Tiesto, toca hoje (sexta-feira, 27/05), em festa comemorativa oficial da 100ª. edição da famosa 500 Milhas de Indianápolis, prova de automobilismo americana que atrai amantes do mundo todo (https://www.djsound.com.br/tiesto-toca-em-festa-das-500-milhas-de-indianapolis-e-lanca-novo-album/); a DJ Sound conversou com o holandês em Los Angeles onde reside há alguns anos, antes dele pegar um vôo para a maratona deste final de semana.
Sua paixão pela música, incluindo o Trance, continua tão ardente como as paixões por carros e pares de tênis (compulsiva).
O artista que não quer se limitar a um só estilo musical, esta com sua agenda concentrada no mercado norte-americano pela explosão da cena local, e residências em clubs como Hakkasan de Las Vegas.
Porque a mudança de moradia da Europa para Los Angeles?
Eu gosto muito do clima de Los Angeles, é verão o ano todo, e minhas apresentações ficaram concentradas na América nos últimos anos, foi uma questão de escolha pessoal e claro que estou com minha família sempre que possível com eles vindo ou eu indo para a Europa.
Hoje tenho uma casa em Los Angeles, recebo minha família, meus empresários há alguns anos são americanos e fica fácil a logística para gerenciar tudo.
Gosta do estilo de vida americano e dos clubs?
A música eletrônica vive grande momento nos Estados Unidos, onde sempre foi mais underground, hoje as rádios universitárias e as grande redes tocam o estilo, há muitos festivais, clubs abrindo em vários estados e vários artistas aparecendo e sendo apreciados pela Europa, Ásia… Skrillex, Diplo.
O que acha da cena EDM?
O E.D.M. é a música que sempre os DJs e produtores fizeram, ela é Electronic Dance Music, e não faz referência a somente uma sonoridade, ela representa o Techno, House, Trance e outros.
Na Europa temos um ambiente favorável há muitos anos para esse estilo de música, nos Estados Unidos é uma novidade onde se ouvia muito rock e música black.
Pelo tamanho dos Estados Unidos é natural que as proporções em torno do estilo fossem grandes como em quase tudo na América, até nos pedaços de pizza e bolos.
Saudável trouxe novas pessoas para a cena, e também muitos turistas do mundo todo que não conheciam a cultura americana.
Você foi um dos DJs que mais ousou (vocalistas no estúdio e ao vivo, mega concertos), antes de muitos experimentarem coisas novas e hoje muitos escolheram o caminhos de ser diferentes e até copiaram suas fórmulas.
Tenho uma equipe maravilhosa de pessoas que esta sempre propondo ideias e eu mesmo faço questão de me cobrar em ser diferente, de experimentar esta seria a expressão correta.
Então sempre busquei nos meus sets e nas minhas produções novos caminhos, trabalhar com pessoas que nem sempre são do mundo DJ.
Ando sempre envolvido em trabalho todos os dias da semana.
Acho interessante eu ser inspiração para outros artistas e empresários criarem novos artistas e eventos tão grandes como os que fiz.
Eu e Armin Van Buuren sempre misturamos ritmos em nossos trabalhos de estúdio e nos sets ao vivo há muitos anos.
Fostes um dos primeiros DJs de trance a mixar estilos tão diversos como House e Techno em seus sets, e hoje você parece ter saído totalmente do Trance e os fãs, incluindo os brasileiros, reclamam. Como lida com as cobranças dos fãs?
Toco a música que gosto e acredito independente dos estilos, tocava mais trance, mas eu sou um DJ e devo empregar a música que acredito.
Toda música tocada por um DJ é um teste na pista, o público define se dança ou não.
Ainda toco Trance nos meus sets para mais ou para menos.
Eu gosto dos brasileiros e tenho uma ligação de amor com eles, por que gostam de música.
Nunca me defini somente como um DJ de Trance, a mídia me tratou assim, definir um estilo é limitar.
Quem são os artistas que você gosta no momento?
Tem novos artistas e dei meu suporte para o Dzeko & Torres que conheci ao chegar em Los Angeles e nos tornamos grandes amigos, Hardwell ainda tem muito potencial para mostrar, fico feliz por tudo que ele conquistou o acompanhei desde o início e o mundo o recebeu.
Mike Williams da Holanda, um nome promissor, e Don Diablo ganhou mercado depois de anos trabalhando.
As Nervo e Dubfire estão fazendo ótimos trabalhos.
Quando teremos um novo álbum?
Estou trabalhando nele e tenho alguns colaboradores, estou fazendo música pela internet com o Martin Garrix, Don Diablo.
Tem muitas melodias para os fãs, vou lançar os singles breve.
E a paixão pelos pares de tênis ainda é forte? Quantos pares você tem?
Sim, sempre vejo modelos e quando gosto compro, a “cultura sneaker” é forte nos Estados unidos, então sempre surgem modelos interessantes.
Gosto da Nike e outras marcas desconhecidas do grande público.
Não faço as contas de quantos tênis eu tenho, muitos, tenho uma coleção aqui e na Europa.
Você toca na festa das 500 Milhas de Indianápolis que completa 100 anos. Qual é sua ligação com o mundo dos carros?
Todo homem gosta de carros e as mulheres também, para dirigirem.
Na Europa eu sonhava em ter uma Lamborghini e não tinha espaço na garagem, com uma casa maior aqui na América eu comprei esse sonho de ter o carro italiano.
A velocidade é algo que emociona o ser humano como a música, gasto meu tempo livre andando por ai, e ganho inspiração para os meus sets, para minha música, para minha vida.
Quando estou livre costumo assistir aos grandes prêmios de várias modalidades de automobilismo como Fórmula 1, Indy, Nascar.
Gosto da velocidade como música.
Alguma mensagem para os brasileiros?
Quando posso estou no Brasil com minha música, espero ver animação de vocês sempre pelo mundo.
Relembrando Tiesto na Praia de Copacabana em 2007:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=vJ4fawNPMVM[/youtube]
by Gonçalo Vinha
entrevista by Lucas Mazzon