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UBC bate recorde histórico com distribuição de R$ 791 milhões em 2023

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Serviços digitais representam 25% da arrecadação, à frente dos shows e eventos, com 18,4%.

O ano de 2023 foi marcado por recordes na gestão coletiva de direitos autorais musicais, tendo os segmentos Shows, Digital, Rádio, Cinema e Usuários Gerais como o grande motor.

É o que mostra a nova edição do Relatório Anual da União Brasileira de Compositores (UBC). Principal sociedade de gestão coletiva musical nacional, a UBC distribuiu cerca de 57% de montante das sete sociedades autorais que integram o Ecad. Foram R$791 milhões somando-se direitos autorais (83% do total) e conexos (17% do total).

No último ano, foi registrado um crescimento de 17% no total arrecadado entre todas as sociedades que compõem o Ecad em relação a 2022, atingindo a marca de R$1,63 bilhão, o maior valor de todos os tempos. Já o valor total distribuído foi de R$1.390.932.883,86, registrando um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

Um número excepcional contribuiu para o resultado: o recorde de R$104,5 milhões em créditos retidos que foram liberados graças a esforços variados — tecnológicos e legais — da equipe da UBC. Além disso, quase 177 mil titulares de direitos autorais nacionais e estrangeiros foram beneficiados pela distribuição da UBC, sendo a parte nacional representando 99% dos valores.

Segundo Marcelo Castello Branco, diretor executivo da UBC, o ano de 2023 foi intenso, de explosão de eventos pós-pandemia, com uma recuperação muito significativa da rubrica de usuários gerais e uma distribuição recorde para a UBC e seus mais de 60 mil titulares nacionais, além de quase 200 mil internacionais. “O ano de 2023 também reforçou as iniciativas de educação e formação que fazem parte do DNA da UBC. O Programa UBC de Educação, Diversidade e Impacto Social é uma parceria inovadora para promover educação, profissionalização e diversidade no setor musical brasileiro. Com o objetivo de proporcionar acesso a cursos de qualidade e capacitação profissional para aqueles que buscam se desenvolver no mercado musical, o projeto distribuirá mais de 400 bolsas de estudo por ano a novos alunos da Escola Música e Negócios.“, destaca.

O relatório na íntegra está disponível no site da UBC.

Arrecadação de direitos em shows e eventos ao vivo cresceu 61%

O ano de 2023 registrou um aumento significativo na arrecadação de direitos. Os shows e eventos ao vivo, assim como em 2022, se destacaram com um crescimento de 61%. Os serviços digitais, que contemplam as plataformas de streaming, tiveram um avanço de 28%, reafirmando a consolidação do consumo destas novas plataformas desde a pandemia. Rádio e usuários gerais registraram um crescimento de apenas 9%, enquanto cinema cresceu 32%. Já as TVs, aberta e fechada, apresentaram uma queda de – 2%.

Os resultados atestam um crescimento total de 17% em relação ao ano anterior, somando um montante de R$ 1.631.028.211 de arrecadação.

No que tange a distribuição, o valor total em 2023 foi de R$1.390.932.883,86, contabilizando um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. A divisão dos valores arrecadados pelo Ecad se deu de maneira segmentada de acordo com diferentes plataformas e meios. O destaque da vez foi Rádio, com 19,84%. Já as TVs, somando canais abertos e por assinatura, tiveram um total de 32,02%. Os serviços digitais, que evidenciam a consistência das plataformas de streaming e de conteúdo online, alcançaram 21,62% dessa distribuição. Shows e eventos ao vivo, vitais para o setor, receberam 11,81%. Cinema, por sua vez, ainda buscando maior representatividade, reuniu 1,63% dos valores.

Outro dado de destaque foram os 323.614 titulares de direitos contemplados, dos quais 69,25% eram titulares internacionais, e 30,75%, nacionais, incluindo autores, compositores, editores, intérpretes, músicos e produtores fonográficos.

