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Zé Pedro e Marcio Debellian criam projeto Joia ao Vivo

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Para comemorar quase 10 anos do selo Joia Moderna, Zé Pedro e o produtor e documentarista Marcio Debellian se uniram para criar o Joia Ao Vivo.

O projeto consiste em promover encontros dos artistas de diferentes regiões e gerações, em audições ao vivo dos álbuns lançados pelo selo.

“O Joia Moderna investe nos artistas e faz questão que os direitos das músicas sejam deles.

O retorno maior é ver o disco ganhar mundo, chegando nas pessoas. Esse espírito me fez propor ao Zé Pedro a realização desse projeto”, conta Debellian.

Zé Pedro

“Queremos transmitir a primeira apresentação dos discos, ao vivo, a partir do estúdio.

Trazer o público pra perto e tirar a música da solidão de um fone”, completa o produtor confirmando o apoio da Oi Futuro e LabSônica no projeto.

“Depois de tantos lançamentos pelo Joia Moderna, de artistas consagrados e novos, eu quis celebrar os 10 anos promovendo encontros inusitados, fazer acontecer discos que o grande mercado não pensaria e deles surgirem shows inéditos”, conta Zé Pedro.

Marcio é talentoso, sensível e gosta de arriscar rumo ao novo, ou seja, parceiro ideal”, completa.

Marcio Debellian

O primeiro encontro reúne Duda Brack, Júlia Vargas e Juliana Linhares que formam o projeto Iara Ira.

O álbum do trio, com 15 faixas, será lançado nas plataformas no dia 30 de agosto.

No dia 05 de setembro elas apresentam um show aberto ao público no LabSônica e transmitido ao vivo pelas redes do projeto.

Marina Iris, Zé Manoel e Letrux são alguns dos nomes já confirmados para os encontros, que acontecem ainda este ano e em 2020.

Joia ao Vivo tem patrocínio da Oi, através do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Zé Pedro | Joia Moderna
Em 2011 começava uma efervescência no pop brasileiro ao mesmo tempo que grandes artistas estavam desorientados com a novas regras do mercado.

Ser independente trazia segurança e alegria aos novos e insegurança e ostracismo aos veteranos.

Diante disso, tomei uma decisão: abrir uma gravadora.

Nascia assim, a Joia Moderna.

Compulsivo e apaixonado, no primeiro ano lancei mais de dez discos e até hoje já computamos mais de 50 álbuns que alternam-se entre jovens e consagrados sem nunca abrir mão do inédito.

Se uma Fafá de Belém ou Zezé Motta estavam há mais de dez anos sem gravar, voltariam com um trabalho inédito.

Se um novo talento como Letrux ou Alice Caymmi queriam lançar seus primeiros trabalhos comigo, tinham completa liberdade artística.

Junto a isso, foram imaginadas por mim projetos homenageando compositores importantes como Angela Ro Ro, Cazuza, Marina Lima e Pericles Cavalcanti nas vozes da nova geração cujo o briefing dado por mim era “destruir” as canções já eternizadas e refazer totalmente a seu modo.

Agora, perto da Joia Moderna completar dez anos, queria celebrar com coerência o que instituí desde o início: zero saudosismo e bola pra frente.

Marcio Debellian
Em 2017, fui convidado para fazer a direção artística do evento de lançamento do LabSônica, um novo estúdio lançado pelo Oi Futuro para impulsionar criação e experimentação musical.

Junto com a iniciativa, anunciaram um edital para ocupação do espaço por selos e gravadoras independentes.

De cara, pensei no Zé Pedro e na Joia Moderna.

A paixão pela música foi o motor da Joia e isso sempre me causou admiração.

O dizia, “não tenho filhos na escola, os discos são os meus filhos”.

O tempo passou, a paixão vingou e os “filhos” mais velhos já estão com quase 10 anos.

Começou investindo em discos de cantoras que estavam há tempos fora do mercado fonográfico, como Zezé Mota e Cida Moreira.

Reuniu intérpretes de diferentes vertentes da cena musical para reacender pérolas de compositores como Péricles Cavalcanti e Angela Ro ro.

Impulsionou lançamentos de artistas em início de carreira, como Alice Caymmi e Arthur Nogueira.

Colocou Fafá de Belém de volta à gravação de inéditas e compositores da nova geração.

Foi casa para o já antológico “Letrux em noite de climão”.

Tudo isso num esquema distante da lógica capitalista: a Joia investe e os direitos das músicas são dos artistas, que podem prensar quantas tiragens quiserem, negociar músicas para novelas, trilhas e filmes sem nada dever à gravadora.

O maior retorno da Joia é o disco ganhar mundo, chegando nas pessoas. Este espírito me fez propor ao Zé Pedro a realização do Joia ao Vivo.

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