnin ‘Hopkins.
Este álbum possui uma capa original: uma máscara projetada especialmente por Gregos, o artista de rua que exibe esculturas de rostos sorridentes ou fazendo caretas nas paredes de Paris e da Europa.
Ao criar este novo trabalho, St Germain buscou inspiração na música e nos ritmos da África.
A partir deste material original, St Germain – um verdadeiro feiticeiro do som – criou com sucesso uma mistura rítmica e arejada, combinando instrumentos tradicionais como kora, balafon, violino peul, soku e n’goni (violão pequeno para alaúde com 4-6 cordas ) com teclados, guitarras elétricas e saxofones, todos misturados com sequências e camadas eletrônicas, seguindo uma fórmula secreta que só ele poderia imaginar.
Essa técnica é evidente nas faixas instrumentais, “Hanky Panky”, “Mary L” e “Forget Me Not”, que misturam jazz groove, percussão étnica, n’goni ornamentado e ritmos de guitarra, trance e dança, tranquilidade e turbulência.
Para produzir este álbum que foi criado, escrito, gravado e mixado, em segredo, no seu próprio estúdio, St Germain, um artista essencialmente solitário, rodeou-se dos melhores músicos e cantores da diáspora africana, do Mali ao Senegal.
Assim, especialistas em n’goni, kamele n’goni e guitarra, Adama Coulibaly (Salif Keita), Sadio Kone e Guimba Kouyate, juntam-se aos músicos de kora, Cheikh Lo Ouza Diallo e Mamadou Cherif Soumano (Tiken Jah Fakoly) e o violinista, Zoumana Tereta, ex-caminhoneiro e hoje músico de renome.
Este grupo internacional é ainda complementado por músicos como o tecladista Didier Davidas, da Martinica, o percussionista brasileiro Jorge Bezerra (Joe Zawinul Syndicate), o baixista senegalês Alioune Wade (Ismael Lô) e o saxofonista Edouard Labor, de Guadalupe, que também apareceu em gravações anteriores.
Masterizado nos lendários estúdios Abbey Road, em Londres, por Alex Wharton (que trabalhou no “Live at the BBC” dos Beatles e com os Chemical Brothers, Gilberto Gil, Scott Walker etc.).