Para Fábio Geovane, diretor de operações da UBC, tendo em vista os excelentes resultados para os titulares de direitos autorais e conexos no Brasil, a previsão para 2024 é muito boa. “A distribuição para os titulares da UBC cresceu cerca de 17,66%, pois novos titulares se filiaram à entidade, e o nosso constante trabalho de liberação de retidos nos proporcionou um crescimento acima da média do mercado de execução pública. Como parte de nosso trabalho constante de aperfeiçoamento dos sistemas, recentemente a UBC entregou melhorias no Portal do Associado — permitindo que a busca por retidos seja muito mais rápida e eficiente —, desenvolveu um sistema para se integrar à base mundial de fonogramas das gravadoras majors, a chamada RDx, e desenvolveu um portal para que as sociedades estrangeiras possam acessar as informações na base da UBC de forma muito mais fácil, dentre outros avanços nos sistemas e processos. Tudo para sempre entregar um melhor serviço aos nossos titulares.“, afirma.

Para além dos recordes de distribuição, o ano foi marcado também por celebrações emblemáticas para a entidade. A UBC conquistou números marcantes de distribuição, como os R$784.943.112,37 de Direitos de execução pública (nacional) e os R$6.087.047,43 de Direitos de execução pública (internacional).

Prêmio UBC em homenagem a Caetano Veloso, Troféu Tradições para Lia de Itamaracá e o UBC Jam integram calendário de ações em prol dos autores e do mercado da música

Ao longo do último ano, a UBC manteve um calendário repleto de atividades, fortalecendo a conexão com seus titulares. Uma delas foi a continuação da parceria e promoção de uma série de entrevistas no podcast “Papo com Clê”, conduzido pelo produtor Clemente Magalhães. Totalizando mais de 400 vídeos, o programa já promoveu conversas com nomes como Roberto Menescal, Rubel, Buchecha, Evandro Mesquita, Samuel Rosa, Gabriel O Pensador, Tico Santa Cruz, Renegado, Anastácia, Nelson Motta, entre outros.

Os prêmios da UBC também se destacaram no cenário cultural, reconhecendo talentos inquestionáveis da música brasileira. No Prêmio Tradições, a icônica Rainha da Ciranda, Lia de Itamaracá foi a grande reverenciada. Já o Prêmio UBC ao compositor brasileiro, em sua sétima edição, foi entregue à Caetano Veloso em uma noite mágica, onde treze artistas de diferentes gêneros e gerações se revezaram no palco para apresentar suas interpretações de hits do artista.

Outra iniciativa marcante para o ano na entidade foi o UBC Jam. O evento, já tradicional e aguardado pela comunidade da música, estendeu sua influência por todo o Brasil, com edições em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Além de abrir palco para novos talentos, a Jam proporciona uma plataforma única para artistas emergentes se aproximarem de gravadoras, editoras e festivais.

Investimentos em Tecnologia, Educação, Diversidade e Impacto Social

Reforçando seu compromisso com a educação e formação, parte o DNA da entidade, o Programa UBC de Educação, Diversidade e Impacto Social na Música proporcionou acesso a cursos de qualidade e capacitação profissional para aqueles que buscam se desenvolver no mercado musical. O projeto distribuiu mais de 400 bolsas de estudo para novos alunos da Escola Música & Negócios.

Além disso, enfatizando a contínua necessidade de discutir e promover o equilíbrio de gênero na indústria musical brasileira, a edição 2024 do relatório “Por Elas Que Fazem a Música” foi lançada. Em sua sétima edição, o relatório, baseado nos dados da UBC, segue fomentando o urgente debate sobre a sub-representação feminina na indústria.

Sempre destacando a importância da atenção e investimentos em tecnologia, com foco em melhorias sistemáticas que resultem em uma remuneração mais justa e eficiente aos autores, Marcelo Castelo Branco aponta: “Outra demonstração de como tratamos a tecnologia e a integridade dos dados foi a distribuição recorde de direitos retidos. Uma tecnologia proprietária nos permite um nível de identificação cada vez mais assertivo. Nosso compromisso com quem representamos se evidenciou também na vitória legal de uma batalha de oito anos com a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), uma taxa supostamente destinada a contratos de transferência de tecnologia, inerentes à exploração de patentes ou uso de marcas, e aos de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica”.

Confira o relatório na íntegra no site da UBC

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