Paulistanos usaram Catarse como plataforma de crownfunding para dar vida ao primeiro disco!
Gravado no Veredas Estúdio, o primeiro disco da trajetória da Zé Pereira é homônimo e independente.
Tal feito foi conquistado com a ajuda de amigos e fãs que financiaram o trabalho de Felipe de Paula (voz e guitarra), Lucas Pierri (baixo) e Felippe Rodrigues (bateria e percussão) através do Catarse, famosa plataforma online direcionada para crownfunding.
Ou seja, as pessoas que acreditam no projeto doam quantias de diferentes valores, recebem recompensas e ainda ajudam artistas da cena independente a realizarem seus sonhos.
Com produção de Zé Pereira, Rafael Posnik e Iran Ribas, que também assina a mix e a master, o álbum conta com participações especiais de Gustavo Borges, Maiana Monteiro, Luri Mantoani, Fernando Foca, Norma Odara e Marina Melo.
A estética é definida como Tropical Urbano e o som como Pop-Latino-Experimental que, basicamente, quer dizer a junção de nuances de ritmos quentes do norte e nordeste somado a temática árida da capital paulista.
“Esse é um álbum contemplativo e solar que retrata o cotidiano de personagens de uma grande cidade como São Paulo.
As canções falam de quereres, movimentos, das dificuldades de ser, de estar e de viver em uma metrópole.
E talvez a mensagem principal seja a de que questionar os problemas seja inevitável quando se mora em uma grande cidade”, explica o vocalista Felipe de Paula.
O disco composto por dez faixas é iniciado com “Belo Belo”, com uma melodia poética que percorre pelo campo da sensualidade e exalta os quereres, que no final criam um universo próprio, cheio de experimentações e texturas.
Outra que se destaca é “Pulso”, que inspirada em gírias rápidas do Baiana System destaca locais clássicos de São Paulo, como a Rua Augusta, Avenida Paulista e seus habitantes, apresentando um ska dançante e que define a cidade cinza.
Já “Voador” traz o swing do axé para contar a história de um catador de produtos recicláveis. É uma canção forte que sintetiza tudo o que a Zé Pereira é.
Não por menos, foi escolhida para encerrar o disco.
Para essa criação, os paulistanos juntaram suas principais referências que vão do tropicalismo à lira paulistana.
O atual momento da música brasileira também é um fator inspirador para o trio que bebe da fonte de artistas como Liniker, Metá Metá, Lucas Santtana, Dona Onete, Curumim e Siba, para citar alguns dos exemplos.
Inspirado pela estética da xilogravura, a ilustração da capa do trabalho, criada por Kiko Dinucci, emite exatamente a mensagem que os integrantes da Zé queriam passar desde o início: discurso do tropical concreto.
“As xilos falam dos personagens e da metrópole, enquanto a escolha das formas geométricas e as cores criam uma atmosfera mais atual e atenta ao som”, explica Felipe.
Nos próximos dias, os músicos se preparam para o show de lançamento que acontece em 04 de novembro (sábado), na Associação Cultural Cecília (SP), e já contam com outros compromissos na agenda, como apresentações no Teatro da Rotina e Breve.
Álbum Completo:
SOBRE ZÉ PEREIRA:
Com a intenção de explorar seus trabalhos autorais e trazer novas adaptações para músicas já conhecidas pelo público, Zé Pereira é um projeto idealizado por Felipe de Paula e Felippe Rodrigues, ambos acompanhados pelo instrumentista Lucas Pierri.
O repertório é formado por canções que mesclam ritmos bem brasileiros como samba, brega, axé e bossa.
As letras revelam o potencial de criação do trio, onde o social, o sentimental e o conceitual ganham espaço.
É a musica popular na sua essência mais pura.
É o pulsar do coração na lotação, no tambor, nas manifestações e na rede.