Vicka acaba de se mostrar uma artista incansável.
Pegou o vácuo da explosão que “Pausa” trouxe em sua carreira e engatou o lançamento de um EP com quatro músicas autorais e inéditas.
Intitulado de “Dilema”, o novo trabalho da paranaense conta com, além do hit que nomeia o extended play, as faixas “Tipo Novela”, “Muito Chão” e “Há Tanto Pra Viver”.
Ouça aqui!
Produzidas por Renato Patriarca e com direção artística do próprio Renato e Rick Bonadio, os sons captam a evolução na carreira da artista desde que desembarcou no Midas Music.
Seu híbrido de Pop e MPB segue leve e apaixonante a exemplo de seus trabalhos anteriores, mas podemos também sentir um amadurecimento nas letras. Vamos às músicas:
“Dilema” nos ensina que as vezes pequenos conflitos se transformam em grandes problemas.
A canção fala sobre acharmos que tudo na vida é muito complicado quando na verdade tudo é bem mais simples do que parece.
A excessiva preocupação acaba nos frustrando, então, paciência!
“Deixe que a vida siga seu movimento natural, releve e seja leve, porque a vida é breve”, brinca a cantora.
Já “Tipo Novela” levanta uma questão: Quem nunca quis viver um grande amor, uma paixão como nas novelas?
É uma viagem às histórias de “felizes para sempre”.
Quente como praia, sol e mar, intenso como ventania, um romance de cinema registrado nos versos de uma canção!
“Vai ser tipo novela, onde você for me leva”, diz o refrão embalado por backin’ vocal, baixo e bateria.
Ouvir “Muito Chão” nos é uma espécie de lembrete de que a vida é cheia de surpresas, boas e ruins.
Amores vem e que vão, outras pessoas passam pelas nossas vidas para deixar um pouco de si!
As idas e vindas da vida ensina que quando algo não lhe cabe mais, o melhor a fazer é seguir em frente.
Um baixo arranhado e uma levada de estalar de dedos marca o clima mais melancólico dessa letra um tanto reflexiva.
E para fechar, “Há Tanto Pra Viver” fala sobre liberdade, sobre se reencontrar depois de uma situação desgastante e começar a ver a beleza nas coisas simples.
É um despertar para o universo de possibilidades que é estar vivo e para a estima da própria companhia.
“Quero correr, desaparecer; Ser quem eu sou e sempre quis ser” grita o refrão embalado por piano, bateria e violão que dão vida sem se sobrepor à poesia da letra.
O sucesso de Vicka não veio de forma fácil.
Quem conhece a cantora sabe das dificuldades vividas, do início logo aos 12 anos e dos perrengues passados enquanto vivia em Dublin e cantava nas ruas e pubs para ganhar estrada e bagagem de vida.
Se hoje a vida sorri para ela, o que fazer senão retribuir tudo que conquistou (e ainda há de conquistar) com “amor em forma de canção”?