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Três avanços tecnológicos que vão impactar a indústria musical nos próximos anos

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Fabricio Schiavo, CTO e co-fundador da Magroove, explica como o universo da música pode ser revolucionado com o avanço da tecnologia .

A música sempre foi uma expressão artística em constante evolução, e a tecnologia tem desempenhado um papel crucial em moldar essa jornada.

Nas últimas décadas, testemunhamos uma revolução na indústria musical impulsionada por vários avanços tecnológicos, desde a era dos CDs físicos até a ascensão do streaming, totalmente digital.

Mesmo com todo o avanço da tecnologia no mundo, a indústria musical muitas vezes parece presa em uma cápsula do tempo, relutante em abraçar plenamente as oportunidades que a era digital oferece. 

Para o especialista no assunto, Fabrício Schiavo, CTO e co-fundador da Magroove, distribuidora digital de músicas nas plataformas de streaming, toda a tecnologia tem transformado como criamos, consumimos e compartilhamos a música, mas mesmo com toda tecnologia, ainda existem muitas práticas herdadas da época das mídias físicas.

“Um fato é que a indústria musical ainda está parada no tempo, mesmo com tantas mudanças tecnológicas — uma grande prova disso são os grandes players do setor, que ainda estão presentes desde as outras décadas. Portanto, ao meu ver, ainda existe muito espaço para a modernização no mercado musical”, explica. 

Enquanto muitos setores industriais se reinventam constantemente, a música muitas vezes se agarra a modelos de negócios antiquados e práticas ultrapassadas. “Essa espécie de resistência à mudança têm deixado a indústria, principalmente no Brasil, em um estado de estagnação. Existe sim muito a se modernizar já que a tecnologia exerce um papel muito importante na democratização da indústria musical”, comenta Fabrício.

Para o especialista, o próximo ano será regado a avanços tecnológicos, mas três setores em específico impactarão a indústria musical. São eles: 

Centralização 

Com o avanço da tecnologia, a centralização está prestes a ser abalada, as plataformas descentralizadas em blockchain, artistas e criadores terão mais controle sobre sua música, eliminando os grandes players permitindo uma ascensão das distribuidoras digitais, que proporcionam uma distribuição mais equitativa de receitas e automaticamente empoderando artistas independentes. Essa descentralização promete redesenhar a dinâmica de poder na indústria musical, dando aos talentos uma voz mais forte e desafiando a hegemonia das grandes gravadoras. 

Burocracia

A burocracia será impactada pela implementação de contratos inteligentes que agilizam os processos de licenciamento, pagamento de royalties e gestão dos direitos autorais, reduzindo a complexidade burocrática desse setor, permitindo transações mais rápidas e transparentes entre artistas e produtores. Essa automação promete simplificar os processos driblando os desafios vivenciados atualmente quanto à precariedade de organização dos sistemas privados quanto à distribuição de mídia e coleta de royalties.

Tomada de decisão

O uso avançado de análise de dados, inteligência artificial e algoritmos de aprendizado de máquina, proporcionará insights mais precisos sobre o comportamento do consumidor e as tendências de mercado, levando mais facilmente ao sucesso. A tecnologia capacitará profissionais da indústria a tomar decisões assertivas, uma das grandes frentes que florescerão é a transformação de soluções business intelligence (BI) e analytics voltados para a música. Num futuro próximo, essa tecnologia passará a empoderar artistas menores com uma informação mais estratégica para a tomada de decisões de sucesso. 

Sobre a Magroove

Magroove é uma startup que atua na distribuição digital de músicas de artistas independentes. Criada pelo brasileiro Vitor Cunha, produtor musical e engenheiro de som, a empresa já tem mais de 1 milhão de artistas e usuários, presentes em mais de 190 países.  Para os artistas, a Magroove atua como um agregador, auxilia e democratiza a possibilidade de disponibilizar músicas nas plataformas de streaming, enquanto com os ouvintes atua por meio do aplicativo homônimo, em um formato “Tinder” de recomendação musical, que em 30 segundos toca novas músicas similares à canção que o usuário pesquisou no aplicativo, independente do sucesso do artista.

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