Depois de longos 24 anos de espera, Sting, vencedor de nada menos que 17 prêmios Grammy e ex-vocalista da lendária banda “The Police”, enfim retornou ao Rio de Janeiro para uma apresentação solo, na Farmasi Arena. E que show! A última vez havia sido no Rock in Rio 3, realizado no longínquo ano de 2001. Mas há que se destacar que durante este hiato, ele fez história com o antológico show no Maracanã em 2007, porém liderando o “The Police”.
Dessa vez o consagrado músico britânico trouxe ao Rio a sua nova turnê mundial “Sting 3.0”, com apenas ele e mais 2 músicos no palco, Dominic Miller (guitarra) e Chris Maas (bateria), um power trio com a força de uma banda completa, assim como era o próprio The Police. Segundo eu apurei com um integrante da produção, eles não usaram VS (virtual sound) ou qualquer tipo de base pré-gravada durante o show. Era tudo realmente 100% ao vivo.
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O show estava marcado para as 21h e Gordon Matthew Thomas Summer, o Sting, cumpriu à risca a famosa pontualidade britânica. Com isso, muitos fãs perderam o início bombástico do espetáculo e não testemunharam a performance ao vivo do hino “Message In A Bottle”, do The Police, a música de abertura desse grande e aguardado show, mas que, na minha humilde opinião, poderia ter sido escolhida pelo artista para entrar no terço final da apresentação, junto com alguns dos outros grandes hinos que ele escolheu da sua extinta banda, que é considerada uma das mais influentes de todos os tempos. Sem dúvida, foi nesse último terço do show que a plateia mais vibrou. Seria incrível se “Message in A Bottle” entrasse mais pro final, ali junto com “Every Breath You Take” (que emocionou demais o público), “Roxanne” e “So Lonely” (que levantaram a arena), “King Of Pain”, e “Walking On The Moon”, que fez todo mundo dançar com a sua maravilhosa mistura de elementos de rock com os de reggae music. O impacto teria sido estrondoso.
Me chamou a atenção que nessa turnê ele optou por não usar um microfone tradicional, com pedestal, mas sim, um microfone headset, aquele bem discreto, com uma fina haste que o leva à frente da boca, muito utilizado por alguns artistas pop.
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No alto dos seus 73 anos, Sting parece um garoto. Não apenas fisicamente, mas, principalmente, vocalmente falando. A sua voz continua intacta, um primor. E foi com ela que o público se deliciou ao ouvir alguns dos seus grandes clássicos atemporais ao longo do show, como “Every Little Thing She Does Is Magic (The Police)”, “Fields Of Gold”, “Why Should I Cry For You?”, “Shape Of My Heart” e “Desert Rose” (que momento!), entre outros. Senti falta de apenas um ou outro clássico, como “De Do Do Do, De Da Da Da”, que cairia muito bem no setlist no lugar de alguma das músicas mais mornas que ele cantou ali pelo final do primeiro terço e início do segundo terço do show.
No fim, todos saíram encantados e com gostinho de quero mais. Tomara que o Sting possa voltar mais vezes ao Rio. Esse show foi realmente incrível e digno de muitos aplausos de pé. Ficarei na torcida para que o Rock in Rio possa dar esse presente para o seu público na edição 2026. Oremos!
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