DJ Terry Golden é um produtor de música eletrônica e DJ dinamarquês, conhecido por suas performances energéticas e dinâmicas. Com um estilo que mistura “progressive house e melodic techno”, ele conquistou seu espaço na cena global da música eletrônica.
Terry Golden já se apresentou em diversos festivais e clubes ao redor do mundo, conquistando uma base de fãs leal com seus sets de alta energia e som único.
Suas faixas têm sido apoiadas por alguns dos maiores nomes da indústria, e ele continua lançando músicas que alcançam o topo das paradas, expandindo sua influência no mundo da música eletrônica.
A poucos meses de seus aguardados shows na América Central e do Sul em 2025, tive a oportunidade de entrevistar o talentoso DJ e produtor musical Terry Golden no Amsterdam Dance Event (ADE).
Conhecido por seu som progressivo e melodic techno, Terry falou sobre seus planos para o futuro, suas inspirações musicais e a importância de manter uma identidade única em um cenário de música eletrônica em constante evolução.
Quando perguntei a Terry como ele define seu som hoje, ele sorriu, demonstrando paixão por sua arte. “Eu descreveria como melodic techno,” explicou. “Tiro influências do progressive, trance e house, criando algo que ressoa tanto com o coração quanto com a pista de dança.”
O compromisso de Terry em misturar gêneros permite que ele ultrapasse os limites musicais enquanto permanece fiel às suas raízes. “É sobre infundir diferentes elementos nas minhas faixas, criando um som que parece fresco e inovador,” enfatizou.
Com planos de se apresentar no México e na Argentina, Terry está ansioso para se conectar com seu público sul-americano, além de trabalhar com outros produtores de eventos para adicionar mais cidades à sua turnê. “Eu queria vir para essa região há muito tempo, e agora que tenho os contatos certos, está acontecendo!” disse animado. “Tocar no Carnaval em Cozumel, em março, será um ponto alto.”
Refletindo sobre a energia dos públicos sul-americanos, Terry expressou sua empolgação: “A paixão e o engajamento em lugares como Brasil e Argentina são incríveis. O público dança, sente a música e cria uma atmosfera elétrica.”
Terry também compartilhou insights sobre seus próximos shows na Europa. “Vou me apresentar em Copenhague no próximo mês, e possivelmente no Egito também,” mencionou. “A cena lá é vibrante e apaixonada, assim como na América do Sul. As pessoas vão aos clubes pela música, não apenas para socializar.”
A inspiração vem de várias fontes para Terry, que se imerge regularmente na música. “Minhas principais influências são artistas como Camelphat, cujos estilos melódicos ressoam comigo. Eu escuto uma ampla variedade de músicas para encontrar elementos que posso incorporar ao meu próprio trabalho,” observou. Ele reconheceu as tendências atuais, especialmente a popularidade do Afro house, enquanto enfatizou sua dedicação em manter seu som único.
A conversa mudou para a marca de Terry. “Criar uma identidade distinta é crucial neste mercado lotado,” disse. “Minha marca, que incorpora elementos como a imagem de guerreiros maias e vikings, e a Golden Face, que ressoa com meu nome de DJ e identidade, também ajuda a criar uma experiência memorável para o meu público. Não se trata apenas da música; é sobre o que eles levam do show.”
Terry traçou paralelos com outros DJs que conseguiram construir uma imagem forte, enfatizando que uma persona única ajuda a distinguir artistas em um mercado cada vez mais competitivo.
Ao discutir colaborações, Terry compartilhou como se conecta com outros artistas. “A maioria das minhas colaborações acontece pelo Instagram. Se encontro alguém cujo som se alinha com o meu, trocamos ideias e criamos juntos,” explicou. Atualmente, ele está trabalhando com o artista de trance Alexander Popov em um remix que visa explorar o som progressivo e trance.
“Acho que as fronteiras de gênero estão se tornando menos definidas,” acrescentou. “É fascinante como artistas como David Guetta e Morten estão misturando melodic techno com elementos de trance e big room.”
Olhando para o futuro, Terry revelou que tem novas músicas programadas para lançamento pela Brain Pain Records e está colaborando em um EP com Alexander Popov. “Adoro ser inovador e evoluir meu som a cada lançamento,” disse.
À medida que a tecnologia continua avançando, Terry enfatizou a importância de manter sua voz artística. “Embora eu esteja aberto a usar IA para inspiração, a essência da minha música vem de mim. Nenhum algoritmo pode substituir o toque humano,” afirmou com firmeza.
A conversa se voltou para a saúde mental, um tema que Terry, como ele diz, se tornou um problema que precisamos discutir e que ele leva a sério. “Ser DJ pode ser exigente. Felizmente, sou uma dessas pessoas que consegue funcionar com pouco sono, mas priorizo minha saúde, comendo bem e me mantendo ativo,” compartilhou. “Quando estou na estrada, foco em manter um equilíbrio entre trabalho e autocuidado.”
Viajando frequentemente, Terry adapta seus sets com base na cena musical local. “Faço minha pesquisa antes de ir para uma nova cidade. Assisto a vídeos de DJs locais e entendo o som com o qual eles se identificam, para que eu possa ajustar meu set de acordo,” explicou.
Ao encerrar nossa conversa, perguntei a Terry sobre suas aspirações futuras. “Estou buscando um novo agente para me ajudar a expandir meu alcance,” disse. “Ser independente é difícil, e estou pronto para levar minha carreira ao próximo nível.”
Antes de concluirmos, perguntei se Terry tinha uma mensagem para seus fãs no Brasil. “Obrigado pelo apoio! Estou animado para trazer minha música para vocês e mal posso esperar para dançarmos juntos,” respondeu calorosamente.
Entrevistar Terry Golden nesse momento crucial de sua carreira, e também durante o Amsterdam Dance Event, foi verdadeiramente inspirador. Sua paixão pela música, dedicação ao seu ofício e compromisso com a saúde mental destacam seu papel como um artista em ascensão na cena da música eletrônica.
Fiquem atentos para mais entrevistas exclusivas do ADE nas próximas edições da DJ Sound Magazine!
especial collab by Dayane Leanddro