A maratona de três dias de um dos mais revolucionários festivais em termos de experiência que acontece no Brasil, começa nesta quinta-feira 21/abril para o grande público e já hoje (quarta 20/04), para o grupo de festeiros hospedados no Dreamville que ganham uma festa exclusiva.
Festival é bom e dá até uma agonia quando saem os horários do line-up onde muitas vezes você tem de duelar com seu gosto musical pelos artistas e com seu corpo que precisa caminhar até chegar no local.
Chega a ser irritante os milhares de técnicos (como na época de copa do mundo), que o Brasil ganha para falar sobre line-ups, acima de tudo vale o menos expectativa e mais diversão, eis o segredo.
Separamos alguns nomes, cada qual no seu dia de apresentação no festival, para você ver e ouvir na edição 2016 do Tomorrowland Brasil, eles não apenas refletem o gosto deste vosso escriba, mas exercitam o mix cultural e musical que cada um deles representa em meio a dezenas de siglas e denominações (o que é um saco onde deve prevalecer acima de tudo a diversão individual).
QUINTA 21/04
Axwell & Ingrosso – os dois ex-membros do Swedish Hose Mafia, juntaram-se e formaram uma nova dupla de sucesso com seus nomes solo. Os ingressos esgotados na sua residência no club Ushuaia de Ibiza e o carisma presente aliados aos petardos sonoros com muita House Music são garantia de forte animação no mainstage.
Volkoder- depois de Gui Boratto é um dos nomes que mais alçou voo alto no exterior lançando por selos poderosos como Suara, Toolroom e Hot Nature.
É apadrinhado por feras como Jamie Jones e um dos artistas brasileiros com som mais globalizado na atualidade.
Hernan Cattaneo – um dos patriarcas do progressive house e muito querido pelos brasileiros o argentino vem novamente ao Brasil e numa rara aparição em São Paulo.
Espere por techno beats e belas melodias deste gigante da cena mundial que foi descoberto e apadrinhado por nomes como Paul Oakenfold, John Digweed e Sasha.
Renato Ratier – um dos pioneiros e responsáveis por mostrar o som underground para um mix de público atraindo os enraizados, os jettsetters e modelos para as pistas e mostrar o lado cool do underground trabalho feito com maestria em território brasileiro e que no exterior tem representantes como Marco Carolla e Sven Vath.
Ratier vem num crescimento artístico colossal nos últimos três anos que o tem colocado em tours pelas várias partes do planeta.
David Guetta – para uns o supra-sumo da música eletrônica, mas é inegável a habilidade e técnica (mesmo!), o francês protagonizou o encerramento do festival em 2015 no Brasil além de ter feito as honrarias ao anunciar o Brasil na edição belga do ano anterior.
Aqui a diversão e suor são certos e sem carão (por favor!). Mestre!
Markus Schulz – o alemão mescla som trance do progressivo ao uplifting com pegadas hard.
Ele acaba de lançar seu novo álbum “Watch The World” e vai tocar músicas dele no seu set um dos mais aguardados no palco Full On de Ferry Corsten, sua última apresentação no Brasil data de 2013 no ASOT600 na capital paulista.
Markus Schulz esta muito empolgado com o retorno ao Brasil.
Leia sua entrevista exclusiva antes do Tomorrowland Brasil em nosso site.
Wrechiski – o brasileiro pródigo que lança por selos como Anjuna Beats (do Above & Beyound), Coldharbour (de Markus Schulz) e Armada Music (de Armin Van Buuren), faz o seu debut no festival e esta com um séquito de fãs garantido.
Preste atenção no seu hit “Atlas”.
SEXTA 22/04
Armin Van Buuren – odiado por uma leva de “tranceiros brasileiros” que o acusam de virar a casaca (ei, o presente dele como som é o que ele toca na Europa e resto do mundo há anos no sentido de “Big Room”.
Qual é a diferença e troca de casaca, afinal?)
O holandês chacoalha as multidões e ainda tira cartas das mangas (ou sem elas) que surpreendem.
O segredo aqui é ter menos expectativa (coisa de brasileiro recatado!!!).
Melodias e hardbeats num sobe e desce eufórico!
Solomun – o alemão que voltou a ativa depois de pouco mais de 40 dias de férias sem apresentações e sua space disco tech deve concentrar boa parte do público nesta sexta.
Ele tornou-se referência para muitos DJs do underground brasileiros, e conquistou muitas fãs na ala feminina.
É o último giro pela América do Sul antes de assumir a sua residência no club Pacha de Ibiza.
Marky – nosso real herói brasileiro na música eletrônica é sempre uma empolgação nos sets e pode surpreender com alguma música bem encaixada no momento certo que o feeling de muitos anos e amor pelo que faz fazem acontecer.
Este é o tipo de DJ em que as mãos funcionam como bisturis precisos, mesmo sem música só pelo olhar no manuseio dos equipamentos Marky mostra o que é ser um DJ de alma.
Tropkillaz – Das trilhas urbanas a dos viodeogames essa galera mostra que música séria pode ser descontraída e descontruída. Suingue e mão para cima e pés acima do assoalho! ZéGon comanda a trupe que conquistou festivais internacionais como Coachella.
SÁBADO 23/04
Drunky Daniels – dupla de Curitiba, lançaram pela Hot Creations e Material Records, Para quem gosta de techouse é um must-watch! Estes você assiste na Pool Party assinada pelo Fusion Energy Drink no festival.
Shadow Movements – a dupla do selo D.O.C. de Gui Boratto foi bem engatilhada com músicas de personalidade que os levaram a excursionar pela Europa com a crew do selo.
Elekfantz – duo que impressiona cada vez mais pelas suas apresentações ao vivo onde a musicalidade é enaltecida. Vocais reais cantados ao vivo (e muitas vezes em coro pelo público), até mesmo uma garrafa de whyski vazia pode se tornar fonte de melodia microfonada. É atração na tenda D.O.C. no festival e uma das atrações obrigatórias!
Steve Angello – a persona tida como marrenta é na verdade um cara 100% emoção e que gosta do que faz: tocar! O sueco com pegada funkeada e techbeats deve estremecer a arena com seus mixes dignos dos grandes maestros. Ultra-indicado!
by Gonçalo Vinha